terça-feira, 21 de agosto de 2012

Faz alguma confusão ao princípio, mas..

também faz muito sentido.

É o Ola John por milhões, é o Kardec e é este na Corunha



Internacionais portugueses de 20 anos emprestados para Espanha, e milhões gastos em promessas holandesas. Se fossem para a puta que os pariu a todos é que era.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Os olímpicos

Este post é relativo aos resultados portugueses no JO2012 - Primeiro aqui

Os portugueses não têm o direito de sentir vergonha dos resultados nos Jogos Olímpicos. Desde 2008 que ninguém quer saber destes atletas para nada. Merecem menos páginas na imprensa desportiva do que a IIB do futebol. Os portugueses nem se lembram que existem mais desportos além do futebol. Lembram-se às vezes de outras modalidades, por norma nos jogos entre os grandes. E além disso o Estado nos seus sucessivos governos PS/PSD nunca se preocuparam com a prática desportiva que não fosse a bola. A Disciplina de educação física é uma anedota, parece que a partir do 10.º anos só conta para nota para os alunos de Desporto. Antes disso são 2 ou 3 aulas de 50 minutos, ou 45, semanais. O Desporto Escolar é uma anedota pegada. Meia dúzia de jogos/dias de competição durante a época e uma fase final que dura um fim de semana. O trabalho de base é feito pelos clubes, das mais diversas modalidades. Mas não é pelos grandes que já não têm camadas jovens. Têm "escolas de futebol" pagas. É pelos clubes de bairro e das vilas e assim. Quanto ao apoio do Estado aos atletas de alta competição é esquisito, porque funciona tudo, parece-me, com bolsas. Parece melhor apostar em infraestruturas de treino e a possibilidade de muitos putos experimentarem várias modalidades. Ninguém discute isso, ninguém quer saber se os atletas pagam para treinar. E não me venham com histórias de os apoios não contarem. Isto não é a cultura em que se pode discutir a legitimidade do apoio estatal. Aqui não. Aqui é a questão de ser o melhor no desporto. Para ser o melhor é preciso treinar em condições. E é ao clube Portugal que cabe garantir tais condições aos atletas de quem pretende medalhas. Eu dos olímpicos só tenho orgulho.

domingo, 12 de agosto de 2012

Fui ao cinema

Esta posta é sobre o Batman, que fui ver ontem (postei primeiro no g+), mas também sobre toda a experiência que é ir ao cinema. Nas partes sobre o Batman aviso por causa dos Spoilers.

O Cinema
No dia nove de Agosto fui ao cinema ver o Batman. Fui mais duas pessoas às Amoreiras para jantar rápido no Pato Donald e ir ver o filme. A comida estava fixe, para Pato Donald, eu comi tudo. A nível de experiência de vida é muito melhor ir a um cento comercial jantar ao Pato Donald do que ir "ver um filme". Primeiro, a secção cinema das Amoreiras, aquela parte onde estão as salas e tal, não tem casa de banho para clientes, o que é chato para quem gosta de urinar e lavar as mãos antes de ver o Batman (mais vale urinar antes do que durante e o Batman às vezes mete medo). Vamos para a sala de cinema sentamo-nos, e à parte dos roedores (pipoqueiros) e do ar condicionado em -25.º não se estava desconfortável. Baixam as luzes, estilo 5 minutos após a hora marcada, e espetam 15 minutos de anúncios, e atenção a esta parte, com o volume de som sempre a fazer estremecer a sala. Anúncios ao Continente (mais uma puta campanha de vender livros para "ajudar crianças", ou seja, mais benefícios fiscais para a SONAE apesar de não fazer nada para os merecer), ao Sumol, ao Pato Donald, e a mais várias outras coisas. E se tivesse ido sozinho tinha-me levantado e pedido o dinheiro do bilhete de volta. Porque é indecente. Eu já paguei para ver o filme. Não me posso queixar do "recomendamos" porque estão a mostrar-me mais filmes. Agora anúncios puta que os pariu. Paguei quase 1 conto e quatrocentos para ver um filme e tenho de gramar publicidade? Eu já paguei, porque é que tenho de estar a ver aquilo? Eu dei o meu dinheiro para ver um filme e mostram publicidade. Puta que os pariu.
Baixam mais o ar condicionado, e começa o recomendamos. Normal.  Acaba o recomendamos, metem o som em nível super ultra maxi mega super (morphine), e inicia o Batman. antes de falar do filme quero realçar o seguinte: sem qualquer tipo de conotação sexual a minha namorada passou boa parte do filme com os braços dentro da minha t-shirt por causa do frio. As pessoas falam e fazem barulho e levantam-se e trocam de lugar e existem. Fizeram um intervalo, sem avisar, no meio de uma frase de um personagem. O Intervalo de 7 minutos (cfr. apareceu na tela) durou menos de 6. Vá lá que desligaram o ar condicionado na "2.ª parte". Toda a experiência de ir ao cinema foi má, e senti que enquanto espectador/cliente não significo nada para quem mostra o filme. O filme serve apenas para levar o rebanho a ir ver mais anúncios e a sacar o que der. E fez-me lembrar com saudade a sessão da meia noite no Avenida, (era no estúdio 0 certo? estilo no piso 7 ou assim) ou mesmo no Dolce Vita, em que apesar do intervalo, respeitam quem paga bilhete. 
-----------------------------------Spoiler Alert ------------------------------

O Batman. A crítica tinha razão, e nem sequer é a cena do anterior ter sido muito bom. neste correu muita coisa mal. Primeiro aquilo nem corre nem anda, soluça. Não há um ritmo, há cenas coladas com cuspo. Depois está mal escrito. Parece ter sido feito à pressa, e com a vontade de surpreender não definem quem é vilão. Sai-se de lá sem saber quem era o mau. O que é chato porque o Bane tem tudo para ser um vilão porreiro por si só. Não vou entrar em coisas pormenorizadas sobre cenas propriamente ditas porque demora muito. Faço apenas uma excepção, a cena do início da "guerra" quando 3 mil polícias alinhados como guerreiros medievais, que estão apinhados numa rua, correm desenfreadamente na direcção do inimigo que está armado com metralhadoras. CORREM CONTRA PESSOAS QUE DISPARAM. Só caem 3. Esta cena, em BD, pode resultar muito bem. Parece que estou a ver os quadros, a massa em progressão a chegar e a iniciar lutas corpo a corpo. Num filme, em que não há espaços entre quadros, não funciona, é ridículo.
Basicamente, mesmo descontando o facto de se seguir ao melhor Batman que já vi, o de ontem é muito fraquinho.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Prorroga

Se for para fazer 2 fazê-las agora. Eles estão a apertar. Patrício a contar quando é preciso.

Fim dos 90'

O Pereira parece perto do segundo amarelo. Mantê-lo é perigoso. De resto o CRonaldo podia ter resolvido o jogo, não calhou. Agora é prolongamento. É ver quem a tem mais longa. A resistência.

Varela, Quaresma, Viana, Oliveira

Alguém tem de entrar.

Espanha volta ao costume

O Almeida já sacou 3 bolas na defesa hoje.

Intervalou

Durante a primeira meia hora o jogo esteve dividido. Estamos, especialmente o Pepe com muita calma a perceber o espaço, a conseguir defender bem na entrada da área. A equipa está bem. A partir da meia hora mais ou menos a Espanha volta ao estilo de jogo costumeiro mas com a última linha mais avançada. Parece-me que o Bosque quis dar a referência ao meio. Depois ficou desconvencido. Reparem numa coisa. Nas jogadas 1-2 espanhola, o 1 raramente progride depois de passar. Para abrir outro espaço.
 O CRonaldo está a jogar pouco, por estar muito marcado e a levar pau. O Nani está a jogar à bola contra o futebol dos outros. A equipa controlou-se bem durante todo o jogo, sem perder noção do espaço de recuperação. Lembro-me de 4 situações de progressão controlada de bola espanhola. De resto o espaço foi bem coberto. Com o estilo de jogo português: contra ataques rápidos e bolas altas, o Almeida vê as suas fragilidades ainda mais expostas.
Infelizmente tenho de falar do árbitro. É inacreditável o Arbeloa não ter pelo menos um amarelo. O lance do Nani (o da lei da vantagem, 28m mais ou menos) é roubo puro e determinado.

Já ninguém suporta o caca caca

5 faltas do arbeloa aos 20. Jogo equilibrado. O Negredo está a ponta de lança, a procurar espaços entre laterais e central. Onde costuma haver só espaço para entradas, hoje há um jogador que não é o Torres. Só cruzamentos ao segundo poste. Menos o do Pereira para o CRonaldo. Pressão alta boa mas inconsequente, sem conclusão.
Metem um bola longa para o Negredo e quase dá golo do Iniesta. Anda CRonaldo. Este Turco passou-se da cabeça. Isto é roubar, sem mais. Estava tudo a jogar aos 28, o Nani partiu tudo. Ele apitou mas só depois do Nani sair, não quando parou, mas depois da eventual falta. Se o Pereira acerta no último terço é um perigo.O Nani está a jogar à bola. É bem.

