quarta-feira, 27 de junho de 2012
Prorroga
Se for para fazer 2 fazê-las agora. Eles estão a apertar. Patrício a contar quando é preciso.
Fim dos 90'
O Pereira parece perto do segundo amarelo. Mantê-lo é perigoso. De resto o CRonaldo podia ter resolvido o jogo, não calhou. Agora é prolongamento. É ver quem a tem mais longa. A resistência.
Intervalou
Durante a primeira meia hora o jogo esteve dividido. Estamos, especialmente o Pepe com muita calma a perceber o espaço, a conseguir defender bem na entrada da área. A equipa está bem. A partir da meia hora mais ou menos a Espanha volta ao estilo de jogo costumeiro mas com a última linha mais avançada. Parece-me que o Bosque quis dar a referência ao meio. Depois ficou desconvencido. Reparem numa coisa. Nas jogadas 1-2 espanhola, o 1 raramente progride depois de passar. Para abrir outro espaço.
O CRonaldo está a jogar pouco, por estar muito marcado e a levar pau. O Nani está a jogar à bola contra o futebol dos outros. A equipa controlou-se bem durante todo o jogo, sem perder noção do espaço de recuperação. Lembro-me de 4 situações de progressão controlada de bola espanhola. De resto o espaço foi bem coberto. Com o estilo de jogo português: contra ataques rápidos e bolas altas, o Almeida vê as suas fragilidades ainda mais expostas.
Infelizmente tenho de falar do árbitro. É inacreditável o Arbeloa não ter pelo menos um amarelo. O lance do Nani (o da lei da vantagem, 28m mais ou menos) é roubo puro e determinado.
O CRonaldo está a jogar pouco, por estar muito marcado e a levar pau. O Nani está a jogar à bola contra o futebol dos outros. A equipa controlou-se bem durante todo o jogo, sem perder noção do espaço de recuperação. Lembro-me de 4 situações de progressão controlada de bola espanhola. De resto o espaço foi bem coberto. Com o estilo de jogo português: contra ataques rápidos e bolas altas, o Almeida vê as suas fragilidades ainda mais expostas.
Infelizmente tenho de falar do árbitro. É inacreditável o Arbeloa não ter pelo menos um amarelo. O lance do Nani (o da lei da vantagem, 28m mais ou menos) é roubo puro e determinado.
Já ninguém suporta o caca caca
5 faltas do arbeloa aos 20. Jogo equilibrado. O Negredo está a ponta de lança, a procurar espaços entre laterais e central. Onde costuma haver só espaço para entradas, hoje há um jogador que não é o Torres. Só cruzamentos ao segundo poste. Menos o do Pereira para o CRonaldo. Pressão alta boa mas inconsequente, sem conclusão.
Metem um bola longa para o Negredo e quase dá golo do Iniesta. Anda CRonaldo. Este Turco passou-se da cabeça. Isto é roubar, sem mais. Estava tudo a jogar aos 28, o Nani partiu tudo. Ele apitou mas só depois do Nani sair, não quando parou, mas depois da eventual falta. Se o Pereira acerta no último terço é um perigo.O Nani está a jogar à bola. É bem.
Metem um bola longa para o Negredo e quase dá golo do Iniesta. Anda CRonaldo. Este Turco passou-se da cabeça. Isto é roubar, sem mais. Estava tudo a jogar aos 28, o Nani partiu tudo. Ele apitou mas só depois do Nani sair, não quando parou, mas depois da eventual falta. Se o Pereira acerta no último terço é um perigo.O Nani está a jogar à bola. É bem.
Arbeloa 3 faltas 3
E um fora marcado à revelia. E o amarelo? Falta para o Ronaldo. Até aqui:
5 minutos- comentadores metem nojo. ganhar um canto. estamos bem. Pepe bem. Esquerda Negredo, direita alba-iniesta.
8:40 - Alba iniesta silva merda.
A ideia do passe longo para passar zona de construção em teoria é boa. Porque distrai e, de repente, progressão com bola e passes rasteiros rápidos A ver se funciona. Boa pressão à frente.
5 minutos- comentadores metem nojo. ganhar um canto. estamos bem. Pepe bem. Esquerda Negredo, direita alba-iniesta.
8:40 - Alba iniesta silva merda.
A ideia do passe longo para passar zona de construção em teoria é boa. Porque distrai e, de repente, progressão com bola e passes rasteiros rápidos A ver se funciona. Boa pressão à frente.
Negredo a titular
Continuo a apostar que vai "varrer" a área ao contrário, e não ficar ao meio. Posso perder.
Alicante e seus torrões
O Casillas é o melhor jogador da Espanha. O Messi não é espanhol.
A Espanha não tem propriamente uma táctica, e a ter é demasiado esquisita para descrever. É estilo 4-1-2-4. A cena é esta. Eles não têm uma referência atacante. Mesmo que jogue o Torres continuam sem ter porque a referência espanhola é sempre a relação bola/espaço. E vamos ser claros, é preciso jogar muito para que resulte, mas em resultando é diabólico para o adversário. Tendo como ponto assente a certeza e a velocidade do passe, quer curto quer longo, sobram jogadores fortes na aceleração e na técnica, com permanentes movimentações no espaço enquanto a bola é trocada mais atrás de um lado para o outro. A referência não é uma posição ou um jogador, é o espaço onde vai aparecer o jogador - diagonais das alas, entradas pelo meio entre defesas (lateral centra/central trinco)-.
A confusão observada nas defesas que enfrentam a Espanha deriva desses factores: Falta de um ponta de lança que sirva de referência no posicionamento defensivo, e os (potenciais) passes a rasgar, às vezes rasgam em 3 metros e chega. A opção seguinte seria tentar comer o portador. A questão é que a Espanha não tem um portador de bola. Do meio campo para a frente leva a bola quem a tiver. E por norma não a tem muito tempo porque a ideia é a bola estar sempre a rodar de flanco para flanco, passando por vários jogadores, à procura de criar o tal espaço de ruptura. E depois há as trocas posicionais. A partir do meio campo, e à excepção do Busquets e do Xavi, todos trocam de posição. É o Alonso a aparecer liberto para cabecear ao segundo poste, é o Iniesta de fora para dentro com o Fabregas e o Silva a ir para o espaço na linha para vir para o bico da área. É muita coisa a acontecer ao mesmo tempo, numa selecção que ganhou tudo e tem a estrutura mais que feita. Em suma, não como a Alemanha, mas com resultados semelhantes - em Espanha, apesar das academias da Federação, são os clubes que apostam mais na formação, com forte incentivo federativo, na Alemanha é a Federação que há nos últimos 15 anos criou dezenas de academias, com os resultados conhecidos - A Espanha conseguiu criar uma base consolidada e um estilo de jogo próprio (Barcelona ajuda como Bayern também ajuda) que tem resultados. E depois?
A questão é a de sempre. O meio campo, ganhar a bola e o que fazer com ela. Os laterais espanhóis, especialmente o Alba, sobem que é uma coisa estúpida. Primeiro passo, não deixar o Pereira encostar muito aos centrais nem recuar muito na marcação à zona. Depois, os centrais têm de jogar aos "saltinhos". Não convém assentar os pés no chão que demora mais tempo a reagir. O Coentrão tem de subir com bola. Ponto final. Primeiro porque tem sido isso a permitir bastas vezes que a equipa respire e que suba, às vezes cria perigo e tudo. Depois porque o Arbeloa vai jogar a defesa direito, não há cá lateral para ninguém.
Agora os três do meio campo. É difícil dizer quem cubram os espaços. Vai haver sempre criação de espaços. Não sendo pelo espaço há de ser pelo jogador ou pela bola. Pelo jogador é complicado, porque eles trocam muito. Pela bola é andarmos sempre a correr à doida. Portanto vamos fazer aquilo que fazemos melhor. Deixar o Nani fazer a linha, Meireles a cobrir espaço Alonso Xavi Silva (só o espaço, para se mexer com a bola, não estou a dizer para o Meireles marcar 3 jogadores), com o Veloso e o Moutinho a cobrirem tanto quanto puderem a zona central. A tentar impedir progressão, com ou sem bola, controlada. Passes a rasgar só os defesas podem safar. Com a bola recuperada fazer o de sempre, passar ao jogador na frente com mais espaço, não podendo progredir para combinar ou abri para a ala. É uma meia final. Portanto é possível que aos 10 minutos de jogo já nada disto se aplique. Vai Almeida.
A Espanha não tem propriamente uma táctica, e a ter é demasiado esquisita para descrever. É estilo 4-1-2-4. A cena é esta. Eles não têm uma referência atacante. Mesmo que jogue o Torres continuam sem ter porque a referência espanhola é sempre a relação bola/espaço. E vamos ser claros, é preciso jogar muito para que resulte, mas em resultando é diabólico para o adversário. Tendo como ponto assente a certeza e a velocidade do passe, quer curto quer longo, sobram jogadores fortes na aceleração e na técnica, com permanentes movimentações no espaço enquanto a bola é trocada mais atrás de um lado para o outro. A referência não é uma posição ou um jogador, é o espaço onde vai aparecer o jogador - diagonais das alas, entradas pelo meio entre defesas (lateral centra/central trinco)-.
A confusão observada nas defesas que enfrentam a Espanha deriva desses factores: Falta de um ponta de lança que sirva de referência no posicionamento defensivo, e os (potenciais) passes a rasgar, às vezes rasgam em 3 metros e chega. A opção seguinte seria tentar comer o portador. A questão é que a Espanha não tem um portador de bola. Do meio campo para a frente leva a bola quem a tiver. E por norma não a tem muito tempo porque a ideia é a bola estar sempre a rodar de flanco para flanco, passando por vários jogadores, à procura de criar o tal espaço de ruptura. E depois há as trocas posicionais. A partir do meio campo, e à excepção do Busquets e do Xavi, todos trocam de posição. É o Alonso a aparecer liberto para cabecear ao segundo poste, é o Iniesta de fora para dentro com o Fabregas e o Silva a ir para o espaço na linha para vir para o bico da área. É muita coisa a acontecer ao mesmo tempo, numa selecção que ganhou tudo e tem a estrutura mais que feita. Em suma, não como a Alemanha, mas com resultados semelhantes - em Espanha, apesar das academias da Federação, são os clubes que apostam mais na formação, com forte incentivo federativo, na Alemanha é a Federação que há nos últimos 15 anos criou dezenas de academias, com os resultados conhecidos - A Espanha conseguiu criar uma base consolidada e um estilo de jogo próprio (Barcelona ajuda como Bayern também ajuda) que tem resultados. E depois?
A questão é a de sempre. O meio campo, ganhar a bola e o que fazer com ela. Os laterais espanhóis, especialmente o Alba, sobem que é uma coisa estúpida. Primeiro passo, não deixar o Pereira encostar muito aos centrais nem recuar muito na marcação à zona. Depois, os centrais têm de jogar aos "saltinhos". Não convém assentar os pés no chão que demora mais tempo a reagir. O Coentrão tem de subir com bola. Ponto final. Primeiro porque tem sido isso a permitir bastas vezes que a equipa respire e que suba, às vezes cria perigo e tudo. Depois porque o Arbeloa vai jogar a defesa direito, não há cá lateral para ninguém.
Agora os três do meio campo. É difícil dizer quem cubram os espaços. Vai haver sempre criação de espaços. Não sendo pelo espaço há de ser pelo jogador ou pela bola. Pelo jogador é complicado, porque eles trocam muito. Pela bola é andarmos sempre a correr à doida. Portanto vamos fazer aquilo que fazemos melhor. Deixar o Nani fazer a linha, Meireles a cobrir espaço Alonso Xavi Silva (só o espaço, para se mexer com a bola, não estou a dizer para o Meireles marcar 3 jogadores), com o Veloso e o Moutinho a cobrirem tanto quanto puderem a zona central. A tentar impedir progressão, com ou sem bola, controlada. Passes a rasgar só os defesas podem safar. Com a bola recuperada fazer o de sempre, passar ao jogador na frente com mais espaço, não podendo progredir para combinar ou abri para a ala. É uma meia final. Portanto é possível que aos 10 minutos de jogo já nada disto se aplique. Vai Almeida.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
O Almeida
Nada de pessoal me move contra o Hugo Almeida. tal como nada de pessoal me moveu contra Queirós, ou contra o César Peixoto, entre outros vários. Não é como com o Scolari, que é uma coisa pessoal.
