terça-feira, 21 de agosto de 2012

Faz alguma confusão ao princípio, mas..

também faz muito sentido.

É o Ola John por milhões, é o Kardec e é este na Corunha



Internacionais portugueses de 20 anos emprestados para Espanha, e milhões gastos em promessas holandesas. Se fossem para a puta que os pariu a todos é que era.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Os olímpicos

Este post é relativo aos resultados portugueses no JO2012 - Primeiro aqui

Os portugueses não têm o direito de sentir vergonha dos resultados nos Jogos Olímpicos. Desde 2008 que ninguém quer saber destes atletas para nada. Merecem menos páginas na imprensa desportiva do que a IIB do futebol. Os portugueses nem se lembram que existem mais desportos além do futebol. Lembram-se às vezes de outras modalidades, por norma nos jogos entre os grandes. E além disso o Estado nos seus sucessivos governos PS/PSD nunca se preocuparam com a prática desportiva que não fosse a bola. A Disciplina de educação física é uma anedota, parece que a partir do 10.º anos só conta para nota para os alunos de Desporto. Antes disso são 2 ou 3 aulas de 50 minutos, ou 45, semanais. O Desporto Escolar é uma anedota pegada. Meia dúzia de jogos/dias de competição durante a época e uma fase final que dura um fim de semana. O trabalho de base é feito pelos clubes, das mais diversas modalidades. Mas não é pelos grandes que já não têm camadas jovens. Têm "escolas de futebol" pagas. É pelos clubes de bairro e das vilas e assim. Quanto ao apoio do Estado aos atletas de alta competição é esquisito, porque funciona tudo, parece-me, com bolsas. Parece melhor apostar em infraestruturas de treino e a possibilidade de muitos putos experimentarem várias modalidades. Ninguém discute isso, ninguém quer saber se os atletas pagam para treinar. E não me venham com histórias de os apoios não contarem. Isto não é a cultura em que se pode discutir a legitimidade do apoio estatal. Aqui não. Aqui é a questão de ser o melhor no desporto. Para ser o melhor é preciso treinar em condições. E é ao clube Portugal que cabe garantir tais condições aos atletas de quem pretende medalhas. Eu dos olímpicos só tenho orgulho.

domingo, 12 de agosto de 2012

Fui ao cinema

Esta posta é sobre o Batman, que fui ver ontem (postei primeiro no g+), mas também sobre toda a experiência que é ir ao cinema. Nas partes sobre o Batman aviso por causa dos Spoilers.

O Cinema
No dia nove de Agosto fui ao cinema ver o Batman. Fui mais duas pessoas às Amoreiras para jantar rápido no Pato Donald e ir ver o filme. A comida estava fixe, para Pato Donald, eu comi tudo. A nível de experiência de vida é muito melhor ir a um cento comercial jantar ao Pato Donald do que ir "ver um filme". Primeiro, a secção cinema das Amoreiras, aquela parte onde estão as salas e tal, não tem casa de banho para clientes, o que é chato para quem gosta de urinar e lavar as mãos antes de ver o Batman (mais vale urinar antes do que durante e o Batman às vezes mete medo). Vamos para a sala de cinema sentamo-nos, e à parte dos roedores (pipoqueiros) e do ar condicionado em -25.º não se estava desconfortável. Baixam as luzes, estilo 5 minutos após a hora marcada, e espetam 15 minutos de anúncios, e atenção a esta parte, com o volume de som sempre a fazer estremecer a sala. Anúncios ao Continente (mais uma puta campanha de vender livros para "ajudar crianças", ou seja, mais benefícios fiscais para a SONAE apesar de não fazer nada para os merecer), ao Sumol, ao Pato Donald, e a mais várias outras coisas. E se tivesse ido sozinho tinha-me levantado e pedido o dinheiro do bilhete de volta. Porque é indecente. Eu já paguei para ver o filme. Não me posso queixar do "recomendamos" porque estão a mostrar-me mais filmes. Agora anúncios puta que os pariu. Paguei quase 1 conto e quatrocentos para ver um filme e tenho de gramar publicidade? Eu já paguei, porque é que tenho de estar a ver aquilo? Eu dei o meu dinheiro para ver um filme e mostram publicidade. Puta que os pariu.
Baixam mais o ar condicionado, e começa o recomendamos. Normal.  Acaba o recomendamos, metem o som em nível super ultra maxi mega super (morphine), e inicia o Batman. antes de falar do filme quero realçar o seguinte: sem qualquer tipo de conotação sexual a minha namorada passou boa parte do filme com os braços dentro da minha t-shirt por causa do frio. As pessoas falam e fazem barulho e levantam-se e trocam de lugar e existem. Fizeram um intervalo, sem avisar, no meio de uma frase de um personagem. O Intervalo de 7 minutos (cfr. apareceu na tela) durou menos de 6. Vá lá que desligaram o ar condicionado na "2.ª parte". Toda a experiência de ir ao cinema foi má, e senti que enquanto espectador/cliente não significo nada para quem mostra o filme. O filme serve apenas para levar o rebanho a ir ver mais anúncios e a sacar o que der. E fez-me lembrar com saudade a sessão da meia noite no Avenida, (era no estúdio 0 certo? estilo no piso 7 ou assim) ou mesmo no Dolce Vita, em que apesar do intervalo, respeitam quem paga bilhete. 
-----------------------------------Spoiler Alert ------------------------------