Arbeloa 3 faltas 3

E um fora marcado à revelia. E o amarelo? Falta para o Ronaldo. Até aqui:
5 minutos- comentadores metem nojo. ganhar um canto. estamos bem. Pepe bem. Esquerda Negredo, direita alba-iniesta.
8:40 - Alba iniesta silva merda.
A ideia do passe longo para passar zona de construção em teoria é boa. Porque distrai e, de repente, progressão com bola e passes rasteiros rápidos A ver se funciona. Boa pressão à frente.

Negredo a titular

Continuo a apostar que vai "varrer" a área ao contrário, e não ficar ao meio. Posso perder.

Alicante e seus torrões

O Casillas é o melhor jogador da Espanha. O Messi não é espanhol.
A Espanha não tem propriamente uma táctica, e a ter é demasiado esquisita para descrever. É estilo 4-1-2-4. A cena é esta. Eles não têm uma referência atacante. Mesmo que jogue o Torres continuam sem ter porque a referência espanhola é sempre a relação bola/espaço. E vamos ser claros, é preciso jogar muito para que resulte, mas em resultando é diabólico para o adversário. Tendo como ponto assente a certeza e a velocidade do passe, quer curto quer longo, sobram jogadores fortes na aceleração e na técnica, com permanentes movimentações no espaço enquanto a bola é trocada mais atrás de um lado para o outro. A referência não é uma posição ou um jogador, é o espaço onde vai aparecer o jogador - diagonais das alas, entradas pelo meio entre defesas (lateral centra/central trinco)-.
A confusão observada nas defesas que enfrentam a Espanha deriva desses factores: Falta de um ponta de lança que sirva de referência no posicionamento defensivo, e os (potenciais) passes a rasgar, às vezes rasgam em 3 metros e chega. A opção seguinte seria tentar comer o portador. A questão é que a Espanha não tem um portador de bola. Do meio campo para a frente leva a bola quem a tiver. E por norma não a tem muito tempo porque a ideia é a bola estar sempre a rodar de flanco para flanco, passando por vários jogadores, à procura de criar o tal espaço de ruptura. E depois há as trocas posicionais. A partir do meio campo, e à excepção do Busquets e do Xavi, todos trocam de posição. É o Alonso a aparecer liberto para cabecear ao segundo poste, é o Iniesta de fora para dentro com o Fabregas e o Silva a ir para o espaço na linha para vir para o bico da área. É muita coisa a acontecer ao mesmo tempo, numa selecção que ganhou tudo e tem a estrutura mais que feita. Em suma, não como a Alemanha, mas com resultados semelhantes - em Espanha, apesar das academias da Federação, são os clubes que apostam mais na formação, com forte incentivo federativo, na Alemanha é a Federação que há nos últimos 15 anos criou dezenas de academias, com os resultados conhecidos - A Espanha conseguiu criar uma base consolidada e um estilo de jogo próprio (Barcelona ajuda como Bayern também ajuda) que tem resultados. E depois?

A questão é a de sempre. O meio campo, ganhar a bola e o que fazer com ela. Os laterais espanhóis, especialmente o Alba, sobem que é uma coisa estúpida. Primeiro passo, não deixar o Pereira encostar muito aos centrais nem recuar muito na marcação à zona. Depois, os centrais têm de jogar aos "saltinhos". Não convém assentar os pés no chão que demora mais tempo a reagir. O Coentrão tem de subir com bola. Ponto final. Primeiro porque tem sido isso a permitir bastas vezes que a equipa respire e que suba, às vezes cria perigo e tudo. Depois porque o Arbeloa vai jogar a defesa direito, não há cá lateral para ninguém.
Agora os três do meio campo. É difícil dizer quem cubram os espaços. Vai haver sempre criação de espaços. Não sendo pelo espaço há de ser pelo jogador ou pela bola. Pelo jogador é complicado, porque eles trocam muito. Pela bola é andarmos sempre a correr à doida. Portanto vamos fazer aquilo que fazemos melhor. Deixar o Nani fazer a linha, Meireles a cobrir espaço Alonso Xavi Silva (só o espaço, para se mexer com a bola, não estou a dizer para o Meireles marcar 3 jogadores), com o Veloso e o Moutinho a cobrirem tanto quanto puderem a zona central. A tentar impedir progressão, com ou sem bola, controlada. Passes a rasgar só os defesas podem safar. Com a bola recuperada fazer o de sempre, passar ao jogador na frente com mais espaço, não podendo progredir para combinar ou abri para a ala. É uma meia final. Portanto é possível que aos 10 minutos de jogo já nada disto se aplique. Vai Almeida.  

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Almeida

Nada de pessoal me move contra o Hugo Almeida. tal como nada de pessoal me moveu contra Queirós, ou contra o César Peixoto, entre outros vários. Não é como com o Scolari, que é uma coisa pessoal.
O que é o Hugo Almeida? O Hugo Almeida é um ponta de lança alto e possante, com um raio de passada/remate aí de 3 ou 4 metros, com um remate de pé esquerdo muito forte e com pouca velocidade de ponta. Não se posiciona bem para rematar, tem grandes dificuldades em passar a bola de primeira, tem dificuldades na recepção em progressão e pressionado, e, curiosamente, não é grande coisa a jogar de cabeça. Não cabeceia com muita direcção, e salta mal, não é pouco, é descoordenado em relação à bola. Não é que seja mau jogador, não é é aquilo que podia ser. Tudo isto é pouco importante se jogamos com 2 avançados. Aí o Almeida já anda a cansar corpos aos centrais e à procura de bolas perdidas, enquanto o outro joga. Só com um é muito complicado, e, para provar que não é má vontade minha, justifico o que escrevi agora, e o já escrito antes sobre o tema, usando apenas apontamentos do jogo de ontem.

O Almeida entrou aos 40m. A primeira parte estava esquisita e pouco havia a fazer. Ainda assim, aos 44/45m conseguiu estar durante uns 10 segundos a pedir a bola, enquanto o mundo via que ele estava fora de jogo. Na sequência da mesma jogada, sem o Almeida estar a chatear defesas nem em jogo, o CRonaldo inventa o remate (passe de Meireles) que vai ao poste. CRonaldo mete mãos à cabeça, vê que a bola não está perdida e tenta ganhar posição para cabecear. Durante todo este tempo o Almeida esteve fora de jogo e/ou marcado por defesas. Mas sempre a pedir a bola.
 Na segunda parte, logo no início (tenho aqui - 46m), desmarcado ao primeiro poste "cabeceia com o ombro" uma bola que vem da esquerda (Meireles). O ombreamento foi por cima. (apontamento - Abdicámos de Ponta de Lança para jogar o Almeida). Aos 58m o Almeida, em fora de jogo claríssimo, mete a bola na baliza impedindo que CRonaldo, em jogo e pronto a rematar, chegasse à bola. Um central checo não faria melhor do que fez o Almeida aos 64m. Com espaço para cabecear, mete a bola para canto. Não, para pontapé de baliza. Continuo a ver um central. Pouco depois disto o Almeida, de costas para a baliza e de primeira, consegue devolver uma bola. Na jogada do golo, e este exemplo é maravilhoso, o Almeida não chega à bola, felizmente, e o CRonaldo marca. Sabem porque é que o Almeida não chegou à bola? Porque estava em jogo. E o pior de tudo. Naquele último livre que deu canto dos checos, que até o Cech subiu, o Almeida ficou no meio campo. Desceu o CRonaldo, mas o Almeida ficou a cagar no meio campo. Um dos jogadores mais altos, que andou a fazer de central checo, não recua aos 93 minutos para defender uma bola parada. Epá, o Cech passou por ele a correr e ele ficou parado no meio campo.  

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Meias da Copa

Desta vez, bloco de apontamentos:
primeiros 5 minutos - 6 passes longos falhados em 6 tentativas.
6 minutos - Canto para Portugal, primeiro passe longo concluído.
10m - Porrada com Nani. Troca de Alas?
12m- Pressão alta ganha 2 cantos seguidos. Os 3 da frente + Moutinho
14m - Desconcentração defensiva cria perigo.
Árbitro inglês apita à J. Pratas. Nani não faz falta para amarelo, CRonaldo não faz falta. Amarelo bem dado a Veloso. (Posta aos 15m mais ou menos) Epá vou parar com apontamentos aqui são demasiados para transcrever.