O que é o Hugo Almeida? O Hugo Almeida é um ponta de lança alto e possante, com um raio de passada/remate aí de 3 ou 4 metros, com um remate de pé esquerdo muito forte e com pouca velocidade de ponta. Não se posiciona bem para rematar, tem grandes dificuldades em passar a bola de primeira, tem dificuldades na recepção em progressão e pressionado, e, curiosamente, não é grande coisa a jogar de cabeça. Não cabeceia com muita direcção, e salta mal, não é pouco, é descoordenado em relação à bola. Não é que seja mau jogador, não é é aquilo que podia ser. Tudo isto é pouco importante se jogamos com 2 avançados. Aí o Almeida já anda a cansar corpos aos centrais e à procura de bolas perdidas, enquanto o outro joga. Só com um é muito complicado, e, para provar que não é má vontade minha, justifico o que escrevi agora, e o já escrito antes sobre o tema, usando apenas apontamentos do jogo de ontem.
O Almeida entrou aos 40m. A primeira parte estava esquisita e pouco havia a fazer. Ainda assim, aos 44/45m conseguiu estar durante uns 10 segundos a pedir a bola, enquanto o mundo via que ele estava fora de jogo. Na sequência da mesma jogada, sem o Almeida estar a chatear defesas nem em jogo, o CRonaldo inventa o remate (passe de Meireles) que vai ao poste. CRonaldo mete mãos à cabeça, vê que a bola não está perdida e tenta ganhar posição para cabecear. Durante todo este tempo o Almeida esteve fora de jogo e/ou marcado por defesas. Mas sempre a pedir a bola.
Na segunda parte, logo no início (tenho aqui - 46m), desmarcado ao primeiro poste "cabeceia com o ombro" uma bola que vem da esquerda (Meireles). O ombreamento foi por cima. (apontamento - Abdicámos de Ponta de Lança para jogar o Almeida). Aos 58m o Almeida, em fora de jogo claríssimo, mete a bola na baliza impedindo que CRonaldo, em jogo e pronto a rematar, chegasse à bola. Um central checo não faria melhor do que fez o Almeida aos 64m. Com espaço para cabecear, mete a bola para canto. Não, para pontapé de baliza. Continuo a ver um central. Pouco depois disto o Almeida, de costas para a baliza e de primeira, consegue devolver uma bola. Na jogada do golo, e este exemplo é maravilhoso, o Almeida não chega à bola, felizmente, e o CRonaldo marca. Sabem porque é que o Almeida não chegou à bola? Porque estava em jogo. E o pior de tudo. Naquele último livre que deu canto dos checos, que até o Cech subiu, o Almeida ficou no meio campo. Desceu o CRonaldo, mas o Almeida ficou a cagar no meio campo. Um dos jogadores mais altos, que andou a fazer de central checo, não recua aos 93 minutos para defender uma bola parada. Epá, o Cech passou por ele a correr e ele ficou parado no meio campo.
O que é o Hugo Almeida? O Hugo Almeida é um ponta de lança alto e possante, com um raio de passada/remate aí de 3 ou 4 metros, com um remate de pé esquerdo muito forte e com pouca velocidade de ponta. Não se posiciona bem para rematar, tem grandes dificuldades em passar a bola de primeira, tem dificuldades na recepção em progressão e pressionado, e, curiosamente, não é grande coisa a jogar de cabeça. Não cabeceia com muita direcção, e salta mal, não é pouco, é descoordenado em relação à bola. Não é que seja mau jogador, não é é aquilo que podia ser. Tudo isto é pouco importante se jogamos com 2 avançados. Aí o Almeida já anda a cansar corpos aos centrais e à procura de bolas perdidas, enquanto o outro joga. Só com um é muito complicado, e, para provar que não é má vontade minha, justifico o que escrevi agora, e o já escrito antes sobre o tema, usando apenas apontamentos do jogo de ontem.
O Almeida entrou aos 40m. A primeira parte estava esquisita e pouco havia a fazer. Ainda assim, aos 44/45m conseguiu estar durante uns 10 segundos a pedir a bola, enquanto o mundo via que ele estava fora de jogo. Na sequência da mesma jogada, sem o Almeida estar a chatear defesas nem em jogo, o CRonaldo inventa o remate (passe de Meireles) que vai ao poste. CRonaldo mete mãos à cabeça, vê que a bola não está perdida e tenta ganhar posição para cabecear. Durante todo este tempo o Almeida esteve fora de jogo e/ou marcado por defesas. Mas sempre a pedir a bola.
Na segunda parte, logo no início (tenho aqui - 46m), desmarcado ao primeiro poste "cabeceia com o ombro" uma bola que vem da esquerda (Meireles). O ombreamento foi por cima. (apontamento - Abdicámos de Ponta de Lança para jogar o Almeida). Aos 58m o Almeida, em fora de jogo claríssimo, mete a bola na baliza impedindo que CRonaldo, em jogo e pronto a rematar, chegasse à bola. Um central checo não faria melhor do que fez o Almeida aos 64m. Com espaço para cabecear, mete a bola para canto. Não, para pontapé de baliza. Continuo a ver um central. Pouco depois disto o Almeida, de costas para a baliza e de primeira, consegue devolver uma bola. Na jogada do golo, e este exemplo é maravilhoso, o Almeida não chega à bola, felizmente, e o CRonaldo marca. Sabem porque é que o Almeida não chegou à bola? Porque estava em jogo. E o pior de tudo. Naquele último livre que deu canto dos checos, que até o Cech subiu, o Almeida ficou no meio campo. Desceu o CRonaldo, mas o Almeida ficou a cagar no meio campo. Um dos jogadores mais altos, que andou a fazer de central checo, não recua aos 93 minutos para defender uma bola parada. Epá, o Cech passou por ele a correr e ele ficou parado no meio campo.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Meias da Copa
Desta vez, bloco de apontamentos:
primeiros 5 minutos - 6 passes longos falhados em 6 tentativas.
6 minutos - Canto para Portugal, primeiro passe longo concluído.
10m - Porrada com Nani. Troca de Alas?
12m- Pressão alta ganha 2 cantos seguidos. Os 3 da frente + Moutinho
14m - Desconcentração defensiva cria perigo.
Árbitro inglês apita à J. Pratas. Nani não faz falta para amarelo, CRonaldo não faz falta. Amarelo bem dado a Veloso. (Posta aos 15m mais ou menos) Epá vou parar com apontamentos aqui são demasiados para transcrever.
Até aqui o jogo foi esquisito. Os Checos conseguiram dominar o meio campo e aparecer em velocidade e superioridade. Raramente concluíram jogadas ou remataram com perigo. Só aos 27m fizeram um cruzamento rasteiro perigos que o Pepe safou. O jogo nunca partiu e falhámos muito na construção, especialmente porque os 3 do meio não se conseguiam "encaixar" nos médios defensivos checos.
A partir dos 20 minutos equilibrámos e o CRonaldo começou a aparecer. E a posta do intervalo é o que tenho a dizer. Quero só destacar a bicicleta do CRonaldo (única opção), o remate ao poste e a "agressão ao Nani, que não deu amarelo. Quanto à lesão do Postiga tenho um espacinho especial no fim da posta para o Almeida.
Na segunda parte entrámos para ganhar. O Meireles foi jogar declaradamente a interior esquerdo e o Jiraseck deixou de chatear. O Coentrão comeu metros com bola e fez o + 1 na ala para depois entrar na área ou cruzar. Os centrais fizeram o costume, o Patrício via o jogo, e o Pereira apoiou sempre a linha. O Moutinho e o Veloso dividiram a recuperação deixando, na construção, o Veloso no passe e o Moutinho na progressão. O Cronaldo começa a fazer diagonais, a rematar de todo o lado, a trocar de ala só para chatear, a recuar para construir, e a evitar perder a bola. O Nani fazia a linha sem bola, com bola procurava combinações, um para um, segurar a bola para inventar, e cruzamentos tensos. E foi isso. Dominámos o jogo em todo o campo e, à excepção de um cruzamento aos 59, jogada pelo lado esquerdo do ataque checo (canto do cisne para a República Checa), em que o Pereira (2x) e o Moutinho são papados, os Checos tinham medo de atacar. Podíamos ter marcado mais e mais cedo, mas desta vez a sorte não contou tanto quanto como contra a Dinamarca. O Moutinho rompe em progressão com bola, combina, e cruza tenso da direita para o segundo poste. Muito bem. Quanto ao treinador, eu gostava de ter visto mexidas mais cedo. Mas às tantas o Paulo Bento pensou, e secalhar bem, que mexer naquela altura estragava. Porque dominámos a segunda parte e a equipa não desequilibrou na transição defensiva mesmo quando o jogo, mas não a equipa, partiu aí aos 60m.
Portantos, prontos e consequentementes, dominámos e merecemos ganhar. A segunda parte é de equipa, mais o CRonaldo, e o CRonaldo é o CRonaldo.
R. Patrício - Sem trabalho. Alguma dificuldade com o pé direito. A culpa é dos colegas que sabem que o homem é canhoto.
J. Pereira - Tirando o já referido lance aos 59, esteve bem. Subiu a apoiar e cobriu bem a linha. Devia ter tentado o golo olímpico, não percebo porque não o fez.
Pepe - O do costume, com pouco trabalho. Em sendo preciso esteve lá.
B. Alves - Na linha do Pepe.
F. Coentrão - Primeiros 15m demonstrou algumas dificuldades, a partir daí cobriu sempre bem a linha e subiu muito e bem.
Veloso - Perdido com a equipa nos primeiros 20m. Depois engatou entre as linhas do meio campo checo e manteve sempre o equilíbrio da equipa no meio.
Meireles - Curiosamente muito melhor na esquerda, e a meio da segunda parte vem para o meio com o Jiraseck, do qe a 8 na primeira parte, mas de novo, a equipa estava perdida.
Moutinho - O melhor Moutinho que vi neste Europeu. Bem no jogo todo, a atacar e a defender. Cruzamento para o golo e dezenas de progressões com boal, diagonais e combinações. Muito bem.
Nani - Na primeira parte andou em discussões e assim. Na segunda parte foi o Nani do Europeu. Linha toda dele, cruzamentos, combinações, remates e fintas.
CRonaldo - Melhor em campo. Grande jogo, na primeira parte foi ele o ataque e resolveu.
Postiga - Só lá andou 35 minutos ou assim, queando o ataque era o CRonaldo. Esteve bem quando se fez pressão alta.
Custódio - Segurou meio campo e subiu na direita.
Rolando - Andou lá a defender.
Falo amanhã do Almeida quando tiver tempo.
primeiros 5 minutos - 6 passes longos falhados em 6 tentativas.
6 minutos - Canto para Portugal, primeiro passe longo concluído.
10m - Porrada com Nani. Troca de Alas?
12m- Pressão alta ganha 2 cantos seguidos. Os 3 da frente + Moutinho
14m - Desconcentração defensiva cria perigo.
Árbitro inglês apita à J. Pratas. Nani não faz falta para amarelo, CRonaldo não faz falta. Amarelo bem dado a Veloso. (Posta aos 15m mais ou menos) Epá vou parar com apontamentos aqui são demasiados para transcrever.
Até aqui o jogo foi esquisito. Os Checos conseguiram dominar o meio campo e aparecer em velocidade e superioridade. Raramente concluíram jogadas ou remataram com perigo. Só aos 27m fizeram um cruzamento rasteiro perigos que o Pepe safou. O jogo nunca partiu e falhámos muito na construção, especialmente porque os 3 do meio não se conseguiam "encaixar" nos médios defensivos checos.
A partir dos 20 minutos equilibrámos e o CRonaldo começou a aparecer. E a posta do intervalo é o que tenho a dizer. Quero só destacar a bicicleta do CRonaldo (única opção), o remate ao poste e a "agressão ao Nani, que não deu amarelo. Quanto à lesão do Postiga tenho um espacinho especial no fim da posta para o Almeida.