O Batman. A crítica tinha razão, e nem sequer é a cena do anterior ter sido muito bom. neste correu muita coisa mal. Primeiro aquilo nem corre nem anda, soluça. Não há um ritmo, há cenas coladas com cuspo. Depois está mal escrito. Parece ter sido feito à pressa, e com a vontade de surpreender não definem quem é vilão. Sai-se de lá sem saber quem era o mau. O que é chato porque o Bane tem tudo para ser um vilão porreiro por si só. Não vou entrar em coisas pormenorizadas sobre cenas propriamente ditas porque demora muito. Faço apenas uma excepção, a cena do início da "guerra" quando 3 mil polícias alinhados como guerreiros medievais, que estão apinhados numa rua, correm desenfreadamente na direcção do inimigo que está armado com metralhadoras. CORREM CONTRA PESSOAS QUE DISPARAM. Só caem 3. Esta cena, em BD, pode resultar muito bem. Parece que estou a ver os quadros, a massa em progressão a chegar e a iniciar lutas corpo a corpo. Num filme, em que não há espaços entre quadros, não funciona, é ridículo.
Basicamente, mesmo descontando o facto de se seguir ao melhor Batman que já vi, o de ontem é muito fraquinho.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Prorroga

Se for para fazer 2 fazê-las agora. Eles estão a apertar. Patrício a contar quando é preciso.

Fim dos 90'

O Pereira parece perto do segundo amarelo. Mantê-lo é perigoso. De resto o CRonaldo podia ter resolvido o jogo, não calhou. Agora é prolongamento. É ver quem a tem mais longa. A resistência.

Varela, Quaresma, Viana, Oliveira

Alguém tem de entrar.

Espanha volta ao costume

O Almeida já sacou 3 bolas na defesa hoje.

Intervalou

Durante a primeira meia hora o jogo esteve dividido. Estamos, especialmente o Pepe com muita calma a perceber o espaço, a conseguir defender bem na entrada da área. A equipa está bem. A partir da meia hora mais ou menos a Espanha volta ao estilo de jogo costumeiro mas com a última linha mais avançada. Parece-me que o Bosque quis dar a referência ao meio. Depois ficou desconvencido. Reparem numa coisa. Nas jogadas 1-2 espanhola, o 1 raramente progride depois de passar. Para abrir outro espaço.
 O CRonaldo está a jogar pouco, por estar muito marcado e a levar pau. O Nani está a jogar à bola contra o futebol dos outros. A equipa controlou-se bem durante todo o jogo, sem perder noção do espaço de recuperação. Lembro-me de 4 situações de progressão controlada de bola espanhola. De resto o espaço foi bem coberto. Com o estilo de jogo português: contra ataques rápidos e bolas altas, o Almeida vê as suas fragilidades ainda mais expostas.
Infelizmente tenho de falar do árbitro. É inacreditável o Arbeloa não ter pelo menos um amarelo. O lance do Nani (o da lei da vantagem, 28m mais ou menos) é roubo puro e determinado.

