sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Tempo

Vi hoje uma pessoa que não via há, digo eu, mais ou menos 5 anos. E nem parecia a mesma pessoa. Quer dizer, os traços fisionómicos (será que esta palavra existe?) mantinham-se mais ou menos inalterados. Um bocado mais de gordura e consequente alargamento, vá. Mas os olhos, aquela cena que as pessoas têm nos olhos, que os distingue do próximo, do irmão gémeo, do sósia, deixou de haver. Parecia outra pessoa. Mantém a capacidade profissional e essas cenas, mas assustou-me. Porque, o brilhozinho nos olhos (sic), se não bazou, mudou-se para outro lado. A indumentária, a postura, o sorriso, foi tudo ao ar. Tudo o que revela a essência do ser mudou naquela pessoa. Para pior. Pelo menos assim me pareceu. Fiquei quase triste.

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