Na segunda parte entrámos para ganhar. O Meireles foi jogar declaradamente a interior esquerdo e o Jiraseck deixou de chatear. O Coentrão comeu metros com bola e fez o + 1 na ala para depois entrar na área ou cruzar. Os centrais fizeram o costume, o Patrício via o jogo, e o Pereira apoiou sempre a linha. O Moutinho e o Veloso dividiram a recuperação deixando, na construção, o Veloso no passe e o Moutinho na progressão. O Cronaldo começa a fazer diagonais, a rematar de todo o lado, a trocar de ala só para chatear, a recuar para construir, e a evitar perder a bola. O Nani fazia a linha sem bola, com bola procurava combinações, um para um, segurar a bola para inventar, e cruzamentos tensos. E foi isso. Dominámos o jogo em todo o campo e, à excepção de um cruzamento aos 59, jogada pelo lado esquerdo do ataque checo (canto do cisne para a República Checa), em que o Pereira (2x) e o Moutinho são papados, os Checos tinham medo de atacar. Podíamos ter marcado mais e mais cedo, mas desta vez a sorte não contou tanto quanto como contra a Dinamarca. O Moutinho rompe em progressão com bola, combina, e cruza tenso da direita para o segundo poste. Muito bem. Quanto ao treinador, eu gostava de ter visto mexidas mais cedo. Mas às tantas o Paulo Bento pensou, e secalhar bem, que mexer naquela altura estragava. Porque dominámos a segunda parte e a equipa não desequilibrou na transição defensiva mesmo quando o jogo, mas não a equipa, partiu aí aos 60m.
Portantos, prontos e consequentementes, dominámos e merecemos ganhar. A segunda parte é de equipa, mais o CRonaldo, e o CRonaldo é o CRonaldo.
R. Patrício - Sem trabalho. Alguma dificuldade com o pé direito. A culpa é dos colegas que sabem que o homem é canhoto.
J. Pereira - Tirando o já referido lance aos 59, esteve bem. Subiu a apoiar e cobriu bem a linha. Devia ter tentado o golo olímpico, não percebo porque não o fez.
Pepe - O do costume, com pouco trabalho. Em sendo preciso esteve lá.
B. Alves - Na linha do Pepe.
F. Coentrão - Primeiros 15m demonstrou algumas dificuldades, a partir daí cobriu sempre bem a linha e subiu muito e bem.
Veloso - Perdido com a equipa nos primeiros 20m. Depois engatou entre as linhas do meio campo checo e manteve sempre o equilíbrio da equipa no meio.
Meireles - Curiosamente muito melhor na esquerda, e a meio da segunda parte vem para o meio com o Jiraseck, do qe a 8 na primeira parte, mas de novo, a equipa estava perdida.
Moutinho - O melhor Moutinho que vi neste Europeu. Bem no jogo todo, a atacar e a defender. Cruzamento para o golo e dezenas de progressões com boal, diagonais e combinações. Muito bem.
Nani - Na primeira parte andou em discussões e assim. Na segunda parte foi o Nani do Europeu. Linha toda dele, cruzamentos, combinações, remates e fintas.
CRonaldo - Melhor em campo. Grande jogo, na primeira parte foi ele o ataque e resolveu.
Postiga - Só lá andou 35 minutos ou assim, queando o ataque era o CRonaldo. Esteve bem quando se fez pressão alta.
Custódio - Segurou meio campo e subiu na direita.
Rolando - Andou lá a defender.
Falo amanhã do Almeida quando tiver tempo.
ARRAFODA-SE
CRonaldo. É injusto. Eles jogam com 12, aquele central deles, o Almeida, entrou bem no jogo.
Paulo Bento
Está à espera que o jogo influencie uma substituição, quando devia ser o contrário a acontecer. Guardarei para o fim o resto.
Isto não está a correr bem
e podia estar pior. Várias coisas. Tenho um apontamento a dizer: "Nani está bêbado". O jogo está durinho.
O problema é todo no meio campo. Os Checos jogam como esperado Nós temos o meio campo ao contrário e não conseguimos progredir. Quando eles aparecem em velocidade treme tudo. O Almeida tem o descaramento de pedir a bola em fora de jogo e de reclamar com o Ronaldo por não lhe passar a bola no remate ao poste. Precisamos que alguém assente no meio campo sem subir, a garantir +1 nas transições defensivas. Eles defendem com 2 ou 3 para o CRonaldo e o Nani, e sempre em "cortina" na ala. Passe para trás, remate de fora ou passe para a área. Não tenho tempo para mais. Estive a fazer agora o jantar. Vou comer.
O problema é todo no meio campo. Os Checos jogam como esperado Nós temos o meio campo ao contrário e não conseguimos progredir. Quando eles aparecem em velocidade treme tudo. O Almeida tem o descaramento de pedir a bola em fora de jogo e de reclamar com o Ronaldo por não lhe passar a bola no remate ao poste. Precisamos que alguém assente no meio campo sem subir, a garantir +1 nas transições defensivas. Eles defendem com 2 ou 3 para o CRonaldo e o Nani, e sempre em "cortina" na ala. Passe para trás, remate de fora ou passe para a área. Não tenho tempo para mais. Estive a fazer agora o jantar. Vou comer.
15m
1 passe longo em 9 tentativas. 6 nos primeiros 5 minutos. Meio campo ao contrário do que foi com a Holanda. Veloso sem espaço para ver zona de passe. Boa pressão alta dos 3 da frente mais o Moutinho dos 11m aos 14m. A partir dai as mudanças de velocidade dos checos na frente está a dominar o jogo e a criar oportunidades. O Meireles não pode estar a fazer jogo e a defender ao mesmo tempo. Agora só ao intervalo.
Até agora
Tenho evitado falar dos jogos após terem acontecido, pelo menos na parte relativa ao treinador. É fácil ser o Captain Hindsight. Por isso tenho-o feito durante os jogos. Em tempo útil digo o que me parece. Segue breve resumo do que foi Portugal até agora.
O que tivemos foi uma equipa mais ou menos em crescendo. Contra a Alemanha, independentemente das oportunidades só assumimos a posse e o jogo quando nos deixaram. Não merecíamos ganhar.
Contra a Dinamarca a equipa andou aos repelões e, podendo, não matou o jogo. Há culpas individuais e do treinador por não ter tomado medidas atempadas.
Contra a Holanda os primeiros 12 minutos foram deles. Depois, e parece-me que por ordem do treinador, passámos a ocupar bem os espaços na transição defensiva, e equilibrámos ao meio com a solução D'Agostino da Udinese, com o Veloso a ocupar o espaço do portador adversário e a levar o jogo para a frente. A defesa já era consistente, os nossos alas são muito fortes, faltava aquilo, o meio campo a conseguir ocupar toda a zona de transição. Assim o Veloso pode ser 6. Uma solução diferente da que eu originalmente preferi, mas, a bem de Paulo Bento diga-se que o Pepe tem sido fundamental a defender e a "varer" a área, e, a manter-se o modelo da maior parte do jogo com a Holanda, o Veloso pode ter espaço para ser determinante no início da construção. Os jogadores: Está tudo dito nas postas dos jogos.
Contra a República Checa. Manter o que de bom se fez com a Holanda. A República Checa é uma equipa experiente, com muita ratice. Joga o Darida em vez do Rosicky. É uma equipa experiente que vai tentar fazer o 2-1 em cima do Nani e do CRonaldo, e os dois médios defensivos vão tentar comer toda a zona de construção portuguesa. Depois no ataque meter velocidade nas imediações da área com passes curtos na progressão. Como contrariar isto? Subidas rápidas com bola pelo meio, combinações a segurar a bola no meio campo, quando não der para subir, e esperar que o Meireles ou o Moutinho possam apoiar na ala para progredir na linha. Cá atrás fazer o que tem sido feito, na frente a história é sempre a mesma, diagonais com e sem bola e combinações com 2, 3 toques.
Se conseguirmos arranjar um bocadinho de espaço na nossa zona de construção podemos controlar e ganhar isto. Depois temos o CRonaldo.
O que tivemos foi uma equipa mais ou menos em crescendo. Contra a Alemanha, independentemente das oportunidades só assumimos a posse e o jogo quando nos deixaram. Não merecíamos ganhar.
Contra a Dinamarca a equipa andou aos repelões e, podendo, não matou o jogo. Há culpas individuais e do treinador por não ter tomado medidas atempadas.
Contra a Holanda os primeiros 12 minutos foram deles. Depois, e parece-me que por ordem do treinador, passámos a ocupar bem os espaços na transição defensiva, e equilibrámos ao meio com a solução D'Agostino da Udinese, com o Veloso a ocupar o espaço do portador adversário e a levar o jogo para a frente. A defesa já era consistente, os nossos alas são muito fortes, faltava aquilo, o meio campo a conseguir ocupar toda a zona de transição. Assim o Veloso pode ser 6. Uma solução diferente da que eu originalmente preferi, mas, a bem de Paulo Bento diga-se que o Pepe tem sido fundamental a defender e a "varer" a área, e, a manter-se o modelo da maior parte do jogo com a Holanda, o Veloso pode ter espaço para ser determinante no início da construção. Os jogadores: Está tudo dito nas postas dos jogos.
Contra a República Checa. Manter o que de bom se fez com a Holanda. A República Checa é uma equipa experiente, com muita ratice. Joga o Darida em vez do Rosicky. É uma equipa experiente que vai tentar fazer o 2-1 em cima do Nani e do CRonaldo, e os dois médios defensivos vão tentar comer toda a zona de construção portuguesa. Depois no ataque meter velocidade nas imediações da área com passes curtos na progressão. Como contrariar isto? Subidas rápidas com bola pelo meio, combinações a segurar a bola no meio campo, quando não der para subir, e esperar que o Meireles ou o Moutinho possam apoiar na ala para progredir na linha. Cá atrás fazer o que tem sido feito, na frente a história é sempre a mesma, diagonais com e sem bola e combinações com 2, 3 toques.
Se conseguirmos arranjar um bocadinho de espaço na nossa zona de construção podemos controlar e ganhar isto. Depois temos o CRonaldo.
domingo, 17 de junho de 2012
Ganhemos
Logo se fala disto mais a sério, mas foram bons 65/70 minutos. Gostei de ver a equipa depois das alterações no meio campo.
Sai Meireles entra Custódio
Dois trincos ou Custódio + 2. Falhámos. O Nani. Grande transição. Moutinho Ronaldo, falhanço. Foda-se.
Parece que vem aí o Oliveira
Hasta Postiga. Há espaço para jogar na frente e bolas a recuperar. Coisas que o Oliveira gosta de fazer.
Filmaram o Almeida no banco a esfregar os olhos com a expressão: "Da-se, nunca mais jogo".
Filmaram o Almeida no banco a esfregar os olhos com a expressão: "Da-se, nunca mais jogo".
Postiga
Está alheado do jogo. A equipa parece ter-se esquecido que tem de ganhar. O Pereira tem de ter cuidado, está aqui está com amarelo. Estamos mal nas bolas paradas defensivas, é preciso melhorar. Muitas bolas ao segundo poste. O árbitro poupou vermelho ao Willens quando ceifou o Moutinho.
Intervalo
Começámos mal, mas depois de sofrermos o golo melhorámos. Mas de qualquer maneira deixámos o jogo partir e corremos muitos riscos. Até que, parece-me com o dedo do treinador (pelo menos é o que espero), a compensação no meio fez-se ao contrário. E a partir dos 25m, mais ou menos, conseguiu criar oportunidades a
sério, e continuámos a criar quase até ao fim da primeira parte. O CRonaldo agora, conforme, não onde está a bola, onde estão os adversários vem para o meio ou cai na esquerda. O Meireles agora é interior esquerdo. Dificuldades na progressão pela linha mas bem na recuperação, o que permite ao CRonaldo defender menos para descansar das sucessivas diagonais e piscinas. O Moutinho pega no jogo, e mais importante, o Veloso em vez de andar a cair nas alas (estão lá o Meireles e o Nani no apoio) fica no meio a subir com bola após as recuperações, e a segurá-la até a equipa subir. Ganha bolas no espaço nos 30 metros à volta do meio campo. O Postiga anda a acompanhar a equipa, é até surgir oportunidade.
Agora o B. Alves já meteu uns bons 3 passes de 40 ou 50 metros, e falhou um passe lateral praí a 20. Tem estado bem, ele e o Pepe. O Coentrão foi subindo com a equipa, e a equipa com ele, o Pereira tem estado muito bem, até nas faltas. O Nani joga a todo o comprimento da linha lateral, e sempre bem. O CRonaldo quer ser o melhor. Tem de largar mais a bola. Muito cuidado na segunda parte. Quando demos a bola à Holanda sofremos. Eles tentam atacar muito e com muitos. Portanto, antes de mais, tentar sermos nós a condicioná-los, em vez de entrarmos a reagir ao jogo deles. Easier said than done.
Agora o B. Alves já meteu uns bons 3 passes de 40 ou 50 metros, e falhou um passe lateral praí a 20. Tem estado bem, ele e o Pepe. O Coentrão foi subindo com a equipa, e a equipa com ele, o Pereira tem estado muito bem, até nas faltas. O Nani joga a todo o comprimento da linha lateral, e sempre bem. O CRonaldo quer ser o melhor. Tem de largar mais a bola. Muito cuidado na segunda parte. Quando demos a bola à Holanda sofremos. Eles tentam atacar muito e com muitos. Portanto, antes de mais, tentar sermos nós a condicioná-los, em vez de entrarmos a reagir ao jogo deles. Easier said than done.