Até aqui o jogo foi esquisito. Os Checos conseguiram dominar o meio campo e aparecer em velocidade e superioridade. Raramente concluíram jogadas ou remataram com perigo. Só aos 27m fizeram um cruzamento rasteiro perigos que o Pepe safou. O jogo nunca partiu e falhámos muito na construção, especialmente porque os 3 do meio não se conseguiam "encaixar" nos médios defensivos checos.
A partir dos 20 minutos equilibrámos e o CRonaldo começou a aparecer. E a posta do intervalo é o que tenho a dizer. Quero só destacar a bicicleta do CRonaldo (única opção), o remate ao poste e a "agressão ao Nani, que não deu amarelo. Quanto à lesão do Postiga tenho um espacinho especial no fim da posta para o Almeida.
Na segunda parte entrámos para ganhar. O Meireles foi jogar declaradamente a interior esquerdo e o Jiraseck deixou de chatear. O Coentrão comeu metros com bola e fez o + 1 na ala para depois entrar na área ou cruzar. Os centrais fizeram o costume, o Patrício via o jogo, e o Pereira apoiou sempre a linha. O Moutinho e o Veloso dividiram a recuperação deixando, na construção, o Veloso no passe e o Moutinho na progressão. O Cronaldo começa a fazer diagonais, a rematar de todo o lado, a trocar de ala só para chatear, a recuar para construir, e a evitar perder a bola. O Nani fazia a linha sem bola, com bola procurava combinações, um para um, segurar a bola para inventar, e cruzamentos tensos. E foi isso. Dominámos o jogo em todo o campo e, à excepção de um cruzamento aos 59, jogada pelo lado esquerdo do ataque checo (canto do cisne para a República Checa), em que o Pereira (2x) e o Moutinho são papados, os Checos tinham medo de atacar. Podíamos ter marcado mais e mais cedo, mas desta vez a sorte não contou tanto quanto como contra a Dinamarca. O Moutinho rompe em progressão com bola, combina, e cruza tenso da direita para o segundo poste. Muito bem. Quanto ao treinador, eu gostava de ter visto mexidas mais cedo. Mas às tantas o Paulo Bento pensou, e secalhar bem, que mexer naquela altura estragava. Porque dominámos a segunda parte e a equipa não desequilibrou na transição defensiva mesmo quando o jogo, mas não a equipa, partiu aí aos 60m.
Portantos, prontos e consequentementes, dominámos e merecemos ganhar. A segunda parte é de equipa, mais o CRonaldo, e o CRonaldo é o CRonaldo.

R. Patrício - Sem trabalho. Alguma dificuldade com o pé direito. A culpa é dos colegas que sabem que o homem é canhoto.
J. Pereira - Tirando o já referido lance aos 59, esteve bem. Subiu a apoiar e cobriu bem a linha. Devia ter tentado o golo olímpico, não percebo porque não o fez. 
Pepe - O do costume, com pouco trabalho. Em sendo preciso esteve lá.
B. Alves - Na linha do Pepe.
F. Coentrão - Primeiros 15m demonstrou algumas dificuldades, a partir daí cobriu sempre bem a linha e subiu muito e bem.
Veloso - Perdido com a equipa nos primeiros 20m. Depois engatou entre as linhas do meio campo checo e manteve sempre o equilíbrio da equipa no meio.
Meireles - Curiosamente muito melhor na esquerda, e a meio da segunda parte vem para o meio com o Jiraseck, do qe a 8 na primeira parte, mas de novo, a equipa estava perdida.
Moutinho - O melhor Moutinho que vi neste Europeu. Bem no jogo todo, a atacar e a defender. Cruzamento para o golo e dezenas de progressões com boal, diagonais e combinações. Muito bem.
Nani - Na primeira parte andou em discussões e assim. Na segunda parte foi o Nani do Europeu. Linha toda dele, cruzamentos, combinações, remates e fintas.
CRonaldo - Melhor em campo. Grande jogo, na primeira parte foi ele o ataque e resolveu.
Postiga - Só lá andou 35 minutos ou assim, queando o ataque era o CRonaldo. Esteve bem quando se fez pressão alta.
Custódio - Segurou meio campo e subiu na direita.
Rolando - Andou lá a defender.

Falo amanhã do Almeida quando tiver tempo.

Custódio

Escusa de subir. Entra o Rolando. Sai Meireles. Encurtar linhas e isto é nosso.

ARRAFODA-SE

CRonaldo. É injusto. Eles jogam com 12, aquele central deles, o Almeida, entrou bem no jogo.

Paulo Bento

Está à espera que o jogo influencie uma substituição, quando devia ser o contrário a acontecer. Guardarei para o fim o resto.

Isto não está a correr bem

e podia estar pior. Várias coisas. Tenho um apontamento a dizer: "Nani está bêbado". O jogo está durinho.
O problema é todo no meio campo. Os Checos jogam como esperado Nós temos o meio campo ao contrário e não conseguimos progredir. Quando eles aparecem em velocidade treme tudo. O Almeida tem o descaramento de pedir a bola em fora de jogo e de reclamar com o Ronaldo por não lhe passar a bola no remate ao poste. Precisamos que alguém assente no meio campo sem subir, a garantir +1 nas transições defensivas. Eles defendem com 2 ou 3 para o CRonaldo e o Nani, e sempre em "cortina" na ala. Passe para trás, remate de fora ou passe para a área. Não tenho tempo para mais. Estive a fazer agora o jantar. Vou comer.

15m

1 passe longo em 9 tentativas. 6 nos primeiros 5 minutos. Meio campo ao contrário do que foi com a Holanda. Veloso sem espaço para ver zona de passe. Boa pressão alta dos 3 da frente mais o Moutinho dos 11m aos 14m. A partir dai as mudanças de velocidade dos checos na frente está a dominar o jogo e a criar oportunidades. O Meireles não pode estar a fazer jogo e a defender ao mesmo tempo. Agora só ao intervalo.

Até agora

Tenho evitado falar dos jogos após terem acontecido, pelo menos na parte relativa ao treinador. É fácil ser o Captain Hindsight. Por isso tenho-o feito durante os jogos. Em tempo útil digo o que me parece. Segue breve resumo do que foi Portugal até agora.
O que tivemos foi uma equipa mais ou menos em crescendo. Contra a Alemanha, independentemente das oportunidades só assumimos a posse e o jogo quando nos deixaram. Não merecíamos ganhar.
Contra a Dinamarca a equipa andou aos repelões e, podendo, não matou o jogo. Há culpas individuais e do treinador por não ter tomado medidas atempadas.
Contra a Holanda os primeiros 12 minutos foram deles. Depois, e parece-me que por ordem do treinador, passámos a ocupar bem os espaços na transição defensiva, e equilibrámos ao meio com a solução D'Agostino da Udinese, com o Veloso a ocupar o espaço do portador adversário e a levar o jogo para a frente. A defesa já era consistente, os nossos alas são muito fortes, faltava aquilo, o meio campo a conseguir ocupar toda a zona de transição. Assim o Veloso pode ser 6. Uma solução diferente da que eu originalmente preferi, mas, a bem de Paulo Bento diga-se que o Pepe tem sido fundamental a defender e a "varer" a área, e, a manter-se o modelo da maior parte do jogo com a Holanda, o Veloso pode ter espaço para ser determinante no início da construção. Os jogadores: Está tudo dito nas postas dos jogos.
 Contra a República Checa. Manter o que de bom se fez com a Holanda. A República Checa é uma equipa experiente, com muita ratice.  Joga o Darida em vez do Rosicky. É uma equipa experiente que vai tentar fazer o 2-1 em cima do Nani e do CRonaldo, e os dois médios defensivos vão tentar comer toda a zona de construção portuguesa. Depois no ataque meter velocidade nas imediações da área com passes curtos na progressão. Como contrariar isto? Subidas rápidas com bola pelo meio, combinações a segurar a bola no meio campo, quando não der para subir, e esperar que o Meireles ou o Moutinho possam apoiar na ala para progredir na linha. Cá atrás fazer o que tem sido feito, na frente a história é sempre a mesma, diagonais com e sem bola e combinações com 2, 3 toques.
Se conseguirmos arranjar um bocadinho de espaço na nossa zona de construção podemos controlar e ganhar isto. Depois temos o CRonaldo.

domingo, 17 de junho de 2012

Ganhemos

Logo se fala disto mais a sério, mas foram bons 65/70 minutos. Gostei de ver a equipa depois das alterações no meio campo.

Golo

Bem Pepe. Bem Moutinho. Bem Nani. Bem Oliveira a subir. CRonaldo playstation.

Sai Meireles entra Custódio

Dois trincos ou Custódio + 2. Falhámos. O Nani. Grande transição. Moutinho Ronaldo, falhanço. Foda-se.

Parece que vem aí o Oliveira

Hasta Postiga. Há espaço para jogar na frente e bolas a recuperar. Coisas que o Oliveira gosta de fazer.
Filmaram o Almeida no banco a esfregar os olhos com a expressão: "Da-se, nunca mais jogo". 

Postiga

Está alheado do jogo. A equipa parece ter-se esquecido que tem de ganhar. O Pereira tem de ter cuidado, está aqui está com amarelo. Estamos mal nas bolas paradas defensivas, é preciso melhorar. Muitas bolas ao segundo poste. O árbitro poupou vermelho ao Willens quando ceifou o Moutinho. 