Já ninguém suporta o caca caca

5 faltas do arbeloa aos 20. Jogo equilibrado. O Negredo está a ponta de lança, a procurar espaços entre laterais e central. Onde costuma haver só espaço para entradas, hoje há um jogador que não é o Torres. Só cruzamentos ao segundo poste. Menos o do Pereira para o CRonaldo. Pressão alta boa mas inconsequente, sem conclusão.
Metem um bola longa para o Negredo e quase dá golo do Iniesta. Anda CRonaldo. Este Turco passou-se da cabeça. Isto é roubar, sem mais. Estava tudo a jogar aos 28, o Nani partiu tudo. Ele apitou mas só depois do Nani sair, não quando parou, mas depois da eventual falta. Se o Pereira acerta no último terço é um perigo.O Nani está a jogar à bola. É bem.

Arbeloa 3 faltas 3

E um fora marcado à revelia. E o amarelo? Falta para o Ronaldo. Até aqui:
5 minutos- comentadores metem nojo. ganhar um canto. estamos bem. Pepe bem. Esquerda Negredo, direita alba-iniesta.
8:40 - Alba iniesta silva merda.
A ideia do passe longo para passar zona de construção em teoria é boa. Porque distrai e, de repente, progressão com bola e passes rasteiros rápidos A ver se funciona. Boa pressão à frente.

Negredo a titular

Continuo a apostar que vai "varrer" a área ao contrário, e não ficar ao meio. Posso perder.

Alicante e seus torrões

O Casillas é o melhor jogador da Espanha. O Messi não é espanhol.
A Espanha não tem propriamente uma táctica, e a ter é demasiado esquisita para descrever. É estilo 4-1-2-4. A cena é esta. Eles não têm uma referência atacante. Mesmo que jogue o Torres continuam sem ter porque a referência espanhola é sempre a relação bola/espaço. E vamos ser claros, é preciso jogar muito para que resulte, mas em resultando é diabólico para o adversário. Tendo como ponto assente a certeza e a velocidade do passe, quer curto quer longo, sobram jogadores fortes na aceleração e na técnica, com permanentes movimentações no espaço enquanto a bola é trocada mais atrás de um lado para o outro. A referência não é uma posição ou um jogador, é o espaço onde vai aparecer o jogador - diagonais das alas, entradas pelo meio entre defesas (lateral centra/central trinco)-.
A confusão observada nas defesas que enfrentam a Espanha deriva desses factores: Falta de um ponta de lança que sirva de referência no posicionamento defensivo, e os (potenciais) passes a rasgar, às vezes rasgam em 3 metros e chega. A opção seguinte seria tentar comer o portador. A questão é que a Espanha não tem um portador de bola. Do meio campo para a frente leva a bola quem a tiver. E por norma não a tem muito tempo porque a ideia é a bola estar sempre a rodar de flanco para flanco, passando por vários jogadores, à procura de criar o tal espaço de ruptura. E depois há as trocas posicionais. A partir do meio campo, e à excepção do Busquets e do Xavi, todos trocam de posição. É o Alonso a aparecer liberto para cabecear ao segundo poste, é o Iniesta de fora para dentro com o Fabregas e o Silva a ir para o espaço na linha para vir para o bico da área. É muita coisa a acontecer ao mesmo tempo, numa selecção que ganhou tudo e tem a estrutura mais que feita. Em suma, não como a Alemanha, mas com resultados semelhantes - em Espanha, apesar das academias da Federação, são os clubes que apostam mais na formação, com forte incentivo federativo, na Alemanha é a Federação que há nos últimos 15 anos criou dezenas de academias, com os resultados conhecidos - A Espanha conseguiu criar uma base consolidada e um estilo de jogo próprio (Barcelona ajuda como Bayern também ajuda) que tem resultados. E depois?