E o Pereira a justificar elogios
Bom golo do CRonaldo, grande assistência. Olhem o que aconteceu quando o Veloso é o primeiro a subir na zona.
Estamos melhor
Vai Postiga. De qualquer modo todas as bolas da Holanda criam demasiado perigo para ser verdade. Chateia. Estamos a deixar o jogo partir. O Nani e o CRonaldo estão bem.
Tanto pediu para jogar
Que marcou aos 11 minutos. É um grande golo. Nada a fazer. Quer dizer, nada a fazer pelo Patrício, já que de resto metem nojo. O Coentrão ainda não se esqueceu do Robben em Munique, tem mais medo que vontade. O Nani vem para o meio tentar fechar. O Postiga que deixe os centrais e venha defender a 10. Nem falo do que o Veloso não está a fazer.
A Holanda
Reparem na progressão da velocidade de jogo à medida que se adiantam no campo. Não é marcar mais à frente, é cortar linhas mais à frente. Impedir o passe à saída do meio campo, ainda do lado holandês. O CRonaldo fica a ralhar com o árbitro enquanto o jogo decorre nas suas costas. O árbitro erra mas o jogo continua.
A Holanda mais logo
A Holanda joga igual desde 2010. O que é normal já que foram até ao finzinho. Neste Europeu perdeu os dois jogos. Contra a Dinamarca criou muitas oportunidades, mas mamou no contra ataque. Contra a Alemanha perdeu por um e podia ter perdido por mais. É um sistema parecido com o da Alemanha, mas com menos força. Um daqueles 4-2-3-1 que se transforma em 4-3-3 a atacar. Portanto, sendo a equipa de 2010 e a que já jogou 2 jogos neste Europeu há pouco a dizer quanto ao modelo de jogo e assim. Parece-me mais importante o facto de a Holanda estar num "limbo" psicológico e de espírito de grupo que pode ser mais perigoso que o resto. Dizem os jogadores e a imprensa que no balneário há o grupo dos que jogam, o grupo dos que entendem que devem jogar e o grupo dos que pensam: "foda-se, calem-se e joguem caralho". Ou seja, apesar de irmos jogar com a toda poderosa(?) Holanda só pode haver um plano de acção que não passa propriamente, como disse Paulo Bento, por controlar o jogo. Porque a Holanda controlou o jogo com a Dinamarca e perdeu e a Holanda tem Robben e Van Persie, entre outros, que em contra ataque resolvem. Este é daqueles em que não os podemos deixar acreditar. É um jogo da Taça entre um grande e o Arrentela, matar-lhes as esperanças ao princípio, sendo que as esperanças deles passam por nos ganhar por 4. Mais do que controlar é ir para cima deles. Como? Para mim, sem mexer no modelo de jogo, o que sabendo das preferências de Bento, é assim:
O Veloso vai jogar. Para ganharmos o meio campo precisamos essencialmente de não deixar o Sneidjer pensar, nem o Afellay subir com bola. Ora tendo o Veloso muitas dificuldades na cobertura eu sugiro a solução D'Agostino da Udinese e Fiorentina. Se temos um jogador forte no passe e relativamente criativo, cuja posição é a 6 temos de arranjar maneira de ele poder ter bola a iniciar o ataque. Sem mexer na táctica proponho que seja o Meireles a cair no Sneijder quando este progride com bola e o Moutinho a cobrir linha de passe e deixar o Veloso na zona. Na recuperação procurar o o médio com mais espaço, e, nas subidas para ataque continuado, deixar que seja o Veloso a levar a bola, com Moutinho no apoio ao meio. Cabe ao Meireles cobrir as costas. Ou seja, dois "8" a recuperar bolas e a garantir equilíbrio e um organizador de jogo a 6. Com isto quer-se evitar que Veloso tenha de fazer mais vezes aquilo que faz pior. Nas transições rápidas, algo para fazer repetidamente, passa a bola quem a tiver para quem tiver mais espaço na frente.
Quanto à defesa e ao ataque deixo tudo igual. CRonaldo e Nani são incontestáveis, o Postiga marcou 1 em 3 no último jogo, mais uma boa assistência. É injusto tirá-lo da equipa. Ou seja, a defesa a fazer o mesmo, especialmente o Pepe a "varrer" a entrada da área e o B. Alves a cobrir quem entra. Os laterais a subir à vez, sendo que não é um de cada vez, é, por norma, o Pereira cá atrás e o Coentrão a levar a bola. Na frente, digo o que digo sempre. Diagonais com e sem bola dos extremos, bolas rápidas na linha, progressão pelo meio só para combinações e remates de fora.
O Veloso vai jogar. Para ganharmos o meio campo precisamos essencialmente de não deixar o Sneidjer pensar, nem o Afellay subir com bola. Ora tendo o Veloso muitas dificuldades na cobertura eu sugiro a solução D'Agostino da Udinese e Fiorentina. Se temos um jogador forte no passe e relativamente criativo, cuja posição é a 6 temos de arranjar maneira de ele poder ter bola a iniciar o ataque. Sem mexer na táctica proponho que seja o Meireles a cair no Sneijder quando este progride com bola e o Moutinho a cobrir linha de passe e deixar o Veloso na zona. Na recuperação procurar o o médio com mais espaço, e, nas subidas para ataque continuado, deixar que seja o Veloso a levar a bola, com Moutinho no apoio ao meio. Cabe ao Meireles cobrir as costas. Ou seja, dois "8" a recuperar bolas e a garantir equilíbrio e um organizador de jogo a 6. Com isto quer-se evitar que Veloso tenha de fazer mais vezes aquilo que faz pior. Nas transições rápidas, algo para fazer repetidamente, passa a bola quem a tiver para quem tiver mais espaço na frente.
Quanto à defesa e ao ataque deixo tudo igual. CRonaldo e Nani são incontestáveis, o Postiga marcou 1 em 3 no último jogo, mais uma boa assistência. É injusto tirá-lo da equipa. Ou seja, a defesa a fazer o mesmo, especialmente o Pepe a "varrer" a entrada da área e o B. Alves a cobrir quem entra. Os laterais a subir à vez, sendo que não é um de cada vez, é, por norma, o Pereira cá atrás e o Coentrão a levar a bola. Na frente, digo o que digo sempre. Diagonais com e sem bola dos extremos, bolas rápidas na linha, progressão pelo meio só para combinações e remates de fora.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
O jogo com a Dinamarca
Primeiro, eu posso dar-me ao luxo de demorar a pôr a "análise" porque o mais importante, a parte da opinião sobre o jogo, já foi posta durante o mesmo.
A questão essencial é saber que Portugal é que foi ao Europeu. Se olharmos para o jogo em números Portugal só não dominou a posse de bola, cuja importância é relativa. As boas equipas são as que descansam e controlam o jogo sem ter a posse de bola. Não foi o caso. Este foi daqueles jogos em que os números ajudam pouco a perceber o que aconteceu.
Até aos 12 minutos Portugal jogou "nervoso". Dificuldade em sair, ninguém comia metros, havia pouca progressão com bola, e a Dinamarca aparecia mais. A partir daí a equipa assentou e começou a sair com bola controlada e a ganhar metros. Marcamos aos 25m, mais ou menos, e continuamos a dominar o jogo, a criar oportunidades, e aos 35m o Postiga marca o segundo. Nesta meia hora Portugal controlou o jogo, progrediu com bola nos pés, permitiu ao Pepe subir e aparecer em velocidade no meio campo a fazer cortes, e conseguimos meter diagonais, com e sem bola. Depois o jogo fica esquisito, perde-se intensidade na construção e recuamos linhas. E aqui, lamento, mas o Veloso tem de começar a acordar para a vida. Ele não pode ligar apenas quando tem bola. Eu ouvi o Dani dizer no fim do jogo que o Veloso esteve "muito bem no processo defensivo e nas compensações. É falso. Vir a correr para as alas (como já tinha feito com o Ozil contra a Alemanha) e encostar-se aos centrais não é o que o trinco deve fazer primeiro. Primeiro come o portador, o passe ou a zona, só depois é que se corre para trás ou para os lados. Pior. Não se pode, na mesma jogada e ao mesmo tempo comer o portador, o passe e a zona, como o Veloso tentou fazer nesta fase. O golo da Dinamarca não era propriamente esperado, é um passe longo feito perto da entrada da grande área, mais ou menos a meio descaído para a direita, metida ao poste mais distante, e o Patrício tem culpas. Acaba a primeira parte.
Entramos bem na segunda parte, o CRonaldo falha em frente ao guarda redes a equipa acredita, mas passados dez minutos estávamos a fazer passes laterais no meio campo e na defesa. Perdeu-se a intensidade de jogo e a Dinamarca começa a crescer. E continua a crescer, a controlar os nossos extremos, a ter algumas dificuldades com o Coentrão e o Oliveira, mas sempre a subir. Até que por volta dos 70m, sem que nada o faça prever, temos daqueles 5 minutos em que, sem razão aparente (efeito Oliveira?) os passes começam a sair e a cair nas alas, o Nani recupera num ressalto, o CRonaldo faz um sprint na diagonal da esquerda para a direita (com este gajo na esquerda esta devia ser a jogada tipo da selecção), recebe com espaço e tempo para olhar e posicionar-se, e falha redondamente. A equipa desanima toda. E passados dez minutos de sucessivas bolas rápidas no nosso meio campo, com pouca ajuda na esquerda, mamamos o segundo. Algo que estava à vista. Portador com tempo e espaço é desastre à espera de acontecer. A partir daqui sai o Meireles, entra o Varela e deixa de ser jogo para ser jogar à bola a ver se entra. Tivemos sorte. Raça e querer e coiso, mas essencialmente sorte.
R. Patrício - Culpas no golo. Sai a uma bola que não agarra nem cobre quem recebe. No segundo fez o que pôde. Tirando isso esteve bem.
J. Pereira - Esteve bem, na linha do jogo com a Alemanha. Não arriscou, evitou expor-se ao risco, saiu com bola quando era seguro e essencialmente não está embirrento. Ocupou a zona e saiu quase sempre bem ao portador na linha.
B. Alves - Não apanhou o Bendtner, calhou mais ao Pepe. Quem lhe apareceu perdeu a bola e na antecipação nas bolas altas esteve impecável.
Pepe - Perdeu no segundo golo para o Bendtner. Mal posicionado em relação à bola e ao avançado. No resto do jogo esteve muito bem a defender, especialmente pelo modo como aparece a cortar bolas em velocidade e com vigor, a toda a largura da área e aí até aos 30 metros. Muito bem. E marcou o primeiro golo.
F. Coentrão - Na primeira parte a defender fez o jogo que quis, a atacar foi menos ofensivo do que contra a Alemanha, até porque havia mais gente a levar a bola para a frente. Teve muitas dificuldades na segunda parte porque ninguém apoiava nas subidas do lateral, quando a Dinamarca subia com (muito, demasiado) espaço. No segundo golo dinamarquês estava na área a acompanhar o interior que entrou.
Veloso - Dois jogadores. O trinco que jogou meia hora na primeira parte a controlar a zona e a deixar o Pepe aparecer a cortar bolas abrindo espaço para receber e progredir, e o médio que levou a equipa para a frente quando tinha a bola, em progressão e com passes a abrir e a apoiar durante os 90m, jogou muito bem. O trinco que jogou na outra hora de jogo não jogou nada.
Meireles - Devia ter sido expulso. Jogou sempre bem, mas tem de assumir o remate de fora mais vezes e tem de correr mais com a bola. Fez o costume, mas é o tal problema, não pode acompanhar quem sobe pela ala e cobrir o portador, logo nem sempre consegue assegurar a recuperação como a equipa precisa.
Moutinho - Jogou bem. Acompanhou sempre os médios dinamarqueses que sobem pelo meio, mas sofre do problema do Meireles. Não pode cobrir o portador e os que acompanham na ala. Com bola, e à parte dos recorrentes passes laterais, esteve bem. Procurou a progressão, as aberturas para a linha e combinações na entrada da área.
Nani - Para mim o melhor em campo, porque não posso nomear o Pepe (o segundo golo dinamarquês não deixa). Foi igual durante todo o jogo, mesmo quando veio para o meio nos últimos 10m. Procurou sempre a progressão na linha, o 1-2, o espaço para o passe e as bolas rápidas diagonais. Ajudou muito na defesa e, entre muitas outras, meteu a bola para o golo do Postiga.
