Como todos sabemos, as pessoas não existem na realidade. São uma mera invenção social criada para justificar a necessidade individual de agir socialmente. Tal como não existem mulheres. Só Homens. Ou Humanos. Machos e Fêmeas. Não são diferentes (para lá do óbvio) na essência, mas sim no formato social. Ora a pessoa pode ser homem ou mulher. Criando diferenças (sociais e emocionais) novas e exponenciando o significado das diferenças biológicas, conferindo-lhes identidade emocional e social, para lá do natural significado da reprodução e propagação da espécie. O que permitiu a contrução de sociedades, mais ou menos civilizadas, ao longo dos tempos. Ora tais diferenças evoluiram. Esbateram-se umas, outras vincaram-se mais. Os homens já podem chorar e depilar os colhões, as mulheres usam calças e fazem lá as cenas delas. Ou seja, parece que a evolução social, (esta e toda a evolução social que aparece aqui refere-se especialmente à chamada cultura ocidental, a que aparece nos filmes) tende a igualar os homens e as mulheres, devolvendo-lhes a igualdade original de Humanos macho e Humanos Fêmea. Mas não. A identidade social tem efeitos nas pessoas, criando identidade emocional ou emoções de género. Os filmes da gaja, os livros escritos por gajas, os carros dos gajos e cenas. Que são mais perigosos do que parecem, por na realidade impedirem a evolução emocional tendente à igualdade. É o que provoca fenómenos como o Feminismo, as quotas para mulheres ou, pior, as séries de televisão sobre mulheres bem sucedidas profissionalmente. Não sobre mulheres polícia, médicas, uma cena interessante, mas sobre a vida de mulheres bem sucedidas profissionalmente (vide
Lipstick Jungle). Mas, luz ao fundo do túnel, verificamos que existe uma percentagem de mulheres que desbloqueiam tal identidade emocional e permitem-se a compreender mais do que era esperado. (ex.: Family Guy, Little Britain) Evoluiram com o conjunto, não com o género. Descrições análogas serviriam para os homens, mas falar de homens é gay. Além de que as tais barreiras emocionais para os homens eram, só, chorar e depilar. O resto é igual. Esperança existe, mas com cautela. Porque pode surgir aqui o grande perigo. A mulher/Humano fêmea. O bicho em tranformação, tal como a borboleta e o Sá Pinto. É quem demonstra a percepção social e emocional de um Humano, mas sente como uma mulher. E que, quando a merda fica preta, reage, emocional e socialmente, como uma mulher. É aí que a merda bate na ventoinha ligada no máximo.