Intervalo

Começámos mal, mas depois de sofrermos o golo melhorámos. Mas de qualquer maneira deixámos o jogo partir e corremos muitos riscos. Até que, parece-me com o dedo do treinador (pelo menos é o que espero), a compensação no meio fez-se ao contrário. E a partir dos 25m, mais ou menos, conseguiu criar oportunidades a sério, e continuámos a criar quase até ao fim da primeira parte. O CRonaldo agora, conforme, não onde está a bola, onde estão os adversários vem para o meio ou cai na esquerda. O Meireles agora é interior esquerdo. Dificuldades na progressão pela linha mas bem na recuperação, o que permite ao CRonaldo defender menos para descansar das sucessivas diagonais e piscinas. O Moutinho pega no jogo, e mais importante, o Veloso em vez de andar a cair nas alas (estão lá o Meireles e o Nani no apoio) fica no meio a subir com bola após as recuperações, e a segurá-la até a equipa subir. Ganha bolas no espaço nos 30 metros à volta do meio campo. O Postiga anda a acompanhar a equipa, é até surgir oportunidade.
  Agora o B. Alves já meteu uns bons 3 passes de 40 ou 50 metros, e falhou um passe lateral praí a 20. Tem estado bem, ele e o Pepe. O Coentrão foi subindo com a equipa, e a equipa com ele, o Pereira tem estado muito bem, até nas faltas. O Nani joga a todo o comprimento da linha lateral, e sempre bem. O CRonaldo quer ser o melhor. Tem de largar mais a bola. Muito cuidado na segunda parte. Quando demos a bola à Holanda sofremos. Eles tentam atacar muito e com muitos. Portanto, antes de mais, tentar sermos nós a condicioná-los, em vez de entrarmos a reagir ao jogo deles. Easier said than done.

E o Pereira a justificar elogios

Bom golo do CRonaldo, grande assistência. Olhem o que aconteceu quando o Veloso é o primeiro a subir na zona.

Estamos melhor

Vai Postiga. De qualquer modo todas as bolas da Holanda criam demasiado perigo para ser verdade. Chateia. Estamos a deixar o jogo partir. O Nani e o CRonaldo estão bem.

Tanto pediu para jogar

Que marcou aos 11 minutos. É um grande golo. Nada a fazer. Quer dizer, nada a fazer pelo Patrício, já que de resto metem nojo. O Coentrão ainda não se esqueceu do Robben em Munique, tem mais medo que vontade. O Nani vem para o meio tentar fechar. O Postiga que deixe os centrais e venha defender a 10. Nem falo do que o Veloso não está a fazer.

A Holanda

Reparem na progressão da velocidade de jogo à medida que se adiantam no campo. Não é marcar mais à frente, é cortar linhas mais à frente. Impedir o passe à saída do meio campo, ainda do lado holandês. O CRonaldo fica a ralhar com o árbitro enquanto o jogo decorre nas suas costas. O árbitro erra mas o jogo continua.

Eia, tantos holandeses

O Van de Vaart à frente do Sneidjer? Ou o contrário?

A Holanda mais logo

A Holanda joga igual desde 2010. O que é normal já que foram até ao finzinho. Neste Europeu perdeu os dois jogos. Contra a Dinamarca criou muitas oportunidades, mas mamou no contra ataque. Contra a Alemanha perdeu por um e podia ter perdido por mais. É um sistema parecido com o da Alemanha, mas com menos força. Um daqueles 4-2-3-1 que se transforma em 4-3-3 a atacar. Portanto, sendo a equipa de 2010 e a que já jogou 2 jogos neste Europeu há pouco a dizer quanto ao modelo de jogo e assim. Parece-me mais importante o facto de a Holanda estar num "limbo" psicológico e de espírito de grupo que pode ser mais perigoso que o resto. Dizem os jogadores e a imprensa que no balneário há o grupo dos que jogam, o grupo dos que entendem que devem jogar e o grupo dos que pensam: "foda-se, calem-se e joguem caralho". Ou seja, apesar de irmos jogar com a toda poderosa(?) Holanda só pode haver um plano de acção que não passa propriamente, como disse Paulo Bento, por controlar o jogo. Porque a Holanda controlou o jogo com a Dinamarca e perdeu e a Holanda tem Robben e Van Persie, entre outros, que em contra ataque resolvem. Este é daqueles em que não os podemos deixar acreditar. É um jogo da Taça entre um grande e o Arrentela, matar-lhes as esperanças ao princípio, sendo que as esperanças deles passam por nos ganhar por 4. Mais do que controlar é ir para cima deles. Como? Para mim, sem mexer no modelo de jogo, o que sabendo das preferências de Bento, é assim:
O Veloso vai jogar. Para ganharmos o meio campo precisamos essencialmente de não deixar o Sneidjer pensar, nem o Afellay subir com bola. Ora tendo o Veloso muitas dificuldades na cobertura eu sugiro a solução D'Agostino da Udinese e Fiorentina. Se temos um jogador forte no passe e relativamente criativo, cuja posição é a 6 temos de arranjar maneira de ele poder ter bola a iniciar o ataque. Sem mexer na táctica proponho que seja o Meireles a cair no Sneijder quando este progride com bola e o Moutinho a cobrir linha de passe e deixar o Veloso na zona. Na recuperação procurar o o médio com mais espaço, e, nas subidas para ataque continuado, deixar que seja o Veloso a levar a bola, com Moutinho no apoio ao meio. Cabe ao Meireles cobrir as costas. Ou seja, dois "8" a recuperar bolas e a garantir equilíbrio e um organizador de jogo a 6. Com isto quer-se evitar que Veloso tenha de fazer mais vezes aquilo que faz pior. Nas transições rápidas, algo para fazer repetidamente, passa a bola quem a tiver para quem tiver mais espaço na frente.
Quanto à defesa e ao ataque deixo tudo igual. CRonaldo e Nani são incontestáveis, o Postiga marcou 1 em 3 no último jogo, mais uma boa assistência. É injusto tirá-lo da equipa.  Ou seja, a defesa a fazer o mesmo, especialmente o Pepe a "varrer" a entrada da área e o B. Alves a cobrir quem entra. Os laterais a subir à vez, sendo que não é um de cada vez, é, por norma, o Pereira cá atrás e o Coentrão a levar a bola. Na frente, digo o que digo sempre. Diagonais com e sem bola dos extremos, bolas rápidas na linha, progressão pelo meio só para combinações e remates de fora.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O jogo com a Dinamarca

Primeiro, eu posso dar-me ao luxo de demorar a pôr a "análise" porque o mais importante, a parte da opinião sobre o jogo, já foi posta durante o mesmo.
A questão essencial é saber que Portugal é que foi ao Europeu. Se olharmos para o jogo em números Portugal só não dominou a posse de bola, cuja importância é relativa. As boas equipas são as que descansam e controlam o jogo sem ter a posse de bola. Não foi o caso. Este foi daqueles jogos em que os números ajudam pouco a perceber o que aconteceu.
Até aos 12 minutos Portugal jogou "nervoso". Dificuldade em sair, ninguém comia metros, havia pouca progressão com bola, e a Dinamarca aparecia mais. A partir daí a equipa assentou e começou a sair com bola controlada e a ganhar metros. Marcamos aos 25m, mais ou menos, e continuamos a dominar o jogo, a criar oportunidades, e aos 35m o Postiga marca o segundo. Nesta meia hora Portugal controlou o jogo, progrediu com bola nos pés, permitiu ao Pepe subir e aparecer em velocidade no meio campo a fazer cortes, e conseguimos meter diagonais, com e sem bola. Depois o jogo fica esquisito, perde-se intensidade na construção e recuamos linhas. E aqui, lamento, mas o Veloso tem de começar a acordar para a vida. Ele não pode ligar apenas quando tem bola. Eu ouvi o Dani dizer no fim do jogo que o Veloso esteve "muito bem no processo defensivo e nas compensações. É falso. Vir a correr para as alas (como já tinha feito com o Ozil contra a Alemanha) e encostar-se aos centrais não é o que o trinco deve fazer primeiro. Primeiro come o portador, o passe ou a zona, só depois é que se corre para trás ou para os lados. Pior. Não se pode, na mesma jogada e ao mesmo tempo comer o portador, o passe e a zona, como o Veloso tentou fazer nesta fase. O golo da Dinamarca não era propriamente esperado, é um passe longo feito perto da entrada da grande área, mais ou menos a meio descaído para a direita, metida ao poste mais distante, e o Patrício tem culpas. Acaba a primeira parte.
Entramos bem na segunda parte, o CRonaldo falha em frente ao guarda redes a equipa acredita, mas passados dez minutos estávamos a fazer passes laterais no meio campo e na defesa. Perdeu-se a intensidade de jogo e a Dinamarca começa a crescer. E continua a crescer, a controlar os nossos extremos, a ter algumas dificuldades com o Coentrão e o Oliveira, mas sempre a subir. Até que por volta dos 70m, sem que nada o faça prever, temos daqueles 5 minutos em que, sem razão aparente (efeito Oliveira?) os passes começam a sair e a cair nas alas, o Nani recupera num ressalto, o CRonaldo faz um sprint na diagonal da esquerda para a direita (com este gajo na esquerda esta devia ser a jogada tipo da selecção), recebe com espaço e tempo para olhar e posicionar-se, e falha redondamente. A equipa desanima toda. E passados dez minutos de sucessivas bolas rápidas no nosso meio campo, com pouca ajuda na esquerda, mamamos o segundo. Algo que estava à vista. Portador com tempo e espaço é desastre à espera de acontecer. A partir daqui sai o Meireles, entra o Varela e deixa de ser jogo para ser jogar à bola a ver se entra. Tivemos sorte. Raça e querer e coiso, mas essencialmente sorte.