CRonaldo - Nem sempre ajudou a defesa como devia e fica marcado pelos falhanços, especialmente pelo segundo.
Postiga - Um jogo à Postiga. Entrou a cair nas alas, não resultou, começou a recuar a procurar bola. Falha 2 bolas, e marca num remate de primeira ao primeiro poste. Na segunda parte ajudou a isolar o CRonaldo para o falhanço número 1. Tentou ajudar sempre nas combinações e não jogou mal de costas e de perfil para a área.
N. Oliveira - É diferente. Às vezes parece um corpo estranho na equipa e logo a seguir, na mesma jogada, descobre o colega para combinar. Na, mais ou menos, meia hora que jogou, tentou combinações, remates de fora, passes a desmarcar e levou a bola para a linha a ver se segurava o resultado no finzinho. Não sei se resulta a titular. Só vendo.
Varela - Dez minutos, um golo, alguns sprints. Bom jogo.
Rolando - Não sei se tocou na bola.
Paulo Bento - Vale o que disse durante o jogo. Devia ter mexido mais e mais cedo na equipa. Na equipa, não só nos jogadores.
A questão essencial é saber que Portugal é que foi ao Europeu. Se olharmos para o jogo em números Portugal só não dominou a posse de bola, cuja importância é relativa. As boas equipas são as que descansam e controlam o jogo sem ter a posse de bola. Não foi o caso. Este foi daqueles jogos em que os números ajudam pouco a perceber o que aconteceu.
Até aos 12 minutos Portugal jogou "nervoso". Dificuldade em sair, ninguém comia metros, havia pouca progressão com bola, e a Dinamarca aparecia mais. A partir daí a equipa assentou e começou a sair com bola controlada e a ganhar metros. Marcamos aos 25m, mais ou menos, e continuamos a dominar o jogo, a criar oportunidades, e aos 35m o Postiga marca o segundo. Nesta meia hora Portugal controlou o jogo, progrediu com bola nos pés, permitiu ao Pepe subir e aparecer em velocidade no meio campo a fazer cortes, e conseguimos meter diagonais, com e sem bola. Depois o jogo fica esquisito, perde-se intensidade na construção e recuamos linhas. E aqui, lamento, mas o Veloso tem de começar a acordar para a vida. Ele não pode ligar apenas quando tem bola. Eu ouvi o Dani dizer no fim do jogo que o Veloso esteve "muito bem no processo defensivo e nas compensações. É falso. Vir a correr para as alas (como já tinha feito com o Ozil contra a Alemanha) e encostar-se aos centrais não é o que o trinco deve fazer primeiro. Primeiro come o portador, o passe ou a zona, só depois é que se corre para trás ou para os lados. Pior. Não se pode, na mesma jogada e ao mesmo tempo comer o portador, o passe e a zona, como o Veloso tentou fazer nesta fase. O golo da Dinamarca não era propriamente esperado, é um passe longo feito perto da entrada da grande área, mais ou menos a meio descaído para a direita, metida ao poste mais distante, e o Patrício tem culpas. Acaba a primeira parte.
Entramos bem na segunda parte, o CRonaldo falha em frente ao guarda redes a equipa acredita, mas passados dez minutos estávamos a fazer passes laterais no meio campo e na defesa. Perdeu-se a intensidade de jogo e a Dinamarca começa a crescer. E continua a crescer, a controlar os nossos extremos, a ter algumas dificuldades com o Coentrão e o Oliveira, mas sempre a subir. Até que por volta dos 70m, sem que nada o faça prever, temos daqueles 5 minutos em que, sem razão aparente (efeito Oliveira?) os passes começam a sair e a cair nas alas, o Nani recupera num ressalto, o CRonaldo faz um sprint na diagonal da esquerda para a direita (com este gajo na esquerda esta devia ser a jogada tipo da selecção), recebe com espaço e tempo para olhar e posicionar-se, e falha redondamente. A equipa desanima toda. E passados dez minutos de sucessivas bolas rápidas no nosso meio campo, com pouca ajuda na esquerda, mamamos o segundo. Algo que estava à vista. Portador com tempo e espaço é desastre à espera de acontecer. A partir daqui sai o Meireles, entra o Varela e deixa de ser jogo para ser jogar à bola a ver se entra. Tivemos sorte. Raça e querer e coiso, mas essencialmente sorte.
R. Patrício - Culpas no golo. Sai a uma bola que não agarra nem cobre quem recebe. No segundo fez o que pôde. Tirando isso esteve bem.
J. Pereira - Esteve bem, na linha do jogo com a Alemanha. Não arriscou, evitou expor-se ao risco, saiu com bola quando era seguro e essencialmente não está embirrento. Ocupou a zona e saiu quase sempre bem ao portador na linha.
B. Alves - Não apanhou o Bendtner, calhou mais ao Pepe. Quem lhe apareceu perdeu a bola e na antecipação nas bolas altas esteve impecável.
Pepe - Perdeu no segundo golo para o Bendtner. Mal posicionado em relação à bola e ao avançado. No resto do jogo esteve muito bem a defender, especialmente pelo modo como aparece a cortar bolas em velocidade e com vigor, a toda a largura da área e aí até aos 30 metros. Muito bem. E marcou o primeiro golo.
F. Coentrão - Na primeira parte a defender fez o jogo que quis, a atacar foi menos ofensivo do que contra a Alemanha, até porque havia mais gente a levar a bola para a frente. Teve muitas dificuldades na segunda parte porque ninguém apoiava nas subidas do lateral, quando a Dinamarca subia com (muito, demasiado) espaço. No segundo golo dinamarquês estava na área a acompanhar o interior que entrou.
Veloso - Dois jogadores. O trinco que jogou meia hora na primeira parte a controlar a zona e a deixar o Pepe aparecer a cortar bolas abrindo espaço para receber e progredir, e o médio que levou a equipa para a frente quando tinha a bola, em progressão e com passes a abrir e a apoiar durante os 90m, jogou muito bem. O trinco que jogou na outra hora de jogo não jogou nada.
Meireles - Devia ter sido expulso. Jogou sempre bem, mas tem de assumir o remate de fora mais vezes e tem de correr mais com a bola. Fez o costume, mas é o tal problema, não pode acompanhar quem sobe pela ala e cobrir o portador, logo nem sempre consegue assegurar a recuperação como a equipa precisa.
Moutinho - Jogou bem. Acompanhou sempre os médios dinamarqueses que sobem pelo meio, mas sofre do problema do Meireles. Não pode cobrir o portador e os que acompanham na ala. Com bola, e à parte dos recorrentes passes laterais, esteve bem. Procurou a progressão, as aberturas para a linha e combinações na entrada da área.
Nani - Para mim o melhor em campo, porque não posso nomear o Pepe (o segundo golo dinamarquês não deixa). Foi igual durante todo o jogo, mesmo quando veio para o meio nos últimos 10m. Procurou sempre a progressão na linha, o 1-2, o espaço para o passe e as bolas rápidas diagonais. Ajudou muito na defesa e, entre muitas outras, meteu a bola para o golo do Postiga.
CRonaldo - Nem sempre ajudou a defesa como devia e fica marcado pelos falhanços, especialmente pelo segundo.
Postiga - Um jogo à Postiga. Entrou a cair nas alas, não resultou, começou a recuar a procurar bola. Falha 2 bolas, e marca num remate de primeira ao primeiro poste. Na segunda parte ajudou a isolar o CRonaldo para o falhanço número 1. Tentou ajudar sempre nas combinações e não jogou mal de costas e de perfil para a área.
N. Oliveira - É diferente. Às vezes parece um corpo estranho na equipa e logo a seguir, na mesma jogada, descobre o colega para combinar. Na, mais ou menos, meia hora que jogou, tentou combinações, remates de fora, passes a desmarcar e levou a bola para a linha a ver se segurava o resultado no finzinho. Não sei se resulta a titular. Só vendo.
Varela - Dez minutos, um golo, alguns sprints. Bom jogo.
Rolando - Não sei se tocou na bola.
Paulo Bento - Vale o que disse durante o jogo. Devia ter mexido mais e mais cedo na equipa. Na equipa, não só nos jogadores.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Portugal ganhou
Não era preciso tanto sofrimento, e não, não sabe melhor quando é assim, porque assim a sorte conta muito mais do que aquilo que devia. Amanhã logo falo dos jogadores e assim, porque ainda estou meio irritado e isso não traz nada de bom à avaliação. Só uma coisa. O Pereira está na Selecção como nunca esteve no Sporting. Um defesa direito que não inventa e sobe só quando pode. Não o vi a reclamar em excesso com o árbitro nem com adversários. Não gosto do J. Pereira mas não conhecia este. O Paulo Bento conhecia.
Cansei-me de avisar
Em cima do Pepe. O melhor pano afinal desbota. Independentemente do resultado final, eu avisei. Não comemos o portador, não controlamos a zona, parece decalage no andebol quando se está com mais 1. Há muito tempo avisei dos passes laterais e da falta de apoio na defesa do meio campo. O portador faz o que quer e, como a defesa recua as linhas, quando sai alguém ao portador abre-se a linha de passe. Aconteceu sucessivamente e não fui só eu que vi. E ninguém fez nada. Aqui o treinador tem responsabilidades, tantas ou mais que os jogadores. Bem Varela. Grande tiro. Muito bem. Agarra o jogo Paulo Bento. É agora a tranquilidade.
(mensagem editada entre o 2-2 e o 3-2)
(mensagem editada entre o 2-2 e o 3-2)
Não há mais substituições? Já se anda a desperdiçar a tempo e a defender nos últimos 30 metros
Alguém a ajudar no meio campo defensivo rapidamente. Bem o Coentrão. Bem o Oliveira e o Nani. CRonaldo está triste.
Nelso Oliveira
Parece que vai entrar. Veloso papado na linha. Será que sai o Postiga. É. Parece boa ideia. Um gajo para mexer no jogo e cair nas alas. O CRonaldo tem de fazer mais mais e mais diagonais sem bola.
Atacar
Temos de começar a jogar para ganhar. Imediatamente. Os dinamarqueses raramente falham a a baliza quando rematam. É muito arriscado andarmos com passes laterais em todas as fases do jogo e em todo o campo.
Ao intervalo
Bola bola e mais bola. É o que temos a fazer. Correr com a bola nos pés e desmarcações dos avançados. Agora, aquilo que o Veloso está a fazer é incrível. Um jogador forte na progressão e no passe com bola, a defender é um circo, anda a correr à doida entre o portador e a bola, sem se decidir. Há um exemplo maravilhoso disso praí aos 42, 43 minutos, em que contra 2 adversários que progridem pelo meio (portador e apoio) vai ao portador, o portador passa ao apoio, Veloso corre ao apoio, apoio devolve, Veloso corre atrás da bola até ao portador, que tem tempo e espaço para passar na esquerda. Vá lá que apareceu o Pepe. E enquanto o Veloso andar assim o Coentrão não pode subir. Mas repito, com bola o Veloso tem estado bem. O CRonaldo precisa fechar mais rápido ao meio, O Nani é para continuar a fazer o que está a fazer. A defesa está bem o Moutinho e o Meireles (vou fingir que não me lembro da mão na bola) também. Sobre os outros já disse o que tinha a dizer.
Patrício foda-se
Se sais à primeira bola tens de a ganhar foda-se. Culpa dos comentaristas que dizem que a Dinamarca só tem problemas e não soluções e depois dizem que o golo era inevitável. Foda-se SIC e foda-se Patrício.
O Postiga
Marcou de primeira ao primeiro poste. Apareceu de frente já a pensar no remate. Muito bem também o Nani a meter a bola. Ah futebol, assim sim.
Força Portugal faz o gol
É por trás ao Postiga aos 23m. Nem cartão é. E golo Pepe. Muito bem ao primeiro poste como os homens. Muito rápido e desmarca-se de dentro para o poste a comer quem o marcava. Gostava de sabe, não consegui descortinar, quem é o jogador português que sem querer bloqueia o outro defesa da Dinamarca. Será o Nani?
15 minutos
Equipa muito nervosa, Moutinho aos 9m nem consegue levantar para a área. 9:45m: O Postiga nem à bola se faz. Se o ponta de lança vem para o meio cadê a velocidade e cadê a profundidade ao meio? É para o Meireles? É para mim? Veloso no Eriksen?
