domingo, 3 de junho de 2012
Os Jogos de Portugal. Teste Beta - Já houve Selecções com mais opções...
(Isto é mais relativo à parte da preparação de uma equipa para o Europeu do que análise ao jogo propriamente dito. Nos jogos a sério será diferente.)
Já houve, já. Mas trabalha-se com o que se tem. E não se tem o Bosinwga nem o Carvalho. O Carvalho sabe-se porque não vai, o melhor lateral direito português não. Resta-te uma defesa em que só os centrais são relevantes de cabeça e um trinco que não salta e corre muito pouco. No ataque os problemas são vários. A CRonaldodependência não me parece ser um deles, considerado por si só. É natural que se procure o melhor para resolver. Resta o quê:
- Nani demasiado encostado à linha. Passa demasiado tempo alheado do jogo, até por causa de se procurar muito mais o CRonaldo.
- Hugo Almeida não serve para jogar sozinho ao meio. Os pés não funcionam, e em cinco passes verticais rasteiros só conseguiu receber um mas depois não conseguiu passar a bola.
- Não se sabe quem é o médio que sobe. Nem os médios centro sabem. É que se sobe só um não ocupa o espaço para entrar na área, já que procura dar o apoio ao portador ; se sobem os dois fica só o Veloso que não consegue cobrir o portador nem ganhar nas saídas (se não conseguiu com a Macedónia e Turquia imagine-se com as equipas do Europeu).
- O mais grave, o treinador, a 10 dias do Europeu, decide que a equipa nas jogadas ofensivas, deve procurar triangulações rápidas ao primeiro toque. Vi isso atrás do meio campo com o Pepe e o Meireles (passe perdeu-se) na frente com Meireles e Moutinho (passes perderam-se) com o Veloso e Moutinho/Meireles (não concretizam o último passe) e inúmeras vezes perto da área, sem nunca ter resultado. O treinador não pode mudar o modelo de jogo quando tem vinte dias para trabalhar. Não dá. Pode inventar na táctica, pode inventar nas bolas paradas, mas não pode mexer no modelo de jogo. É impossível pôr uma equipa a jogar ao primeiro toque em velocidade em dois jogos. Especialmente quando o pivot de ataque não consegue receber/passar uma bola.
A solução possível para mim. Abdicar à partida de laterais que defendam no ar implica juntar um jogador relevante nas bola aéreas, que não joga na defesa, à recuperação das bolas altas. Logo o Pepe na selecção é trinco. Salta o Veloso entra o Ricardo Costa para central com o Bruno Alves. O Meireles e o Moutinho passam a ter a liberdade de subir um no apoio ao portador e outro a romper pelo meio.
Sai o Almeida e entra o Quaresma com o CRonaldo ao meio. Quaresma e Nani têm de: Com a bola em progressão no seu flanco, abrir na linha ou cortar para o meio se o lateral passar com ela. Com a bola no flanco contrário entrar em diagonal. Em progressão com a bola procurar preferencialmente a diagonal para combinação 1-2 e remate, ou remate rápido de longe.
Defensivamente esta é a solução que me parece mais adequada dado que os laterais não importam no jogo aéreo. Ofensivamente parece-me óbvio que temos de jogar com os melhores e o Almeida não é um deles.
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