R. Patrício - Culpas no golo. Sai a uma bola que não agarra nem cobre quem recebe. No segundo fez o que pôde. Tirando isso esteve bem.
 J. Pereira - Esteve bem, na linha do jogo com a Alemanha. Não arriscou, evitou expor-se ao risco, saiu com bola quando era seguro e essencialmente não está embirrento. Ocupou a zona e saiu quase sempre bem ao portador na linha.
B. Alves - Não apanhou o Bendtner, calhou mais ao Pepe. Quem lhe apareceu perdeu a bola e na antecipação nas bolas altas esteve impecável.
Pepe - Perdeu no segundo golo para o Bendtner. Mal posicionado em relação à bola e ao avançado. No resto do jogo esteve muito bem a defender, especialmente pelo modo como aparece a cortar bolas em velocidade e com vigor, a toda a largura da área e aí até aos 30 metros. Muito bem. E marcou o primeiro golo.
F. Coentrão - Na primeira parte a defender fez o jogo que quis, a atacar foi menos ofensivo do que contra a Alemanha, até porque havia mais gente a levar a bola para a frente. Teve muitas dificuldades na segunda parte porque ninguém apoiava nas subidas do lateral, quando a Dinamarca subia com (muito, demasiado) espaço. No segundo golo dinamarquês estava na área a acompanhar o interior que entrou.
Veloso - Dois jogadores. O trinco que jogou meia hora na primeira parte a controlar a zona e a deixar o Pepe aparecer a cortar bolas abrindo espaço para receber e progredir, e o médio que levou a equipa para a frente quando tinha a bola, em progressão e com passes a abrir e a apoiar durante os 90m, jogou muito bem. O trinco que jogou na outra hora de jogo não jogou nada.     
Meireles - Devia ter sido expulso. Jogou sempre bem, mas tem de assumir o remate de fora mais vezes e tem de correr mais com a bola. Fez o costume, mas é o tal problema, não pode acompanhar quem sobe pela ala e cobrir o portador, logo nem sempre consegue assegurar a recuperação como a equipa precisa.
Moutinho - Jogou bem. Acompanhou sempre os médios dinamarqueses que sobem pelo meio, mas sofre do problema do Meireles. Não pode cobrir o portador e os que acompanham na ala. Com bola, e à parte dos recorrentes passes laterais, esteve bem. Procurou a progressão, as aberturas para a linha e combinações na entrada da área.
Nani - Para mim o melhor em campo, porque não posso nomear o Pepe (o segundo golo dinamarquês não deixa). Foi igual durante todo o jogo, mesmo quando veio para o meio nos últimos 10m. Procurou sempre a progressão na linha, o 1-2, o espaço para o passe e as bolas rápidas diagonais. Ajudou muito na defesa e, entre muitas outras, meteu a bola para o golo do Postiga.
CRonaldo - Nem sempre ajudou a defesa como devia e fica marcado pelos falhanços, especialmente pelo segundo.
Postiga - Um jogo à Postiga. Entrou a cair nas alas, não resultou, começou a recuar a procurar bola. Falha 2 bolas, e marca num remate de primeira ao primeiro poste. Na segunda parte ajudou a isolar o CRonaldo para o falhanço número 1. Tentou ajudar sempre nas combinações e não jogou mal de costas e de perfil para a área.
N. Oliveira - É diferente. Às vezes parece um corpo estranho na equipa e logo a seguir, na mesma jogada, descobre o colega para combinar. Na, mais ou menos, meia hora que jogou, tentou combinações, remates de fora, passes a desmarcar e levou a bola para a linha a ver se segurava o resultado no finzinho. Não sei se resulta a titular. Só vendo.
Varela - Dez minutos, um golo, alguns sprints. Bom jogo.
Rolando - Não sei se tocou na bola.

Paulo Bento - Vale o que disse durante o jogo. Devia ter mexido mais e mais cedo na equipa. Na equipa, não só nos jogadores.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Portugal ganhou

Não era preciso tanto sofrimento, e não, não sabe melhor quando é assim, porque assim a sorte conta muito mais do que aquilo que devia. Amanhã logo falo dos jogadores e assim, porque ainda estou meio irritado e isso não traz nada de bom à avaliação. Só uma coisa. O Pereira está na Selecção como nunca esteve no Sporting. Um defesa direito que não inventa e sobe só quando pode. Não o vi a reclamar em excesso com o árbitro nem com adversários. Não gosto do J. Pereira mas não conhecia este. O Paulo Bento conhecia. 

Cansei-me de avisar

Em cima do Pepe. O melhor pano afinal desbota. Independentemente do resultado final, eu avisei. Não comemos o portador, não controlamos a zona, parece decalage no andebol quando se está com mais 1. Há muito tempo avisei dos passes laterais e da falta de apoio na defesa do meio campo. O portador faz o que quer e, como a defesa recua as linhas, quando sai alguém ao portador abre-se a linha de passe. Aconteceu sucessivamente e não fui só eu que vi. E ninguém fez nada. Aqui o treinador tem responsabilidades, tantas ou mais que os jogadores. Bem Varela. Grande tiro. Muito bem. Agarra o jogo Paulo Bento. É agora a tranquilidade.
(mensagem editada entre o 2-2 e o 3-2)

Não há mais substituições? Já se anda a desperdiçar a tempo e a defender nos últimos 30 metros

Alguém a ajudar no meio campo defensivo rapidamente. Bem o Coentrão. Bem o Oliveira e o Nani. CRonaldo está triste.

Nelso Oliveira

Parece que vai entrar. Veloso papado na linha. Será que sai o Postiga. É. Parece boa ideia. Um gajo para mexer no jogo e cair nas alas. O CRonaldo tem de fazer mais mais e mais diagonais sem bola.

Atacar

Temos de começar a jogar para ganhar. Imediatamente. Os dinamarqueses raramente falham a a baliza quando rematam. É muito arriscado andarmos com passes laterais em todas as fases do jogo e em todo o campo.

Ao intervalo

Bola bola e mais bola. É o que temos a fazer. Correr com a bola nos pés e desmarcações dos avançados. Agora, aquilo que o Veloso está a fazer é incrível. Um jogador forte na progressão e no passe com bola, a defender é um circo, anda a correr à doida entre o portador e a bola, sem se decidir. Há um exemplo maravilhoso disso praí aos 42, 43 minutos, em que contra 2 adversários que progridem pelo meio (portador e apoio) vai ao portador, o portador passa ao apoio, Veloso corre ao apoio, apoio devolve, Veloso corre atrás da bola até ao portador, que tem tempo e espaço para passar na esquerda. Vá lá que apareceu o Pepe. E enquanto o Veloso andar assim o Coentrão não pode subir. Mas repito, com bola o Veloso tem estado bem. O CRonaldo precisa fechar mais rápido ao meio, O Nani é para continuar a fazer o que está a fazer. A defesa está bem o Moutinho e o Meireles (vou fingir que não me lembro da mão na bola) também. Sobre os outros já disse o que tinha a dizer.

Patrício foda-se

Se sais à primeira bola tens de a ganhar foda-se. Culpa dos comentaristas que dizem que a Dinamarca só tem problemas e não soluções e depois dizem que o golo era inevitável. Foda-se SIC e foda-se Patrício.

Alguém que telefone para a SIC

e digam aos comentaristas para pararem de agoirar.

O Postiga

Marcou de primeira ao primeiro poste. Apareceu de frente já a pensar no remate. Muito bem também o Nani a meter a bola. Ah futebol, assim sim.

Postiga falha x2

E o Meireles, 29m, podia (devia) ter levado vermelho. Foi mesmo o Nani no golo.

Força Portugal faz o gol

É por trás ao Postiga aos 23m. Nem cartão é. E golo Pepe. Muito bem ao primeiro poste como os homens. Muito rápido e desmarca-se de dentro para o poste a comer quem o marcava. Gostava de sabe, não consegui descortinar, quem é o jogador português que sem querer bloqueia o outro defesa da Dinamarca. Será o Nani?

O Bendter pode não acabar o jogo

Aquela pisadela é para vermelho.

15 minutos

Equipa muito nervosa, Moutinho aos 9m nem consegue levantar para a área. 9:45m: O Postiga nem à bola se faz. Se o ponta de lança vem para o meio cadê a velocidade e cadê a profundidade ao meio? É para o Meireles? É para mim? Veloso no Eriksen?
A partir dos 12m, maior equilíbrio, precisamos de progredir com bola. Sai o Zimling. Deve vir o Poulsen, segundo a televisão.
Tivemos 3 bons minutos a fazer o que é preciso, correr com bola nos pés. Depois o Coentrão (14) foi comido pelo Rommendhal. A defesa para defender tão à frente precisa melhor coordenação. Bola no pé e passes para a área. E rematar de fora.