A partir dos 12m, maior equilíbrio, precisamos de progredir com bola. Sai o Zimling. Deve vir o Poulsen, segundo a televisão.
Tivemos 3 bons minutos a fazer o que é preciso, correr com bola nos pés. Depois o Coentrão (14) foi comido pelo Rommendhal. A defesa para defender tão à frente precisa melhor coordenação. Bola no pé e passes para a área. E rematar de fora.
A partir dos 12m, maior equilíbrio, precisamos de progredir com bola. Sai o Zimling. Deve vir o Poulsen, segundo a televisão.
Tivemos 3 bons minutos a fazer o que é preciso, correr com bola nos pés. Depois o Coentrão (14) foi comido pelo Rommendhal. A defesa para defender tão à frente precisa melhor coordenação. Bola no pé e passes para a área. E rematar de fora.
Engano meu
Bendter sozinho na frente, Zimling no meio campo, a fazer posição 8. Não tava a ver isto.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Olá outra vez Dinamarca
A Dinamarca é a equipa da fase de grupos, que já vimos contra a Holanda. O que temos? Continua a valer o conceito do "altos, fortes e louros", mas sem a parte "tosca" do conceito. A defesa são gajos altos e fortes na recuperação e no confronto directo. Pelo ar são não perdoam. E os centrais são titulares de equipas boas em campeonatos a sério. O meio campo são 3 a recuperar, com os interiores a tentarem progredir com a equipa, a chamada subida em bloco. Há sprints esporádicos pela linha, mas a ideia é manter o bloco nas transições.O outro do meio campo é o que desequilibra. O Eriksen é uma espécie de 10 e 1/2. Constrói, rompe, aparece a fazer a sobreposição nas alas, é rápido. Falha um bocado no remate de longe, mas não nos podemos fiar nisso. E depois são dois pontas de lança. Contra a Holanda jogou o Zimling, que não conheço. É rápido, tenta aparecer muito no espaço entre lateral e central, mas é um jogador de 27 anos que não serviu para o Udinese. É a "muleta" do ataque. Serve para fazer o "+1" na progressão, porque não é forte com bola, e é o primeiro a pressionar o defesa que quer sair com bola. E o Bendtner. Este é o jogador com mais auto confiança que conheço. Na cabeça dele é uma mistura do Pelé com o Van Basten, o que não sendo necessariamente bom, pode ser muito perigoso para Portugal. Este remata, e tenta inventar. É a principal referência atacante e é, por norma, quem dá profundidade a equipa. É um nome conhecido do futebol, quanto mais não seja porque nunca se sabe onde vai jogar na época seguinte. É uma competição importante para este gajo porque está naquela altura da carreira em que "é ou não é".
Enquanto equipa, a Dinamarca procura o controlo do jogo mesmo que não tenha a posse. Gosta de se alargar no terreno e criar espaços. A contra atacar é fortíssima. O passe sai, por norma, na diagonal para a progressão, procurando o Eriksen ou os médios interiores. Se for o Ericksen levanta a cabeça e progride ou mete na frente. Os interiores por norma esperam pela subida do resto da equipa. Quando o passe é metido directamente na frente, é para o Bendter, que segura e tenta o 1-2 ou virar-se para a baliza. É uma equipa que tenta defender logo na saída, com os interiores a fecharem e o trinco a cobrir à zona até ter de encostar aos centrais.
Aposto no 11 que jogou contra a Holanda: aqui.
Portugal, mesmo 11 do primeiro jogo, digo eu que joga. A minha opinião é conhecida, pelo menos eu conheço. Somos favoritos. Temos melhores jogadores, mais futebol. E é daqueles jogos para se apostar nisso mesmo, mas com regras. Abusar da progressão com bola e dos passes para as costas da defesa. Nunca deixar subir os nossos dois laterais ao mesmo tempo, é daquelas exposições desnecessárias ao risco que costumam ser fatais. Quem perde a bola na frente tem de correr imediatamente a 1 - recuperar a bola, 2 - recuperar a posição. Não deixar o Eriksen levantar a cabeça e pensar. Cair logo em cima e se preciso aleijar. Viu-se com a Holanda que é ali que muda o jogo da Dinamarca. O meio campo roda mais à volta dele do que da bola, e isso quer dizer qualquer coisa.
Enquanto equipa, a Dinamarca procura o controlo do jogo mesmo que não tenha a posse. Gosta de se alargar no terreno e criar espaços. A contra atacar é fortíssima. O passe sai, por norma, na diagonal para a progressão, procurando o Eriksen ou os médios interiores. Se for o Ericksen levanta a cabeça e progride ou mete na frente. Os interiores por norma esperam pela subida do resto da equipa. Quando o passe é metido directamente na frente, é para o Bendter, que segura e tenta o 1-2 ou virar-se para a baliza. É uma equipa que tenta defender logo na saída, com os interiores a fecharem e o trinco a cobrir à zona até ter de encostar aos centrais.
Aposto no 11 que jogou contra a Holanda: aqui.
Portugal, mesmo 11 do primeiro jogo, digo eu que joga. A minha opinião é conhecida, pelo menos eu conheço. Somos favoritos. Temos melhores jogadores, mais futebol. E é daqueles jogos para se apostar nisso mesmo, mas com regras. Abusar da progressão com bola e dos passes para as costas da defesa. Nunca deixar subir os nossos dois laterais ao mesmo tempo, é daquelas exposições desnecessárias ao risco que costumam ser fatais. Quem perde a bola na frente tem de correr imediatamente a 1 - recuperar a bola, 2 - recuperar a posição. Não deixar o Eriksen levantar a cabeça e pensar. Cair logo em cima e se preciso aleijar. Viu-se com a Holanda que é ali que muda o jogo da Dinamarca. O meio campo roda mais à volta dele do que da bola, e isso quer dizer qualquer coisa.
domingo, 10 de junho de 2012
sábado, 9 de junho de 2012
Parabéns Selecção, foi até ao finzinho
Depois de tudo o que disse antes e durante o jogo, já não sobra muita coisa.
R. Patrício - Sem hipóteses no golo. Defendeu o que havia para defender.
J. Pereira - Fica marcado pelo lance do golo. Não é que esteja mal posicionado, até porque não pode atravessar o o Gomez para chegar à bola, está é mal nutrido para discutir aquela bola. A defender pelo chão e de frente para o portador esteve bem, sem dar porrada nem inventar. Nas diagonais, cruzamentos e combinações viu-se à rasquinha. Subiu pouco, mas com critério, sem desposicionar a equipa, e esteve muito forte no passe (até porque arriscou pouco).
B. Alves - Esteve bem. Sempre rápido e forte no 1x1, seguro nas subidas. Não foi pelos centrais que a equipa quebrou. Subiu nas bolas paradas e não esteve longe no fim. Não há muito a dizer.
Pepe - O mesmo do B. Alves, e ainda, implacável na recuperação e disputa de bola, muito bem a sair e no passe, e uma bola no ãngulo que não entrou porque o futebol é patrocinado pela Liga dos Amigos dos Médicos Cardiologistas.No lance do golo é batido pelo desvio da bola.
F. Coentrão - Até no amarelo esteve bem. Fez-me lembrar o saudoso Paulinho Santos naquele jogo em que o árbitro (Marc Batta?) expulsou o Rui Costa por demorar menos tempo a sair do que os substituídos alemães, que andou sempre de dentes arreganhados cara a cara (sentido figurado era mais cara a peito) com quem abria a boca. A defender foi muito intenso, quer ao portador quer a fechar, mas foi na transição ofensiva que se destacou. Mais do que meia dúzia de subidas conseguidas na primeira parte (sendo o único português a ganhar metros pelas alas, sozinho empurrou a equipa para a frente sempre que pôde), estragadas por péssimos cruzamentos, a intensidade com que avança e que na segunda parte lhe permitiu estar sempre a apoiar o ataque, mais frequentemente e com mais qualidade no que na primeira, e até a rematar dentro da área.. O melhor português de hoje.
M. Veloso - Globalmente surpreendeu-me pela positiva. Fez tudo o que estava ao seu alcance.. Nos primeiros 15 minutos adiantou-se mas depois desapareceu dentro da área quase até ao fim da primeira parte. Entrou melhor na segunda, e depois de sofrido o golo soube chegar-se a frente e definir jogadas. A questão é saber se tudo o que o Veloso tem para dar, naquela posição, é o suficiente para a equipa.
R. Meireles - A partir dos 15 minutos foi outro jogo para o Meireles. Aparecia muita gente com a bola controlada. e não conseguia sair com velocidade e segurança. Ainda assim soube evitar recuar demasiado e tentou sempre "sair para a frente". Não teve muito sucesso. Portugal quase não conseguiu sair com bola controlada. Na segunda parte foi outro jogo, antes e depois do golo sofrido. Antes do golo tentou fazer o mesmo, mas havia mais espaço, correu melhor. Depois do golo saiu.
J. Moutinho - Nem sei o que dizer. Foi difícil vê-lo na primeira parte. Não que tenha jogado mal, mas não conseguiu, nas poucas hipóteses que teve, fazer com que a equipa saísse para o ataque. Apoiou na defesa, tentou tapar o Khedira, mas naquilo que era preciso que fizesse, falhou. Na segunda parte entrou melhor, e depois de sofrido o golo, quando a Alemanha recuou, teve espaço para meter a bola e fê-lo quase sempre com critério. Foi o cotovelo do Moutinho que levantou a bola de golo.
Nani - Vi o Nani a jogar a lateral direito meia hora na primeira parte, a fazer a zona e a correr ao portador. Foi isso. Na segunda parte conseguiu progredir na linha e veio para o meio depois de entrar o Varela, e andou a fazer o 1 nas tabelas, a meter bolas e a virar o jogo. Meteu um cruzamento na barra. Tentou o um para um, por norma ganhou, cruzou, tentou rematar, levou a equipa para a frente. Esteve bem.
CRonaldo - Apagado na primeira parte. A equipa também não ajudou, de duas formas: primeiro, metia sempre para ele ; segundo, com espaço metia-lhe mal a bola, no limite da impossibilidade. Na segunda parte tem uma boa bola com uma abertura do Moutinho, aos 65 m, mais ao menos, mas perde o tempo de remate para o Boateng. A partir do golo sofrido assumiu o jogo, deu boas bolas para golo, atacou o adversário e não foi por ali que o gato foi às filhós.
Postiga - Levou um amarelo na primeira parte, falhou a bola na pequena área, apareceu nas alas e perdeu sempre a bola. Na segunda parte saiu.
N. Oliveira - Entrou mal. Notou-se que queria ajudar mas perdeu logo a primeira bola e depois fez falta. No entanto, e isto é a tal coisa do futebol, essa vontade ajudar aliada ao físico do Oliveira, permitiu-lhe ganhar bolas no confronto directo e passá-las convenientemente. É dele o trabalho para o remate do Varela. E fez isso mais duas vezes, uma para o CRonaldo e uma com o Moutinho. Jogou de costas e de perfil para a baliza, e esteve bem. Se não joga o CRonaldo ao meio, às tantas este é a melhor opção.
Varela - Cheio de energia e vontade. Tabelou, fintou, tentou cruzar e falhou a melhor oportunidade do jogo. Acontece.
O Jogo. Não me vou pôr aqui com o que devia ou podia ter sido feito. Isso era batota, por isso foi feito antes do jogo. O que foi o jogo? Na primeira parte há o primeiro quarto de hora e o resto. Nos primeiros 15 m Portugal andou pelo meio campo e conseguiu trabalhar a posse razoavelmente com os 3 do meio campo. A partir daí a Alemanha decidiu vir para a frente e imediatamente Portugal recua as linhas. E foi um sufoco. Bolas e mais bolas em velocidade, jogadores a trocarem de posição, equipa tão recuada que passavam bolas rasteiras a toda a largura da saída da área. Não conseguimos sair depois da recuperação, e raramente se fez passe vertical, saía-se sempre para lateral, pára, mete no meio, progride, perde a bola. Não se conseguiu concluir a "transição ofensiva", e nem importa porque era muito lenta. A Alemanha esteve sempre perto da nossa área, e criou perigo.