A questão é a de sempre. O meio campo, ganhar a bola e o que fazer com ela. Os laterais espanhóis, especialmente o Alba, sobem que é uma coisa estúpida. Primeiro passo, não deixar o Pereira encostar muito aos centrais nem recuar muito na marcação à zona. Depois, os centrais têm de jogar aos "saltinhos". Não convém assentar os pés no chão que demora mais tempo a reagir. O Coentrão tem de subir com bola. Ponto final. Primeiro porque tem sido isso a permitir bastas vezes que a equipa respire e que suba, às vezes cria perigo e tudo. Depois porque o Arbeloa vai jogar a defesa direito, não há cá lateral para ninguém.
Agora os três do meio campo. É difícil dizer quem cubram os espaços. Vai haver sempre criação de espaços. Não sendo pelo espaço há de ser pelo jogador ou pela bola. Pelo jogador é complicado, porque eles trocam muito. Pela bola é andarmos sempre a correr à doida. Portanto vamos fazer aquilo que fazemos melhor. Deixar o Nani fazer a linha, Meireles a cobrir espaço Alonso Xavi Silva (só o espaço, para se mexer com a bola, não estou a dizer para o Meireles marcar 3 jogadores), com o Veloso e o Moutinho a cobrirem tanto quanto puderem a zona central. A tentar impedir progressão, com ou sem bola, controlada. Passes a rasgar só os defesas podem safar. Com a bola recuperada fazer o de sempre, passar ao jogador na frente com mais espaço, não podendo progredir para combinar ou abri para a ala. É uma meia final. Portanto é possível que aos 10 minutos de jogo já nada disto se aplique. Vai Almeida.  

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Almeida

Nada de pessoal me move contra o Hugo Almeida. tal como nada de pessoal me moveu contra Queirós, ou contra o César Peixoto, entre outros vários. Não é como com o Scolari, que é uma coisa pessoal.
O que é o Hugo Almeida? O Hugo Almeida é um ponta de lança alto e possante, com um raio de passada/remate aí de 3 ou 4 metros, com um remate de pé esquerdo muito forte e com pouca velocidade de ponta. Não se posiciona bem para rematar, tem grandes dificuldades em passar a bola de primeira, tem dificuldades na recepção em progressão e pressionado, e, curiosamente, não é grande coisa a jogar de cabeça. Não cabeceia com muita direcção, e salta mal, não é pouco, é descoordenado em relação à bola. Não é que seja mau jogador, não é é aquilo que podia ser. Tudo isto é pouco importante se jogamos com 2 avançados. Aí o Almeida já anda a cansar corpos aos centrais e à procura de bolas perdidas, enquanto o outro joga. Só com um é muito complicado, e, para provar que não é má vontade minha, justifico o que escrevi agora, e o já escrito antes sobre o tema, usando apenas apontamentos do jogo de ontem.

O Almeida entrou aos 40m. A primeira parte estava esquisita e pouco havia a fazer. Ainda assim, aos 44/45m conseguiu estar durante uns 10 segundos a pedir a bola, enquanto o mundo via que ele estava fora de jogo. Na sequência da mesma jogada, sem o Almeida estar a chatear defesas nem em jogo, o CRonaldo inventa o remate (passe de Meireles) que vai ao poste. CRonaldo mete mãos à cabeça, vê que a bola não está perdida e tenta ganhar posição para cabecear. Durante todo este tempo o Almeida esteve fora de jogo e/ou marcado por defesas. Mas sempre a pedir a bola.
 Na segunda parte, logo no início (tenho aqui - 46m), desmarcado ao primeiro poste "cabeceia com o ombro" uma bola que vem da esquerda (Meireles). O ombreamento foi por cima. (apontamento - Abdicámos de Ponta de Lança para jogar o Almeida). Aos 58m o Almeida, em fora de jogo claríssimo, mete a bola na baliza impedindo que CRonaldo, em jogo e pronto a rematar, chegasse à bola. Um central checo não faria melhor do que fez o Almeida aos 64m. Com espaço para cabecear, mete a bola para canto. Não, para pontapé de baliza. Continuo a ver um central. Pouco depois disto o Almeida, de costas para a baliza e de primeira, consegue devolver uma bola. Na jogada do golo, e este exemplo é maravilhoso, o Almeida não chega à bola, felizmente, e o CRonaldo marca. Sabem porque é que o Almeida não chegou à bola? Porque estava em jogo. E o pior de tudo. Naquele último livre que deu canto dos checos, que até o Cech subiu, o Almeida ficou no meio campo. Desceu o CRonaldo, mas o Almeida ficou a cagar no meio campo. Um dos jogadores mais altos, que andou a fazer de central checo, não recua aos 93 minutos para defender uma bola parada. Epá, o Cech passou por ele a correr e ele ficou parado no meio campo.  