Engano meu

Bendter sozinho na frente, Zimling no meio campo, a fazer posição 8. Não tava a ver isto.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Olá outra vez Dinamarca

A Dinamarca é a equipa da fase de grupos, que já vimos contra a Holanda. O que temos? Continua a valer o conceito do "altos, fortes e louros", mas sem a parte "tosca" do conceito. A defesa são gajos altos e fortes na recuperação e no confronto directo. Pelo ar são não perdoam. E os centrais são titulares de equipas boas em campeonatos a sério. O meio campo são 3 a recuperar, com os interiores a tentarem progredir com a equipa, a chamada subida em bloco. Há sprints esporádicos pela linha, mas a ideia é manter o bloco nas transições.O outro do meio campo é o que desequilibra. O Eriksen é uma espécie de 10 e 1/2. Constrói, rompe, aparece a fazer a sobreposição nas alas, é rápido. Falha um bocado no remate de longe, mas não nos podemos fiar nisso. E depois são dois pontas de lança. Contra a Holanda jogou o Zimling, que não conheço. É rápido, tenta aparecer muito no espaço entre lateral e central, mas é um jogador de 27 anos que não serviu para o Udinese. É a "muleta" do ataque. Serve para fazer o "+1" na progressão, porque não é forte com bola, e é o primeiro a pressionar o defesa que quer sair com bola. E o Bendtner. Este é o jogador com mais auto confiança que conheço. Na cabeça dele é uma mistura do Pelé com o Van Basten, o que não sendo necessariamente bom, pode ser muito perigoso para Portugal. Este remata, e tenta inventar. É a principal referência atacante e é, por norma, quem dá profundidade a equipa. É um nome conhecido do futebol, quanto mais não seja porque nunca se sabe onde vai jogar na época seguinte. É uma competição importante para este gajo porque está naquela altura da carreira em que "é ou não é".
Enquanto equipa, a Dinamarca procura o controlo do jogo mesmo que não tenha a posse. Gosta de se alargar no terreno e criar espaços. A contra atacar é fortíssima. O passe sai, por norma, na diagonal para a progressão, procurando o Eriksen ou os médios interiores. Se for o Ericksen levanta a cabeça e progride ou mete na frente. Os interiores por norma esperam pela subida do resto da equipa. Quando o passe é metido directamente na frente, é para o Bendter, que segura e tenta o 1-2 ou virar-se para a baliza. É uma equipa que tenta defender logo na saída, com os interiores a fecharem e o trinco a cobrir à zona até ter de encostar aos centrais.
Aposto no 11 que jogou contra a Holanda: aqui.
Portugal, mesmo 11 do primeiro jogo, digo eu que joga. A minha opinião é conhecida, pelo menos eu conheço. Somos favoritos. Temos melhores jogadores, mais futebol. E é daqueles jogos para se apostar nisso mesmo, mas com regras. Abusar da progressão com bola e dos passes para as costas da defesa. Nunca deixar subir os nossos dois laterais ao mesmo tempo, é daquelas exposições desnecessárias ao risco que costumam ser fatais. Quem perde a bola na frente tem de correr imediatamente a 1 - recuperar a bola, 2 - recuperar a posição. Não deixar o Eriksen levantar a cabeça e pensar. Cair logo em cima e se preciso aleijar. Viu-se com a Holanda que é ali que muda o jogo da Dinamarca. O meio campo roda mais à volta dele do que da bola, e isso quer dizer qualquer coisa.

domingo, 10 de junho de 2012

sábado, 9 de junho de 2012

Parabéns Selecção, foi até ao finzinho

Depois de tudo o que disse antes e durante o jogo, já não sobra muita coisa.

R. Patrício - Sem hipóteses no golo. Defendeu o que havia para defender.
J. Pereira - Fica marcado pelo lance do golo. Não é que esteja mal posicionado, até porque não pode atravessar o o Gomez para chegar à bola, está é mal nutrido para discutir aquela bola. A defender pelo chão e de frente para o portador esteve bem, sem dar porrada nem inventar. Nas diagonais, cruzamentos e combinações viu-se à rasquinha. Subiu pouco, mas com critério, sem desposicionar a equipa, e esteve muito forte no passe (até porque arriscou pouco).
B. Alves - Esteve bem. Sempre rápido e forte no 1x1, seguro nas subidas. Não foi pelos centrais que a equipa quebrou. Subiu nas bolas paradas e não esteve longe no fim. Não há muito a dizer.
Pepe - O mesmo do B. Alves, e ainda, implacável na recuperação e disputa de bola, muito bem a sair e no passe, e uma bola no ãngulo que não entrou porque o futebol é patrocinado pela Liga dos Amigos dos Médicos Cardiologistas.No lance do golo é batido pelo desvio da bola.
F. Coentrão - Até no amarelo esteve bem. Fez-me lembrar o saudoso Paulinho Santos naquele jogo em que o árbitro (Marc Batta?) expulsou o Rui Costa por demorar menos tempo a sair do que os substituídos alemães, que andou sempre de dentes arreganhados cara a cara (sentido figurado era mais cara a peito) com quem abria a boca. A defender foi muito intenso, quer ao portador quer a fechar, mas foi na transição ofensiva que se destacou. Mais do que meia dúzia de subidas conseguidas na primeira parte (sendo o único português a ganhar metros pelas alas, sozinho empurrou a equipa para a frente sempre que pôde), estragadas por péssimos cruzamentos, a intensidade com que avança e que na  segunda parte lhe permitiu estar sempre a apoiar o ataque, mais frequentemente e com mais qualidade no que na primeira, e até a rematar dentro da área.. O melhor português de hoje.
M. Veloso - Globalmente surpreendeu-me pela positiva. Fez tudo o que estava ao seu alcance.. Nos primeiros 15 minutos adiantou-se mas depois desapareceu dentro da área quase até ao fim da primeira parte. Entrou melhor na segunda, e depois de sofrido o golo soube chegar-se a frente e definir jogadas. A questão é saber se tudo o que o Veloso tem para dar, naquela posição, é o suficiente para a equipa.
R. Meireles - A partir dos 15 minutos foi outro jogo para o Meireles. Aparecia muita gente com a bola controlada. e não conseguia sair com velocidade e segurança. Ainda assim soube evitar recuar demasiado e tentou sempre "sair para a frente". Não teve muito sucesso. Portugal quase não conseguiu sair com bola controlada. Na segunda parte foi outro jogo, antes e depois do golo sofrido. Antes do golo tentou fazer o mesmo, mas havia mais espaço, correu melhor. Depois do golo saiu.
J. Moutinho - Nem sei o que dizer. Foi difícil vê-lo na primeira parte. Não que tenha jogado mal, mas não conseguiu, nas poucas hipóteses que teve, fazer com que a equipa saísse para o ataque. Apoiou na defesa, tentou tapar o Khedira, mas naquilo que era preciso que fizesse, falhou. Na segunda parte entrou melhor, e depois de sofrido o golo, quando a Alemanha recuou, teve espaço para meter a bola e fê-lo quase sempre com critério. Foi o cotovelo do Moutinho que levantou a bola de golo.
Nani - Vi o Nani a jogar a lateral direito meia hora na primeira parte, a fazer a zona e a correr ao portador. Foi isso. Na segunda parte conseguiu progredir na linha e veio para o meio depois de entrar o Varela, e andou a fazer o 1 nas tabelas, a meter bolas e a virar o jogo. Meteu um cruzamento na barra. Tentou o um para um, por norma ganhou, cruzou, tentou rematar, levou a equipa para a frente. Esteve bem.
CRonaldo - Apagado na primeira parte. A equipa também não ajudou, de duas formas: primeiro, metia sempre para ele ; segundo,  com espaço metia-lhe mal a bola, no limite da impossibilidade. Na segunda parte tem uma boa bola com uma abertura do Moutinho, aos 65 m, mais ao menos, mas perde o tempo de remate para o Boateng. A partir do golo sofrido assumiu o jogo, deu boas bolas para golo, atacou o adversário e não foi por ali que o gato foi às filhós.
Postiga - Levou um amarelo na primeira parte, falhou a bola na pequena área, apareceu nas alas e perdeu sempre a bola. Na segunda parte saiu.
N. Oliveira - Entrou mal. Notou-se que queria ajudar mas perdeu logo a primeira bola e depois fez falta. No entanto, e isto é a tal coisa do futebol, essa vontade ajudar aliada ao físico do Oliveira, permitiu-lhe ganhar bolas no confronto directo e passá-las convenientemente. É dele o trabalho para o remate do Varela. E fez isso mais duas vezes, uma para o CRonaldo e uma com o Moutinho. Jogou de costas e de perfil para a baliza, e esteve bem. Se não joga o CRonaldo ao meio, às tantas este é a melhor opção.
Varela - Cheio de energia e vontade. Tabelou, fintou, tentou cruzar e falhou a melhor oportunidade do jogo. Acontece.