Na segunda parte foi diferente. Até ao golo o jogo esteve dividido e parecia que ia partir. Conseguimos iniciar a progressão do Meireles na linha do meio campo e a do Moutinho à saída do meio campo. O Veloso fazia passes intencionais e o Coentrão comeu metros que foi uma coisa estúpida. O Nani começou a aparecer e o CRonaldo começou a fazer diagonais em série. A Alemanha respondia do mesmo modo, com o Bastian S. (7) a ir para a linha tapar o Coentrão e aproveitar o espaço, e o Ozil a abrir o jogo para as alas. Como já disse, parecia que o jogo ia partir. Entra o Oliveira e sofremos o golo passados 5 minutos ou assim. A Alemanha recua as linhas para procurar o contra ataque e Portugal toma conta do jogo. Alguns remates com perigo, uma bola nos ferros, e mais remates do que no resto do jogo. Há várias coisas a retirar disto. A primeira é que a derrota não é injusta. A Alemanha dominou a maior parte do jogo e esteve bastante tempo acampado no nosso meio campo. A segunda é que Portugal pode ser mais do que foi na primeira parte sem nunca esquecer que foi a Alemanha que abdicou da posse de bola após o golo. A terceira é que sinto que houve jogadores com o empate na cabeça, desde o sorteio.
R. Patrício - Sem hipóteses no golo. Defendeu o que havia para defender.
J. Pereira - Fica marcado pelo lance do golo. Não é que esteja mal posicionado, até porque não pode atravessar o o Gomez para chegar à bola, está é mal nutrido para discutir aquela bola. A defender pelo chão e de frente para o portador esteve bem, sem dar porrada nem inventar. Nas diagonais, cruzamentos e combinações viu-se à rasquinha. Subiu pouco, mas com critério, sem desposicionar a equipa, e esteve muito forte no passe (até porque arriscou pouco).
B. Alves - Esteve bem. Sempre rápido e forte no 1x1, seguro nas subidas. Não foi pelos centrais que a equipa quebrou. Subiu nas bolas paradas e não esteve longe no fim. Não há muito a dizer.
Pepe - O mesmo do B. Alves, e ainda, implacável na recuperação e disputa de bola, muito bem a sair e no passe, e uma bola no ãngulo que não entrou porque o futebol é patrocinado pela Liga dos Amigos dos Médicos Cardiologistas.No lance do golo é batido pelo desvio da bola.
F. Coentrão - Até no amarelo esteve bem. Fez-me lembrar o saudoso Paulinho Santos naquele jogo em que o árbitro (Marc Batta?) expulsou o Rui Costa por demorar menos tempo a sair do que os substituídos alemães, que andou sempre de dentes arreganhados cara a cara (sentido figurado era mais cara a peito) com quem abria a boca. A defender foi muito intenso, quer ao portador quer a fechar, mas foi na transição ofensiva que se destacou. Mais do que meia dúzia de subidas conseguidas na primeira parte (sendo o único português a ganhar metros pelas alas, sozinho empurrou a equipa para a frente sempre que pôde), estragadas por péssimos cruzamentos, a intensidade com que avança e que na segunda parte lhe permitiu estar sempre a apoiar o ataque, mais frequentemente e com mais qualidade no que na primeira, e até a rematar dentro da área.. O melhor português de hoje.
M. Veloso - Globalmente surpreendeu-me pela positiva. Fez tudo o que estava ao seu alcance.. Nos primeiros 15 minutos adiantou-se mas depois desapareceu dentro da área quase até ao fim da primeira parte. Entrou melhor na segunda, e depois de sofrido o golo soube chegar-se a frente e definir jogadas. A questão é saber se tudo o que o Veloso tem para dar, naquela posição, é o suficiente para a equipa.
R. Meireles - A partir dos 15 minutos foi outro jogo para o Meireles. Aparecia muita gente com a bola controlada. e não conseguia sair com velocidade e segurança. Ainda assim soube evitar recuar demasiado e tentou sempre "sair para a frente". Não teve muito sucesso. Portugal quase não conseguiu sair com bola controlada. Na segunda parte foi outro jogo, antes e depois do golo sofrido. Antes do golo tentou fazer o mesmo, mas havia mais espaço, correu melhor. Depois do golo saiu.
J. Moutinho - Nem sei o que dizer. Foi difícil vê-lo na primeira parte. Não que tenha jogado mal, mas não conseguiu, nas poucas hipóteses que teve, fazer com que a equipa saísse para o ataque. Apoiou na defesa, tentou tapar o Khedira, mas naquilo que era preciso que fizesse, falhou. Na segunda parte entrou melhor, e depois de sofrido o golo, quando a Alemanha recuou, teve espaço para meter a bola e fê-lo quase sempre com critério. Foi o cotovelo do Moutinho que levantou a bola de golo.
Nani - Vi o Nani a jogar a lateral direito meia hora na primeira parte, a fazer a zona e a correr ao portador. Foi isso. Na segunda parte conseguiu progredir na linha e veio para o meio depois de entrar o Varela, e andou a fazer o 1 nas tabelas, a meter bolas e a virar o jogo. Meteu um cruzamento na barra. Tentou o um para um, por norma ganhou, cruzou, tentou rematar, levou a equipa para a frente. Esteve bem.
CRonaldo - Apagado na primeira parte. A equipa também não ajudou, de duas formas: primeiro, metia sempre para ele ; segundo, com espaço metia-lhe mal a bola, no limite da impossibilidade. Na segunda parte tem uma boa bola com uma abertura do Moutinho, aos 65 m, mais ao menos, mas perde o tempo de remate para o Boateng. A partir do golo sofrido assumiu o jogo, deu boas bolas para golo, atacou o adversário e não foi por ali que o gato foi às filhós.
Postiga - Levou um amarelo na primeira parte, falhou a bola na pequena área, apareceu nas alas e perdeu sempre a bola. Na segunda parte saiu.
N. Oliveira - Entrou mal. Notou-se que queria ajudar mas perdeu logo a primeira bola e depois fez falta. No entanto, e isto é a tal coisa do futebol, essa vontade ajudar aliada ao físico do Oliveira, permitiu-lhe ganhar bolas no confronto directo e passá-las convenientemente. É dele o trabalho para o remate do Varela. E fez isso mais duas vezes, uma para o CRonaldo e uma com o Moutinho. Jogou de costas e de perfil para a baliza, e esteve bem. Se não joga o CRonaldo ao meio, às tantas este é a melhor opção.
Varela - Cheio de energia e vontade. Tabelou, fintou, tentou cruzar e falhou a melhor oportunidade do jogo. Acontece.
O Jogo. Não me vou pôr aqui com o que devia ou podia ter sido feito. Isso era batota, por isso foi feito antes do jogo. O que foi o jogo? Na primeira parte há o primeiro quarto de hora e o resto. Nos primeiros 15 m Portugal andou pelo meio campo e conseguiu trabalhar a posse razoavelmente com os 3 do meio campo. A partir daí a Alemanha decidiu vir para a frente e imediatamente Portugal recua as linhas. E foi um sufoco. Bolas e mais bolas em velocidade, jogadores a trocarem de posição, equipa tão recuada que passavam bolas rasteiras a toda a largura da saída da área. Não conseguimos sair depois da recuperação, e raramente se fez passe vertical, saía-se sempre para lateral, pára, mete no meio, progride, perde a bola. Não se conseguiu concluir a "transição ofensiva", e nem importa porque era muito lenta. A Alemanha esteve sempre perto da nossa área, e criou perigo.
Na segunda parte foi diferente. Até ao golo o jogo esteve dividido e parecia que ia partir. Conseguimos iniciar a progressão do Meireles na linha do meio campo e a do Moutinho à saída do meio campo. O Veloso fazia passes intencionais e o Coentrão comeu metros que foi uma coisa estúpida. O Nani começou a aparecer e o CRonaldo começou a fazer diagonais em série. A Alemanha respondia do mesmo modo, com o Bastian S. (7) a ir para a linha tapar o Coentrão e aproveitar o espaço, e o Ozil a abrir o jogo para as alas. Como já disse, parecia que o jogo ia partir. Entra o Oliveira e sofremos o golo passados 5 minutos ou assim. A Alemanha recua as linhas para procurar o contra ataque e Portugal toma conta do jogo. Alguns remates com perigo, uma bola nos ferros, e mais remates do que no resto do jogo. Há várias coisas a retirar disto. A primeira é que a derrota não é injusta. A Alemanha dominou a maior parte do jogo e esteve bastante tempo acampado no nosso meio campo. A segunda é que Portugal pode ser mais do que foi na primeira parte sem nunca esquecer que foi a Alemanha que abdicou da posse de bola após o golo. A terceira é que sinto que houve jogadores com o empate na cabeça, desde o sorteio.
À hora de jogo
Está equilibrado e a começar a partir. O Khedira quis levar o pé do Moutinho para casa.
Intervalo
Repito o que disse na antes do jogo. Precisamos do CRonaldo mais em jogo, é metê-lo ao meio, que na esquerda tem 3 adversários sempre ao pé. No meio até podem meter 7. E precisamos de "comer" os 10/15 metros à frente da área, sem meter lá mais um jogador.
É vermelho
Aquilo do badstuber ao Nani é vermelho. Falta em carrinho, por trás, ao pé de apoio. Vermelho.
À meia hora de jogo
É tudo deles. Baixamos muito as linhas porque não conseguimos cobrir o espaço à frente da área. Quando eles metem um bocadinho de velocidade quase não conseguimos respirar, quando nos primeiros 20 minutos conseguimos cobrir quase no meio campo. O Veloso já nem vê os jogadores quanto mais a bola. O Postiga só se viu no amarelo e a falhar a bola na pequena área.
Aos 15m
Eh Postiga! Quanto ao jogo, gosto de ver o CRonaldo a trocar com o Postiga. A ideia para a saída de bola está bem pensada mas mal executada. aos 14:30 os meus receios confirmam-se. O Veloso não consegue "comer" o passe. Se fosse um corneto...
Portugal vs. Alemanha
O Low enganou-me. Joga o Boateng. Mas joga do lado direito. Muda porque sabemos que este é defesa. Mas Portugal tem de fazer o mesmo. E joga o Badstuber, que é melhore que Metersacker. De qualquer modo a minha preocupação é não ter falhado o 11 de Portugal, à excepção do Postiga. A ideia parece ser haver capacidade de trocar a bola pelo chão na frente. Vamos a ver.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
A história do futebol e o Xavi
"Mourinho não vai ficar na história do futebol. Para mim o melhor é Guardiola, e assim foi durante os quatro anos em que esteve à frente do Barcelona. Revolucionou o futebol", disse Xavi em entrevista ao Canal+.
Na opinião deste médio o Mourinho, que ganhou campeonatos e tripletas e mais não sei o quê, não fica na história, perdendo o lugar para o Guardiola que desisistiu de treinar por causa da pressão ou lá o que era, ou por ter perdido o campeonato para uma equipa que fez 100 pontos. É por estas declarações que as pessoas não gostam do Barça. Têm a mania que são moralmente superiores aos outros e que as suas vitórias têm mais valor do que as dos outros. Este ano ganharam a Taça, não foi? Como a Académica em Portugal.
Na opinião deste médio o Mourinho, que ganhou campeonatos e tripletas e mais não sei o quê, não fica na história, perdendo o lugar para o Guardiola que desisistiu de treinar por causa da pressão ou lá o que era, ou por ter perdido o campeonato para uma equipa que fez 100 pontos. É por estas declarações que as pessoas não gostam do Barça. Têm a mania que são moralmente superiores aos outros e que as suas vitórias têm mais valor do que as dos outros. Este ano ganharam a Taça, não foi? Como a Académica em Portugal.