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Meias da Copa

Desta vez, bloco de apontamentos:
primeiros 5 minutos - 6 passes longos falhados em 6 tentativas.
6 minutos - Canto para Portugal, primeiro passe longo concluído.
10m - Porrada com Nani. Troca de Alas?
12m- Pressão alta ganha 2 cantos seguidos. Os 3 da frente + Moutinho
14m - Desconcentração defensiva cria perigo.
Árbitro inglês apita à J. Pratas. Nani não faz falta para amarelo, CRonaldo não faz falta. Amarelo bem dado a Veloso. (Posta aos 15m mais ou menos) Epá vou parar com apontamentos aqui são demasiados para transcrever.

Até aqui o jogo foi esquisito. Os Checos conseguiram dominar o meio campo e aparecer em velocidade e superioridade. Raramente concluíram jogadas ou remataram com perigo. Só aos 27m fizeram um cruzamento rasteiro perigos que o Pepe safou. O jogo nunca partiu e falhámos muito na construção, especialmente porque os 3 do meio não se conseguiam "encaixar" nos médios defensivos checos.
A partir dos 20 minutos equilibrámos e o CRonaldo começou a aparecer. E a posta do intervalo é o que tenho a dizer. Quero só destacar a bicicleta do CRonaldo (única opção), o remate ao poste e a "agressão ao Nani, que não deu amarelo. Quanto à lesão do Postiga tenho um espacinho especial no fim da posta para o Almeida.
Na segunda parte entrámos para ganhar. O Meireles foi jogar declaradamente a interior esquerdo e o Jiraseck deixou de chatear. O Coentrão comeu metros com bola e fez o + 1 na ala para depois entrar na área ou cruzar. Os centrais fizeram o costume, o Patrício via o jogo, e o Pereira apoiou sempre a linha. O Moutinho e o Veloso dividiram a recuperação deixando, na construção, o Veloso no passe e o Moutinho na progressão. O Cronaldo começa a fazer diagonais, a rematar de todo o lado, a trocar de ala só para chatear, a recuar para construir, e a evitar perder a bola. O Nani fazia a linha sem bola, com bola procurava combinações, um para um, segurar a bola para inventar, e cruzamentos tensos. E foi isso. Dominámos o jogo em todo o campo e, à excepção de um cruzamento aos 59, jogada pelo lado esquerdo do ataque checo (canto do cisne para a República Checa), em que o Pereira (2x) e o Moutinho são papados, os Checos tinham medo de atacar. Podíamos ter marcado mais e mais cedo, mas desta vez a sorte não contou tanto quanto como contra a Dinamarca. O Moutinho rompe em progressão com bola, combina, e cruza tenso da direita para o segundo poste. Muito bem. Quanto ao treinador, eu gostava de ter visto mexidas mais cedo. Mas às tantas o Paulo Bento pensou, e secalhar bem, que mexer naquela altura estragava. Porque dominámos a segunda parte e a equipa não desequilibrou na transição defensiva mesmo quando o jogo, mas não a equipa, partiu aí aos 60m.
Portantos, prontos e consequentementes, dominámos e merecemos ganhar. A segunda parte é de equipa, mais o CRonaldo, e o CRonaldo é o CRonaldo.

R. Patrício - Sem trabalho. Alguma dificuldade com o pé direito. A culpa é dos colegas que sabem que o homem é canhoto.
J. Pereira - Tirando o já referido lance aos 59, esteve bem. Subiu a apoiar e cobriu bem a linha. Devia ter tentado o golo olímpico, não percebo porque não o fez. 
Pepe - O do costume, com pouco trabalho. Em sendo preciso esteve lá.
B. Alves - Na linha do Pepe.
F. Coentrão - Primeiros 15m demonstrou algumas dificuldades, a partir daí cobriu sempre bem a linha e subiu muito e bem.
Veloso - Perdido com a equipa nos primeiros 20m. Depois engatou entre as linhas do meio campo checo e manteve sempre o equilíbrio da equipa no meio.
Meireles - Curiosamente muito melhor na esquerda, e a meio da segunda parte vem para o meio com o Jiraseck, do qe a 8 na primeira parte, mas de novo, a equipa estava perdida.
Moutinho - O melhor Moutinho que vi neste Europeu. Bem no jogo todo, a atacar e a defender. Cruzamento para o golo e dezenas de progressões com boal, diagonais e combinações. Muito bem.
Nani - Na primeira parte andou em discussões e assim. Na segunda parte foi o Nani do Europeu. Linha toda dele, cruzamentos, combinações, remates e fintas.
CRonaldo - Melhor em campo. Grande jogo, na primeira parte foi ele o ataque e resolveu.
Postiga - Só lá andou 35 minutos ou assim, queando o ataque era o CRonaldo. Esteve bem quando se fez pressão alta.
Custódio - Segurou meio campo e subiu na direita.
Rolando - Andou lá a defender.

