A Dinamarca é a equipa da fase de grupos, que já vimos contra a Holanda. O que temos? Continua a valer o conceito do "altos, fortes e louros", mas sem a parte "tosca" do conceito. A defesa são gajos altos e fortes na recuperação e no confronto directo. Pelo ar são não perdoam. E os centrais são titulares de equipas boas em campeonatos a sério. O meio campo são 3 a recuperar, com os interiores a tentarem progredir com a equipa, a chamada subida em bloco. Há sprints esporádicos pela linha, mas a ideia é manter o bloco nas transições.O outro do meio campo é o que desequilibra. O Eriksen é uma espécie de 10 e 1/2. Constrói, rompe, aparece a fazer a sobreposição nas alas, é rápido. Falha um bocado no remate de longe, mas não nos podemos fiar nisso. E depois são dois pontas de lança. Contra a Holanda jogou o Zimling, que não conheço. É rápido, tenta aparecer muito no espaço entre lateral e central, mas é um jogador de 27 anos que não serviu para o Udinese. É a "muleta" do ataque. Serve para fazer o "+1" na progressão, porque não é forte com bola, e é o primeiro a pressionar o defesa que quer sair com bola. E o Bendtner. Este é o jogador com mais auto confiança que conheço. Na cabeça dele é uma mistura do Pelé com o Van Basten, o que não sendo necessariamente bom, pode ser muito perigoso para Portugal. Este remata, e tenta inventar. É a principal referência atacante e é, por norma, quem dá profundidade a equipa. É um nome conhecido do futebol, quanto mais não seja porque nunca se sabe onde vai jogar na época seguinte. É uma competição importante para este gajo porque está naquela altura da carreira em que "é ou não é".
Enquanto equipa, a Dinamarca procura o controlo do jogo mesmo que não tenha a posse. Gosta de se alargar no terreno e criar espaços. A contra atacar é fortíssima. O passe sai, por norma, na diagonal para a progressão, procurando o Eriksen ou os médios interiores. Se for o Ericksen levanta a cabeça e progride ou mete na frente. Os interiores por norma esperam pela subida do resto da equipa. Quando o passe é metido directamente na frente, é para o Bendter, que segura e tenta o 1-2 ou virar-se para a baliza. É uma equipa que tenta defender logo na saída, com os interiores a fecharem e o trinco a cobrir à zona até ter de encostar aos centrais.
Aposto no 11 que jogou contra a Holanda: aqui.
Portugal, mesmo 11 do primeiro jogo, digo eu que joga. A minha opinião é conhecida, pelo menos eu conheço. Somos favoritos. Temos melhores jogadores, mais futebol. E é daqueles jogos para se apostar nisso mesmo, mas com regras. Abusar da progressão com bola e dos passes para as costas da defesa. Nunca deixar subir os nossos dois laterais ao mesmo tempo, é daquelas exposições desnecessárias ao risco que costumam ser fatais. Quem perde a bola na frente tem de correr imediatamente a 1 - recuperar a bola, 2 - recuperar a posição. Não deixar o Eriksen levantar a cabeça e pensar. Cair logo em cima e se preciso aleijar. Viu-se com a Holanda que é ali que muda o jogo da Dinamarca. O meio campo roda mais à volta dele do que da bola, e isso quer dizer qualquer coisa.
terça-feira, 12 de junho de 2012
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