Não é só a idiotice. A jornalista Lara Logan, correspondente da CBS e repórter do programa "60 Minutos”, foi sexualmente agredida no Cairo, no dia em que se soube que o Presidente egípcio, Hosni Mubarak, tinha renunciado ao poder. É eu continuar sem perceber porque raio é que queremos notícias dali. É o Mubarak, é o outro e o da Argélia. Os Simpsons, quando visitaram Israel, foram recebidos por um cartaz: "Welcome to Israel, your american tax dollars at work". A questão não é cultural nem religiosa. É gente de merda. É interessante e a cobertura jornalística faz parte do mundo. Mas é gente de merda. Não é a mentalidade da "angry mob", porque isso é matar, pilhar e incendiar. É a mentalidade dos violadores. Nas partes do mundo onde há lei os violadores ainda se arriscam a alguma pena de prisão efectiva (embora curta) e ao desprezo da sociedade. Porque os violadores não são passíveis de reabilitação. Até prova em contrário.
Mas não é essa a questão até porque a questão não existe. Secalhar as mulheres jornalistas não deviam ir trabalhar para zonas onde o muçulmanismo (o muçulmanismo que entende que as mulheres são menos valiosas do que camelos, pelo menos) é dominante ou influente. Ou podíamos fazer a cena idealizada pelo gajo de Alfama, que era bombardear, até ficar nivelado todo o terreno, tudo o que é país muçulmano, a começar em Marrocos e a terminar, vamos lá ver, no Chile. Não sei. Parece-me é que não há solução intermédia. Ou cortamos relações com pessoal que não se sabe comportar ou porrada.
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