Falo amanhã do Almeida quando tiver tempo.

Custódio

Escusa de subir. Entra o Rolando. Sai Meireles. Encurtar linhas e isto é nosso.

ARRAFODA-SE

CRonaldo. É injusto. Eles jogam com 12, aquele central deles, o Almeida, entrou bem no jogo.

Paulo Bento

Está à espera que o jogo influencie uma substituição, quando devia ser o contrário a acontecer. Guardarei para o fim o resto.

Isto não está a correr bem

e podia estar pior. Várias coisas. Tenho um apontamento a dizer: "Nani está bêbado". O jogo está durinho.
O problema é todo no meio campo. Os Checos jogam como esperado Nós temos o meio campo ao contrário e não conseguimos progredir. Quando eles aparecem em velocidade treme tudo. O Almeida tem o descaramento de pedir a bola em fora de jogo e de reclamar com o Ronaldo por não lhe passar a bola no remate ao poste. Precisamos que alguém assente no meio campo sem subir, a garantir +1 nas transições defensivas. Eles defendem com 2 ou 3 para o CRonaldo e o Nani, e sempre em "cortina" na ala. Passe para trás, remate de fora ou passe para a área. Não tenho tempo para mais. Estive a fazer agora o jantar. Vou comer.

15m

1 passe longo em 9 tentativas. 6 nos primeiros 5 minutos. Meio campo ao contrário do que foi com a Holanda. Veloso sem espaço para ver zona de passe. Boa pressão alta dos 3 da frente mais o Moutinho dos 11m aos 14m. A partir dai as mudanças de velocidade dos checos na frente está a dominar o jogo e a criar oportunidades. O Meireles não pode estar a fazer jogo e a defender ao mesmo tempo. Agora só ao intervalo.

Até agora

Tenho evitado falar dos jogos após terem acontecido, pelo menos na parte relativa ao treinador. É fácil ser o Captain Hindsight. Por isso tenho-o feito durante os jogos. Em tempo útil digo o que me parece. Segue breve resumo do que foi Portugal até agora.
O que tivemos foi uma equipa mais ou menos em crescendo. Contra a Alemanha, independentemente das oportunidades só assumimos a posse e o jogo quando nos deixaram. Não merecíamos ganhar.
Contra a Dinamarca a equipa andou aos repelões e, podendo, não matou o jogo. Há culpas individuais e do treinador por não ter tomado medidas atempadas.
Contra a Holanda os primeiros 12 minutos foram deles. Depois, e parece-me que por ordem do treinador, passámos a ocupar bem os espaços na transição defensiva, e equilibrámos ao meio com a solução D'Agostino da Udinese, com o Veloso a ocupar o espaço do portador adversário e a levar o jogo para a frente. A defesa já era consistente, os nossos alas são muito fortes, faltava aquilo, o meio campo a conseguir ocupar toda a zona de transição. Assim o Veloso pode ser 6. Uma solução diferente da que eu originalmente preferi, mas, a bem de Paulo Bento diga-se que o Pepe tem sido fundamental a defender e a "varer" a área, e, a manter-se o modelo da maior parte do jogo com a Holanda, o Veloso pode ter espaço para ser determinante no início da construção. Os jogadores: Está tudo dito nas postas dos jogos.
 Contra a República Checa. Manter o que de bom se fez com a Holanda. A República Checa é uma equipa experiente, com muita ratice.  Joga o Darida em vez do Rosicky. É uma equipa experiente que vai tentar fazer o 2-1 em cima do Nani e do CRonaldo, e os dois médios defensivos vão tentar comer toda a zona de construção portuguesa. Depois no ataque meter velocidade nas imediações da área com passes curtos na progressão. Como contrariar isto? Subidas rápidas com bola pelo meio, combinações a segurar a bola no meio campo, quando não der para subir, e esperar que o Meireles ou o Moutinho possam apoiar na ala para progredir na linha. Cá atrás fazer o que tem sido feito, na frente a história é sempre a mesma, diagonais com e sem bola e combinações com 2, 3 toques.
Se conseguirmos arranjar um bocadinho de espaço na nossa zona de construção podemos controlar e ganhar isto. Depois temos o CRonaldo.