O Jogo. Não me vou pôr aqui com o que devia ou podia ter sido feito. Isso era batota, por isso foi feito antes do jogo. O que foi o jogo? Na primeira parte há o primeiro quarto de hora e o resto. Nos primeiros 15 m Portugal andou pelo meio campo e conseguiu trabalhar a posse razoavelmente com os 3 do meio campo. A partir daí a Alemanha decidiu vir para a frente e imediatamente Portugal recua as linhas. E foi um sufoco. Bolas e mais bolas em velocidade, jogadores a trocarem de posição, equipa tão recuada que passavam bolas rasteiras a toda a largura da saída da área. Não conseguimos sair depois da recuperação, e raramente se fez passe vertical, saía-se sempre para lateral, pára, mete no meio, progride, perde a bola. Não se conseguiu concluir a "transição ofensiva", e nem importa porque era muito lenta. A Alemanha esteve sempre perto da nossa área, e criou perigo.
Na segunda parte foi diferente. Até ao golo o jogo esteve dividido e parecia que ia partir. Conseguimos iniciar a progressão do Meireles na linha do meio campo e a do Moutinho à saída do meio campo. O Veloso fazia passes intencionais e o Coentrão comeu metros que foi uma coisa estúpida. O Nani começou a aparecer e o CRonaldo começou a fazer diagonais em série. A Alemanha respondia do mesmo modo, com o Bastian S. (7) a ir para a linha tapar o Coentrão e aproveitar o espaço, e o Ozil a abrir o jogo para as alas. Como já disse, parecia que o jogo ia partir. Entra o Oliveira e sofremos o golo passados 5 minutos ou assim. A Alemanha recua as linhas para procurar o contra ataque e Portugal toma conta do jogo. Alguns remates com perigo, uma bola nos ferros, e mais remates do que no resto do jogo. Há várias coisas a retirar disto. A primeira é que a derrota não é injusta. A Alemanha dominou a maior parte do jogo e esteve bastante tempo acampado no nosso meio campo. A segunda é que Portugal pode ser mais do que foi na primeira parte sem nunca esquecer que foi a Alemanha que abdicou da posse de bola após o golo. A terceira é que sinto que houve jogadores com o empate na cabeça, desde o sorteio.  

Oliveira a titular?

O Varela olhou para o guarda redes e chutou contra ele.

2 no ferro chateia

Vai entrar o Kroos. Quem disse para o Nani chutar de sítios esquisitos?

Sem Chance

Aos 73 m: Gomez vs. João Pereira. Mamámos. Alguém avisou. Já não vem aí o Klose.

Substituição

Entrou o Oliveira????????

E o Klose também aí vem.

À hora de jogo

Está equilibrado e a começar a partir. O Khedira quis levar o pé do Moutinho para casa.

Intervalo

Repito o que disse na antes do jogo. Precisamos do CRonaldo mais em jogo, é metê-lo ao meio, que na esquerda tem 3 adversários sempre ao pé. No meio até podem meter 7. E precisamos de "comer" os 10/15 metros à frente da área, sem meter lá mais um jogador.

Foda-se Puta Merda

Bem Pepe.

É vermelho

Aquilo do badstuber ao Nani é vermelho. Falta em carrinho, por trás, ao pé de apoio. Vermelho.

À meia hora de jogo

É tudo deles. Baixamos muito as linhas porque não conseguimos cobrir o espaço à frente da área. Quando eles metem um bocadinho de velocidade quase não conseguimos respirar, quando nos primeiros 20 minutos conseguimos cobrir quase no meio campo. O Veloso já nem vê os jogadores quanto mais a bola. O Postiga só se viu no amarelo e a falhar a bola na pequena área.

Aos 15m

Eh Postiga! Quanto ao jogo, gosto de ver o CRonaldo a trocar com o Postiga. A ideia para a saída de bola está bem pensada mas mal executada. aos 14:30 os meus receios confirmam-se. O Veloso não consegue "comer" o passe. Se fosse um corneto...

Portugal vs. Alemanha

O Low enganou-me. Joga o Boateng. Mas joga do lado direito. Muda porque sabemos que este é defesa. Mas Portugal tem de fazer o mesmo. E joga o Badstuber, que é melhore que Metersacker. De qualquer modo a minha preocupação é não ter falhado o 11 de Portugal, à excepção do Postiga.  A ideia parece ser haver capacidade de trocar a bola pelo chão na frente. Vamos a ver.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

A história do futebol e o Xavi

"Mourinho não vai ficar na história do futebol. Para mim o melhor é Guardiola, e assim foi durante os quatro anos em que esteve à frente do Barcelona. Revolucionou o futebol", disse Xavi em entrevista ao Canal+.

Na opinião deste médio o Mourinho, que ganhou campeonatos e tripletas e mais não sei o quê, não fica na história, perdendo o lugar para o Guardiola que desisistiu de treinar por causa da pressão ou lá o que era, ou por ter perdido o campeonato para uma equipa que fez 100 pontos. É por estas declarações que as pessoas não gostam do Barça. Têm a mania que são moralmente superiores aos outros e que as suas vitórias têm mais valor do que as dos outros. Este ano ganharam a Taça, não foi? Como a Académica em Portugal. 

As coisas que se descobrem

Hoje disseram-me que eu, e as coisas que decido fazer, e o modo como gasto o meu tempo é, e passo a citar: "Ridículo". E é isso. Não é que não seja verdade, é mais o ouvir-se isto directamente vindo de quem realmente me importa. Sou ridículo.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Euro 2012 - Quem és tu Nationalmannschaft, e como te posicionar de modo a que percas a guerra

A Alemanha não é novidade para ninguém. É basicamente a equipa de 2010. Um 4-2-3-1 típico, que com bola ou em contra ataque se "transforma" em 4-3-3, com os alas a entrar, ou mesmo em 4-2-4 quando o médio ofensivo (Ozil em princípio) se encosta ao ponta de lança. No entanto é difícil apontar uma equipa-tipo. Por causa das lesões e experiências na defesa, porque não se sabe se joga o Kroos ou o Schweinsteiger, porque o Klose pode jogar. O que nos interessa é o jogo com Portugal. Segundo ouvi no rádio o Low está muito tentado a pôr o Lahm à esquerda, porque parece que o Boateng andou com actrizes pornô durante o estágio, e jogar com o Lars Bender à direita. Eu não conheço este Bender, conheço o de lata, mas pelo que tenho visto é um 8, ou box to box, ou médio de transição, ou qualquer outra idiotice que tenham ouvido na televisão dito por quem ainda não percebeu que os números dizem sempre o mesmo, basta olhar para a táctica. Rápido na recuperação e na progressão com bola, forte na recuperação, criterioso no passe e rematador. Parecido com o Witsel, vá. Mas só o vejo a jogar no meio campo, de frente para o jogo, a posicionar-se enquanto olha para trás e para a frente, e não para a frente e para o lado como deve fazer um lateral. Parece ser bom jogador (é internacional alemão) mas não sei como joga a lateral. O Paulo Bento deve saber. Adiante. Não sei é é jogo do Low mas acredito que joguem estes laterais. Quem serão os centrais? Os que mais jogaram na fase de qualificação foram o Badstuber e o Mertesacker. Mas contando também os amigáveis pós qualificação aparece muito o Hummels, que parece que vai jogar mais o Mertesacker. A seguir só há duas dúvidas, e só uma delas pode mudar o jogo da Alemanha. Eu aposto que joga o Neuer; Bender, Lahm, Hummels, Mertesacker; Khedira, Schweinsteiger, Ozil; Muller, Podolski, Mario Gomez/Klose (tacticamente, neste caso, iguais). A diferença pode vir se entra o Kroos em vez do Schweinsteiger. Não me parece, mas a acontecer muda um bocado o meio campo. O Kroos é mais ofensivo que o Schweinsteiger, progride mais vezes com a bola e é capaz de comer um bocado de espaço ao Ozil, não me cheira. Portanto, para o que interessa, a equipa é a que aí está, com ponta de lança à escolha do freguês. O que temos? A partir do Khedira é uma equipa fenomenal. Trinco forte e bom no passe, médios rápidos que sabem quando subir e quando rematar. Avançados que antes de tocarem na bola já sabem onde estão e onde está a baliza. O que pode fazer Portugal? Muito. Primeiro, isto não é jogo nem para o Veloso nem para o Almeida. São para riscar. Alguém tem de cobrir o espaço entre o Schweinsteiger e o Ozil. Eles sobem os dois ao mesmo tempo e têm 3 anos de selecção a jogar juntos. Ninguém os marca individualmente, que isto não é o Europeu de 1912, é preciso um jogador forte e rápido, duas características de que o Veloso não padece, a interceptar bolas e a recuperá-las no 1x1. Sem isto nada feito. A defender depende muito deste trinco (Pepe, espero eu) e do Meireles a pressionar. Portanto, até aqui temos (aquela que eu acho mais adequada): Rui Patrício; Ricardo Costa, Bruno Alves, Rolando, Coentrão; Pepe, R. Meireles, J. Moutinho; Quaresma, Nani, CRonaldo. Na realidade parece-me que vai ser: R. Patrício; J. Pereira, Pepe, B. Alves, Coentrão; Veloso, Meireles, Moutinho; Cronaldo, Nani, Almeida. Os 4 de trás têm de defender com calma, o que não é defender devagar. É não atacar o portador (ok J. Pereira?), é esperar pela bola no espaço para meter o pé, é subir ao mesmo tempo para fazer o fora de jogo. Para os centrais é ainda marcar o ponta de lança à vez e dobrar os laterais que sobem no auxílio à pressão feita por Meireles/Pepe (aqui é Veloso mas não consigo, por mais que tente, indiciar numa frase que o Veloso vai pressionar um adversário sem me sentir sujo). O Moutinho vai lá andar mas tem de defender na zona e não no portador, porque alguém no meio campo tem de estar a ver o jogo. Defensivamente é isto, calma, concentração e porrada se for preciso.
Muito importante, assim que se recupera a bola meter na frente. Logo. Recupera, joga no espaço, levanta a cabeça, e mete na frente. A Alemanha ataca a sério, e quando o Khedira ultrapassa o meio campo sem bola a equipa desposiciona (palavra inventada acho eu). É a maneira mais certa de fazer golo. Não quer dizer que resulte, e é aqui que entra a ausência do Almeida. Imaginem. Meireles recupera e passa ao Moutinho que tem 4 metros para receber e ver o jogo. Levanta a cabeça vê o colega com espaço na frente, que está a 30/35 metros da baliza, e tem 2 ou 3 metros para começar a correr/passar, e mete a bola. O colega é o Almeida. Imaginem a mesma coisa. Agora quem recebe à frente com espaço é o CRonaldo. É diferente. No primeiro caso imaginam alguém a chutar com os dois pés ao mesmo tempo no vazio enquanto um adversário, que teve de apanhar 2 autocarros e um táxi para lá chegar, recupera a bola. No segundo caso imaginam perigo (na realidade a ilusão de perigo, coisa só alcance dos grandes) quando a bola está a 30/35 metros da baliza. Se queremos passar a bola com segurança na frente o Almeida não joga. Mas neste jogo ainda deve jogar menos. O Mertesacker nunca fez chichi. E por isso os seus rins são feitos de pedra. Além disso teve lesões e fez uma época abaixo do razoável no Arsenal. Estamos a falar de alguém que não muda de velocidade, não roda, não tem "pique". É claro que para defender directamente o Almeida isto conta pouco. Agora apanhar o CRonaldo no 1x1, para o Mertesacker pode dar hemorragia interna. Temos de utilizar aquilo que é a nossa força contra aquilo que é a área menos forte da Alemanha: os centrais. O mais rápido parece que nem vai jogar. Mas qualquer homem estátua marca o Almeida enquanto ganha uns trocos.
Resumindo: para ganhar à Alemanha precisamos de ter sorte. Depois é preciso não desperdiçar. O não desperdiçar não é o marcar golo em todos os remates, é conseguir acabar as jogadas. É concluir, seja com golo, seja com cruzamento falhado, seja com o que for. É não parar a meio com passes para o nada e recepções defeituosas, é não perder tempo com fintas no meio campo, é dar 3 toques mesmo quando se podem dar 19. É "avançar para a frente", e não com passes laterais à Moutinho, é abusar de diagonais para fora no espaço entre centrais e o Bender, que com o Lahm a coisa pia mais fino, e diagonais para dentro, no mesmo espaço, na progressão com bola. É dizer ao Nani para chutar de longe e de sítios esquisitos, é deixar o Quaresma trivelar e inventar no último terço e mandar-lhe um sapo de loiça à tromba se inventa atrás (inventar atrás inclui não vir defender) Essencialmente é jogar para frente, não é ir para cima deles, é atacar, meter a bola com segurança no último terço e acelarar (a palavra pode estar mal escrita mas eu gosto mais assim).