As coisas que se descobrem
Hoje disseram-me que eu, e as coisas que decido fazer, e o modo como gasto o meu tempo é, e passo a citar: "Ridículo". E é isso. Não é que não seja verdade, é mais o ouvir-se isto directamente vindo de quem realmente me importa. Sou ridículo.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Euro 2012 - Quem és tu Nationalmannschaft, e como te posicionar de modo a que percas a guerra
A Alemanha não é novidade para ninguém. É basicamente a equipa de 2010. Um 4-2-3-1 típico, que com bola ou em contra ataque se "transforma" em 4-3-3, com os alas a entrar, ou mesmo em 4-2-4 quando o médio ofensivo (Ozil em princípio) se encosta ao ponta de lança. No entanto é difícil apontar uma equipa-tipo. Por causa das lesões e experiências na defesa, porque não se sabe se joga o Kroos ou o Schweinsteiger, porque o Klose pode jogar. O que nos interessa é o jogo com Portugal. Segundo ouvi no rádio o Low está muito tentado a pôr o Lahm à esquerda, porque parece que o Boateng andou com actrizes pornô durante o estágio, e jogar com o Lars Bender à direita. Eu não conheço este Bender, conheço o de lata, mas pelo que tenho visto é um 8, ou box to box, ou médio de transição, ou qualquer outra idiotice que tenham ouvido na televisão dito por quem ainda não percebeu que os números dizem sempre o mesmo, basta olhar para a táctica. Rápido na recuperação e na progressão com bola, forte na recuperação, criterioso no passe e rematador. Parecido com o Witsel, vá. Mas só o vejo a jogar no meio campo, de frente para o jogo, a posicionar-se enquanto olha para trás e para a frente, e não para a frente e para o lado como deve fazer um lateral. Parece ser bom jogador (é internacional alemão) mas não sei como joga a lateral. O Paulo Bento deve saber. Adiante. Não sei é é jogo do Low mas acredito que joguem estes laterais. Quem serão os centrais? Os que mais jogaram na fase de qualificação foram o Badstuber e o Mertesacker. Mas contando também os amigáveis pós qualificação aparece muito o Hummels, que parece que vai jogar mais o Mertesacker. A seguir só há duas dúvidas, e só uma delas pode mudar o jogo da Alemanha. Eu aposto que joga o Neuer; Bender, Lahm, Hummels, Mertesacker; Khedira, Schweinsteiger, Ozil; Muller, Podolski, Mario Gomez/Klose (tacticamente, neste caso, iguais). A diferença pode vir se entra o Kroos em vez do Schweinsteiger. Não me parece, mas a acontecer muda um bocado o meio campo. O Kroos é mais ofensivo que o Schweinsteiger, progride mais vezes com a bola e é capaz de comer um bocado de espaço ao Ozil, não me cheira. Portanto, para o que interessa, a equipa é a que aí está, com ponta de lança à escolha do freguês. O que temos? A partir do Khedira é uma equipa fenomenal. Trinco forte e bom no passe, médios rápidos que sabem quando subir e quando rematar. Avançados que antes de tocarem na bola já sabem onde estão e onde está a baliza. O que pode fazer Portugal? Muito. Primeiro, isto não é jogo nem para o Veloso nem para o Almeida. São para riscar. Alguém tem de cobrir o espaço entre o Schweinsteiger e o Ozil. Eles sobem os dois ao mesmo tempo e têm 3 anos de selecção a jogar juntos. Ninguém os marca individualmente, que isto não é o Europeu de 1912, é preciso um jogador forte e rápido, duas características de que o Veloso não padece, a interceptar bolas e a recuperá-las no 1x1. Sem isto nada feito. A defender depende muito deste trinco (Pepe, espero eu) e do Meireles a pressionar. Portanto, até aqui temos (aquela que eu acho mais adequada): Rui Patrício; Ricardo Costa, Bruno Alves, Rolando, Coentrão; Pepe, R. Meireles, J. Moutinho; Quaresma, Nani, CRonaldo. Na realidade parece-me que vai ser: R. Patrício; J. Pereira, Pepe, B. Alves, Coentrão; Veloso, Meireles, Moutinho; Cronaldo, Nani, Almeida. Os 4 de trás têm de defender com calma, o que não é defender devagar. É não atacar o portador (ok J. Pereira?), é esperar pela bola no espaço para meter o pé, é subir ao mesmo tempo para fazer o fora de jogo. Para os centrais é ainda marcar o ponta de lança à vez e dobrar os laterais que sobem no auxílio à pressão feita por Meireles/Pepe (aqui é Veloso mas não consigo, por mais que tente, indiciar numa frase que o Veloso vai pressionar um adversário sem me sentir sujo). O Moutinho vai lá andar mas tem de defender na zona e não no portador, porque alguém no meio campo tem de estar a ver o jogo. Defensivamente é isto, calma, concentração e porrada se for preciso.
Muito importante, assim que se recupera a bola meter na frente. Logo. Recupera, joga no espaço, levanta a cabeça, e mete na frente. A Alemanha ataca a sério, e quando o Khedira ultrapassa o meio campo sem bola a equipa desposiciona (palavra inventada acho eu). É a maneira mais certa de fazer golo. Não quer dizer que resulte, e é aqui que entra a ausência do Almeida. Imaginem. Meireles recupera e passa ao Moutinho que tem 4 metros para receber e ver o jogo. Levanta a cabeça vê o colega com espaço na frente, que está a 30/35 metros da baliza, e tem 2 ou 3 metros para começar a correr/passar, e mete a bola. O colega é o Almeida. Imaginem a mesma coisa. Agora quem recebe à frente com espaço é o CRonaldo. É diferente. No primeiro caso imaginam alguém a chutar com os dois pés ao mesmo tempo no vazio enquanto um adversário, que teve de apanhar 2 autocarros e um táxi para lá chegar, recupera a bola. No segundo caso imaginam perigo (na realidade a ilusão de perigo, coisa só alcance dos grandes) quando a bola está a 30/35 metros da baliza. Se queremos passar a bola com segurança na frente o Almeida não joga. Mas neste jogo ainda deve jogar menos. O Mertesacker nunca fez chichi. E por isso os seus rins são feitos de pedra. Além disso teve lesões e fez uma época abaixo do razoável no Arsenal. Estamos a falar de alguém que não muda de velocidade, não roda, não tem "pique". É claro que para defender directamente o Almeida isto conta pouco. Agora apanhar o CRonaldo no 1x1, para o Mertesacker pode dar hemorragia interna. Temos de utilizar aquilo que é a nossa força contra aquilo que é a área menos forte da Alemanha: os centrais. O mais rápido parece que nem vai jogar. Mas qualquer homem estátua marca o Almeida enquanto ganha uns trocos.
Resumindo: para ganhar à Alemanha precisamos de ter sorte. Depois é preciso não desperdiçar. O não desperdiçar não é o marcar golo em todos os remates, é conseguir acabar as jogadas. É concluir, seja com golo, seja com cruzamento falhado, seja com o que for. É não parar a meio com passes para o nada e recepções defeituosas, é não perder tempo com fintas no meio campo, é dar 3 toques mesmo quando se podem dar 19. É "avançar para a frente", e não com passes laterais à Moutinho, é abusar de diagonais para fora no espaço entre centrais e o Bender, que com o Lahm a coisa pia mais fino, e diagonais para dentro, no mesmo espaço, na progressão com bola. É dizer ao Nani para chutar de longe e de sítios esquisitos, é deixar o Quaresma trivelar e inventar no último terço e mandar-lhe um sapo de loiça à tromba se inventa atrás (inventar atrás inclui não vir defender) Essencialmente é jogar para frente, não é ir para cima deles, é atacar, meter a bola com segurança no último terço e acelarar (a palavra pode estar mal escrita mas eu gosto mais assim).
Muito importante, assim que se recupera a bola meter na frente. Logo. Recupera, joga no espaço, levanta a cabeça, e mete na frente. A Alemanha ataca a sério, e quando o Khedira ultrapassa o meio campo sem bola a equipa desposiciona (palavra inventada acho eu). É a maneira mais certa de fazer golo. Não quer dizer que resulte, e é aqui que entra a ausência do Almeida. Imaginem. Meireles recupera e passa ao Moutinho que tem 4 metros para receber e ver o jogo. Levanta a cabeça vê o colega com espaço na frente, que está a 30/35 metros da baliza, e tem 2 ou 3 metros para começar a correr/passar, e mete a bola. O colega é o Almeida. Imaginem a mesma coisa. Agora quem recebe à frente com espaço é o CRonaldo. É diferente. No primeiro caso imaginam alguém a chutar com os dois pés ao mesmo tempo no vazio enquanto um adversário, que teve de apanhar 2 autocarros e um táxi para lá chegar, recupera a bola. No segundo caso imaginam perigo (na realidade a ilusão de perigo, coisa só alcance dos grandes) quando a bola está a 30/35 metros da baliza. Se queremos passar a bola com segurança na frente o Almeida não joga. Mas neste jogo ainda deve jogar menos. O Mertesacker nunca fez chichi. E por isso os seus rins são feitos de pedra. Além disso teve lesões e fez uma época abaixo do razoável no Arsenal. Estamos a falar de alguém que não muda de velocidade, não roda, não tem "pique". É claro que para defender directamente o Almeida isto conta pouco. Agora apanhar o CRonaldo no 1x1, para o Mertesacker pode dar hemorragia interna. Temos de utilizar aquilo que é a nossa força contra aquilo que é a área menos forte da Alemanha: os centrais. O mais rápido parece que nem vai jogar. Mas qualquer homem estátua marca o Almeida enquanto ganha uns trocos.
Resumindo: para ganhar à Alemanha precisamos de ter sorte. Depois é preciso não desperdiçar. O não desperdiçar não é o marcar golo em todos os remates, é conseguir acabar as jogadas. É concluir, seja com golo, seja com cruzamento falhado, seja com o que for. É não parar a meio com passes para o nada e recepções defeituosas, é não perder tempo com fintas no meio campo, é dar 3 toques mesmo quando se podem dar 19. É "avançar para a frente", e não com passes laterais à Moutinho, é abusar de diagonais para fora no espaço entre centrais e o Bender, que com o Lahm a coisa pia mais fino, e diagonais para dentro, no mesmo espaço, na progressão com bola. É dizer ao Nani para chutar de longe e de sítios esquisitos, é deixar o Quaresma trivelar e inventar no último terço e mandar-lhe um sapo de loiça à tromba se inventa atrás (inventar atrás inclui não vir defender) Essencialmente é jogar para frente, não é ir para cima deles, é atacar, meter a bola com segurança no último terço e acelarar (a palavra pode estar mal escrita mas eu gosto mais assim).
domingo, 3 de junho de 2012
Os Jogos de Portugal. Teste Beta - Já houve Selecções com mais opções...
(Isto é mais relativo à parte da preparação de uma equipa para o Europeu do que análise ao jogo propriamente dito. Nos jogos a sério será diferente.)
Já houve, já. Mas trabalha-se com o que se tem. E não se tem o Bosinwga nem o Carvalho. O Carvalho sabe-se porque não vai, o melhor lateral direito português não. Resta-te uma defesa em que só os centrais são relevantes de cabeça e um trinco que não salta e corre muito pouco. No ataque os problemas são vários. A CRonaldodependência não me parece ser um deles, considerado por si só. É natural que se procure o melhor para resolver. Resta o quê:
- Nani demasiado encostado à linha. Passa demasiado tempo alheado do jogo, até por causa de se procurar muito mais o CRonaldo.
- Hugo Almeida não serve para jogar sozinho ao meio. Os pés não funcionam, e em cinco passes verticais rasteiros só conseguiu receber um mas depois não conseguiu passar a bola.
- Não se sabe quem é o médio que sobe. Nem os médios centro sabem. É que se sobe só um não ocupa o espaço para entrar na área, já que procura dar o apoio ao portador ; se sobem os dois fica só o Veloso que não consegue cobrir o portador nem ganhar nas saídas (se não conseguiu com a Macedónia e Turquia imagine-se com as equipas do Europeu).
- O mais grave, o treinador, a 10 dias do Europeu, decide que a equipa nas jogadas ofensivas, deve procurar triangulações rápidas ao primeiro toque. Vi isso atrás do meio campo com o Pepe e o Meireles (passe perdeu-se) na frente com Meireles e Moutinho (passes perderam-se) com o Veloso e Moutinho/Meireles (não concretizam o último passe) e inúmeras vezes perto da área, sem nunca ter resultado. O treinador não pode mudar o modelo de jogo quando tem vinte dias para trabalhar. Não dá. Pode inventar na táctica, pode inventar nas bolas paradas, mas não pode mexer no modelo de jogo. É impossível pôr uma equipa a jogar ao primeiro toque em velocidade em dois jogos. Especialmente quando o pivot de ataque não consegue receber/passar uma bola.
A solução possível para mim. Abdicar à partida de laterais que defendam no ar implica juntar um jogador relevante nas bola aéreas, que não joga na defesa, à recuperação das bolas altas. Logo o Pepe na selecção é trinco. Salta o Veloso entra o Ricardo Costa para central com o Bruno Alves. O Meireles e o Moutinho passam a ter a liberdade de subir um no apoio ao portador e outro a romper pelo meio.
Sai o Almeida e entra o Quaresma com o CRonaldo ao meio. Quaresma e Nani têm de: Com a bola em progressão no seu flanco, abrir na linha ou cortar para o meio se o lateral passar com ela. Com a bola no flanco contrário entrar em diagonal. Em progressão com a bola procurar preferencialmente a diagonal para combinação 1-2 e remate, ou remate rápido de longe.
Defensivamente esta é a solução que me parece mais adequada dado que os laterais não importam no jogo aéreo. Ofensivamente parece-me óbvio que temos de jogar com os melhores e o Almeida não é um deles.
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