domingo, 17 de junho de 2012

Ganhemos

Logo se fala disto mais a sério, mas foram bons 65/70 minutos. Gostei de ver a equipa depois das alterações no meio campo.

Golo

Bem Pepe. Bem Moutinho. Bem Nani. Bem Oliveira a subir. CRonaldo playstation.

Sai Meireles entra Custódio

Dois trincos ou Custódio + 2. Falhámos. O Nani. Grande transição. Moutinho Ronaldo, falhanço. Foda-se.

Parece que vem aí o Oliveira

Hasta Postiga. Há espaço para jogar na frente e bolas a recuperar. Coisas que o Oliveira gosta de fazer.
Filmaram o Almeida no banco a esfregar os olhos com a expressão: "Da-se, nunca mais jogo". 

Postiga

Está alheado do jogo. A equipa parece ter-se esquecido que tem de ganhar. O Pereira tem de ter cuidado, está aqui está com amarelo. Estamos mal nas bolas paradas defensivas, é preciso melhorar. Muitas bolas ao segundo poste. O árbitro poupou vermelho ao Willens quando ceifou o Moutinho. 

Intervalo

Começámos mal, mas depois de sofrermos o golo melhorámos. Mas de qualquer maneira deixámos o jogo partir e corremos muitos riscos. Até que, parece-me com o dedo do treinador (pelo menos é o que espero), a compensação no meio fez-se ao contrário. E a partir dos 25m, mais ou menos, conseguiu criar oportunidades a sério, e continuámos a criar quase até ao fim da primeira parte. O CRonaldo agora, conforme, não onde está a bola, onde estão os adversários vem para o meio ou cai na esquerda. O Meireles agora é interior esquerdo. Dificuldades na progressão pela linha mas bem na recuperação, o que permite ao CRonaldo defender menos para descansar das sucessivas diagonais e piscinas. O Moutinho pega no jogo, e mais importante, o Veloso em vez de andar a cair nas alas (estão lá o Meireles e o Nani no apoio) fica no meio a subir com bola após as recuperações, e a segurá-la até a equipa subir. Ganha bolas no espaço nos 30 metros à volta do meio campo. O Postiga anda a acompanhar a equipa, é até surgir oportunidade.
  Agora o B. Alves já meteu uns bons 3 passes de 40 ou 50 metros, e falhou um passe lateral praí a 20. Tem estado bem, ele e o Pepe. O Coentrão foi subindo com a equipa, e a equipa com ele, o Pereira tem estado muito bem, até nas faltas. O Nani joga a todo o comprimento da linha lateral, e sempre bem. O CRonaldo quer ser o melhor. Tem de largar mais a bola. Muito cuidado na segunda parte. Quando demos a bola à Holanda sofremos. Eles tentam atacar muito e com muitos. Portanto, antes de mais, tentar sermos nós a condicioná-los, em vez de entrarmos a reagir ao jogo deles. Easier said than done.

E o Pereira a justificar elogios

Bom golo do CRonaldo, grande assistência. Olhem o que aconteceu quando o Veloso é o primeiro a subir na zona.

Estamos melhor

Vai Postiga. De qualquer modo todas as bolas da Holanda criam demasiado perigo para ser verdade. Chateia. Estamos a deixar o jogo partir. O Nani e o CRonaldo estão bem.