domingo, 3 de junho de 2012

Os Jogos de Portugal. Teste Beta - Já houve Selecções com mais opções...



(Isto é mais relativo à parte da preparação de uma equipa para o Europeu do que análise ao jogo propriamente dito. Nos jogos a sério será diferente.)


Já houve, já. Mas trabalha-se com o que se tem. E não se tem o Bosinwga nem o Carvalho. O Carvalho sabe-se porque não vai, o melhor lateral direito português não. Resta-te uma defesa em que só os centrais são relevantes de cabeça e um trinco que não salta e corre muito pouco. No ataque os problemas são vários. A CRonaldodependência não me parece ser um deles, considerado por si só. É natural que se procure o melhor para resolver. Resta o quê:
- Nani demasiado encostado à linha. Passa demasiado tempo alheado do jogo, até por causa de se procurar muito mais o CRonaldo.
- Hugo Almeida não serve para jogar sozinho ao meio. Os pés não funcionam, e em cinco passes verticais rasteiros só conseguiu receber um mas depois não conseguiu passar a bola.
- Não se sabe quem é o médio que sobe. Nem os médios centro sabem. É que se sobe só um não ocupa o espaço para entrar na área, já que procura dar o apoio ao portador ; se sobem os dois fica só o Veloso que não consegue cobrir o portador nem ganhar nas saídas (se não conseguiu com a Macedónia e Turquia imagine-se com as equipas do Europeu).
- O mais grave, o treinador, a 10 dias do Europeu, decide que a equipa nas jogadas ofensivas, deve procurar triangulações rápidas ao primeiro toque. Vi isso atrás do meio campo com o Pepe e o Meireles (passe perdeu-se) na frente com Meireles e Moutinho (passes perderam-se) com o Veloso e Moutinho/Meireles (não concretizam o último passe) e inúmeras vezes perto da área, sem nunca ter resultado. O treinador não pode mudar o modelo de jogo quando tem vinte dias para trabalhar. Não dá. Pode inventar na táctica, pode inventar nas bolas paradas, mas não pode mexer no modelo de jogo. É impossível pôr uma equipa a jogar ao primeiro toque em velocidade em dois jogos. Especialmente quando o pivot de ataque não consegue receber/passar uma bola.
A solução possível para mim. Abdicar à partida de laterais que defendam no ar implica juntar um jogador relevante nas bola aéreas, que não joga na defesa, à recuperação das bolas altas. Logo o Pepe na selecção é trinco. Salta o Veloso entra o Ricardo Costa para central com o Bruno Alves. O Meireles e o Moutinho passam a ter a liberdade de subir um no apoio ao portador e outro a romper pelo meio.
Sai o Almeida e entra o Quaresma com o CRonaldo ao meio. Quaresma e Nani têm de: Com a bola em progressão no seu flanco, abrir na linha ou cortar para o meio se o lateral passar com ela. Com a bola no flanco contrário entrar em diagonal. Em progressão com a bola procurar preferencialmente a diagonal para combinação 1-2 e remate, ou remate rápido de longe.
Defensivamente esta é a solução que me parece mais adequada dado que os laterais não importam no jogo aéreo. Ofensivamente parece-me óbvio que temos de jogar com os melhores e o Almeida não é um deles.

domingo, 13 de maio de 2012

É nojento

Isto é nojento. A mama, um nome muito melhor que seio, tal como "cona" é muito mais bonito que "vagina" e, às tantas, etimologicamente mais correcto (digo eu que não sei nada de palavras, mas li em qualquer lado, às tantas num livro qualquer, que "cunnus(?)" era latim para "vulva"), não é para os garotos que já têm idade para ir aos recados andarem a chuchar. A mama sozinha, ou aos pares, é passível de possuir a quintessência da beleza. Toda a mama (não todas as mamas mas todas as partes da mama consideradas no seu conjunto) é pejada de alegria, de descoberta, de entusiasmo. Tudo o que é dito é relativo apenas à mama, não a mama considerada no contexto sexual, mas apenas enquanto representação da mais perfeita estética, enquanto a fascinante forma e obra de arte natural que pode ser. Mesmo que socialmente o que está no link não seja considerado o acto abjecto que é na realidade, tem de ser considerado crime contra as pessoas. Contra a comunidade em geral, considerando que podia estar a ter um dia perfeitamente normal e ver aquilo, é assim que sucedem as imolações, e contra a comunidade em geral que pode vir a ter contacto com, agora sim, os eventuais seios, o que não sendo necessariamente mau também não quer dizer que seja bom, quando podia ter tido acesso a mamas. Toda a gente perde. Perde a pessoa, perde o mamão (que vai ser daqueles que aperta e morde e basicamente não consegue dar o devido valor à mama porque o que vê é um odre), perde a comunidade (em mais do que um sentido) e, acima de tudo, perdem as mamas. E perguntam-me, "ah, como é que sabias que havia lá mamas se não houvesse puto ou se o puto tivesse mamado até ser normal mamar e não quando já vai à caça e bebe bagaço?", e eu respondo, calem-se estúpidos. A possibilidade da mama é tão importante como a existência da mama. e essa hipótese é destruída no cérebro assim que se sabe/vê o que está no link. E mesmo que se aceda aos seios e só posteriormente se descubra do boca de auréola, assassino de mamas, a aceitação, ou até alegria, é destruída pela dúvida do , como seriam antes?, quando eram mamas. Toda a gente perde e perde da pior maneira. Que é a estragar mamas.