Tanto pediu para jogar

Que marcou aos 11 minutos. É um grande golo. Nada a fazer. Quer dizer, nada a fazer pelo Patrício, já que de resto metem nojo. O Coentrão ainda não se esqueceu do Robben em Munique, tem mais medo que vontade. O Nani vem para o meio tentar fechar. O Postiga que deixe os centrais e venha defender a 10. Nem falo do que o Veloso não está a fazer.

A Holanda

Reparem na progressão da velocidade de jogo à medida que se adiantam no campo. Não é marcar mais à frente, é cortar linhas mais à frente. Impedir o passe à saída do meio campo, ainda do lado holandês. O CRonaldo fica a ralhar com o árbitro enquanto o jogo decorre nas suas costas. O árbitro erra mas o jogo continua.

Eia, tantos holandeses

O Van de Vaart à frente do Sneidjer? Ou o contrário?

A Holanda mais logo

A Holanda joga igual desde 2010. O que é normal já que foram até ao finzinho. Neste Europeu perdeu os dois jogos. Contra a Dinamarca criou muitas oportunidades, mas mamou no contra ataque. Contra a Alemanha perdeu por um e podia ter perdido por mais. É um sistema parecido com o da Alemanha, mas com menos força. Um daqueles 4-2-3-1 que se transforma em 4-3-3 a atacar. Portanto, sendo a equipa de 2010 e a que já jogou 2 jogos neste Europeu há pouco a dizer quanto ao modelo de jogo e assim. Parece-me mais importante o facto de a Holanda estar num "limbo" psicológico e de espírito de grupo que pode ser mais perigoso que o resto. Dizem os jogadores e a imprensa que no balneário há o grupo dos que jogam, o grupo dos que entendem que devem jogar e o grupo dos que pensam: "foda-se, calem-se e joguem caralho". Ou seja, apesar de irmos jogar com a toda poderosa(?) Holanda só pode haver um plano de acção que não passa propriamente, como disse Paulo Bento, por controlar o jogo. Porque a Holanda controlou o jogo com a Dinamarca e perdeu e a Holanda tem Robben e Van Persie, entre outros, que em contra ataque resolvem. Este é daqueles em que não os podemos deixar acreditar. É um jogo da Taça entre um grande e o Arrentela, matar-lhes as esperanças ao princípio, sendo que as esperanças deles passam por nos ganhar por 4. Mais do que controlar é ir para cima deles. Como? Para mim, sem mexer no modelo de jogo, o que sabendo das preferências de Bento, é assim:
O Veloso vai jogar. Para ganharmos o meio campo precisamos essencialmente de não deixar o Sneidjer pensar, nem o Afellay subir com bola. Ora tendo o Veloso muitas dificuldades na cobertura eu sugiro a solução D'Agostino da Udinese e Fiorentina. Se temos um jogador forte no passe e relativamente criativo, cuja posição é a 6 temos de arranjar maneira de ele poder ter bola a iniciar o ataque. Sem mexer na táctica proponho que seja o Meireles a cair no Sneijder quando este progride com bola e o Moutinho a cobrir linha de passe e deixar o Veloso na zona. Na recuperação procurar o o médio com mais espaço, e, nas subidas para ataque continuado, deixar que seja o Veloso a levar a bola, com Moutinho no apoio ao meio. Cabe ao Meireles cobrir as costas. Ou seja, dois "8" a recuperar bolas e a garantir equilíbrio e um organizador de jogo a 6. Com isto quer-se evitar que Veloso tenha de fazer mais vezes aquilo que faz pior. Nas transições rápidas, algo para fazer repetidamente, passa a bola quem a tiver para quem tiver mais espaço na frente.
Quanto à defesa e ao ataque deixo tudo igual. CRonaldo e Nani são incontestáveis, o Postiga marcou 1 em 3 no último jogo, mais uma boa assistência. É injusto tirá-lo da equipa.  Ou seja, a defesa a fazer o mesmo, especialmente o Pepe a "varrer" a entrada da área e o B. Alves a cobrir quem entra. Os laterais a subir à vez, sendo que não é um de cada vez, é, por norma, o Pereira cá atrás e o Coentrão a levar a bola. Na frente, digo o que digo sempre. Diagonais com e sem bola dos extremos, bolas rápidas na linha, progressão pelo meio só para combinações e remates de fora.